DIA 76: O padrão da desistência - Parte 2
(continuação...)
"É
sempre a mesma coisa"
"Isto
acontece sempre comigo"
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A boa
notícia é que o planeta continua a ser o mesmo, provavelmente o emprego
continua a ser o mesmo, o namorado talvez continue a ser o mesmo, os pais serão
sempre os mesmos. Temos portanto a oportunidade de mudar por nós próprios e
testar a nossa mudança na relação que temos com os outros - sem dependências,
sem necessidade de atenção, sem carência, sem ciúme, sem inveja, sem
comparação, sem desigualdade... É em nós próprios que podemos garantir que
alguma coisa comece a mudar. Em relação ao ponto de partida do cliché do dia
"Ele não muda, então também não mudo" é importante limparmo-nos desta
ideia fixa que só limita a nossa realidade. Assim:
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido acreditar que a minha mudança está dependente da
mudança do outro, como se eu precisasse que o outro desse um passo para eu
começar a andar, sem me aperceber que eu tenho as pernas que preciso para
começar a andar por mim.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido acreditar que quando as coisas à minha voltam
mudam eu estou a mudar - eu apercebo-me que as coisas à minha volta são
distrações porque os meus padrões continuam a ser os mesmos.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido desistir de mim própria ao pensar que o outro é
mais capaz de mudar do que eu; eu perdoo-me por me ter aceite e permitido
desistir da minha direção ao pensar que se o outro não muda então é inútil eu
mudar - eu realizo que eu mudo por mim e que eu sou o exemplo para mim própria
a cada momento. Até agora eu tenho sido a única responsável por não tomar a
decisão de parar os padrões da mente e mudar a minha relação comigo/com os
outros.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido acreditar que se não fosse o outro/a outra eu não
conseguia viver. Eu apercebo-me que dependência é um sistema de sobrevivência e
não de vida.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido adiar a minha vida/direção/responsabilidade por
mim ao acreditar que preciso algo exterior para me fazer mudar.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido cair na desilusão de pensar que preciso de estar
preparada - eu apercebo-me que nunca haverá um momento em que eu digo a mim
própria "estou preparada" a não ser que eu diga a mim própria. Agora.
A todo o momento. (experimenta dizer: "Eu estou preparada para mudar, a
cada respiração, eu nasço, eu morro. Crio-me a cada respiração. Não preciso de
pensar que estou preparada. Eu já estou aqui.")
Quando e
assim que eu me vejo comparar o meu processo/a minha vida/a minha direção com
os outros, eu páro e respiro. Eu comprometo-me a estar um e igual com os
outros. Eu apercebo-me que a comparação é uma armadilha da mente de aparente
desempoderamento e inferioridade compeltamente contra o principio da existência
em unidade e igualdade.
Quando e
assim que eu me vejo à espera que o mundo à minha volta/as pessoas mudem para
eu mudar, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que estas condições são aquilo que
eu impus a mim própria e que só a mim eu me estou a condicionar.
Ao realizar
que só a mim me tenho limitada à espera que o outro mude, eu tomo a decisão de
ser a minha direção. Eu páro de culpar o outro e dedico-me a mudar em mim
aquilo que eu desejo que o outro mude - eu apercebo-me que todas as
relaçoes/ideias da mente são espelhos dos meus olhos que vêm através da mente.
Quando e
assim que eu me vejo limitar/parar ao pensar que não estou preparada ou que não
é o momento "ideal", eu páro e respiro. Eu estou sempre aqui a cada
momento. Ao parar a mente/o pensamento/a dúvida, eu apercebo-me que um momento é igual ao próximo momento. Eu
dedico-me à minha respiração e à minha presença física. Ao parar a mente, eu
estou completa aqui.
Eu
comprometo-me a confiar em mim a cada momento da minha criação para o melhor de
mim, de quem eu Sou enquanto Vida. Eu comprometo-me a Tornar-me o meu próprio
exemplo em honestidade comigo e com os outros, sem dependências, medos,
julgamentos, comparações, personalidades, desistência nem desigualdade.
Quando e
assim que eu desejo que algo externo mude para eu mudar, eu páro e respiro. Em
honestidade própria eu vejo que não estou de modo algum a tomar
responsabilidade por mim e pela minha direção. O desejo de mudança exterior é
uma distração porque o desejo não cria nada. Logo, eu dedico-me à minha
presença física e a tomar direção física para criar a minha mudança que é o
processo de me tornar honesta comigo própria e, como um espelho, crio mudanças
à minha volta que sejam o melhor para todos.
Resta-nos
desistir da mente de sobrevivência e acordar para a Vida.