DIA 87: Medo de não se ser Suficiente
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido julgar-me não ser suficiente de acordo com a
expectativa que eu acredito que a outra pessoa tem em mim. Eu apercebo-me que a
expectativa que eu acredito que as outras pessoas têm é uma exigência pessoal
separada da minha realidade, ou seja, baseada no desejo de ser mais e melhor do
que aquilo que eu sou/faço agora, sem ver que estas ideias da mente são um
ciclo de julgamento da mente que me mantém em medo e retracção.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido pensar que não sou suficientemente fotógrafa, ou
suficientemente profissional aos olhos dos outros, sem nunca me perguntar e
responder em honestidade própria se eu estou satisfeita com o meu trabalho, com
o meu empenho e resultados. Eu apercebo-me que é comigo que eu tenho de ser
assertiva, pois no meu processo a validação dos outros é irrelevante.
EU perdoo-me
por me ter aceite e permitido usar a apreciação dos outros como uma motivação e
para validar aquilo que eu inicialmente julgava como não sendo suficiente. Eu
apercebo-me que este padrão é baseado na polaridade da falta de confiança VS
dependência da confiança "transmitida pelos outros" - que não deixam
de ser dois lados da CONFIANÇA.
EU perdoo-me
por me ter aceite e permitido comparar-me com outros fotógrafos com base na
polaridade inferior/superior, sem nunca considerar que a comparação não é um
requisito para existir aqui e que é baseada em personalidades e ego.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido acreditar nos julgamentos que surgem depois de
acabar a sessão de fotografia - eu apercebo-me que os julgamentos surgem e
intensificam-se quanto mais eu participar neles.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido criar a imagem na minha mente de alguém me estar
a dizer que não sou suficientemente boa naquilo que eu faço. Eu perdoo-me por
me ter aceite e permitido criar em mim própria o medo de falhar e,
essencialmente a vergonha de ser vista a falhar. Eu perdoo-me por me ter aceite
e permitido acreditar que o/a outro/a ser está aqui para me julgar, em vez de
me aperceber que eu criei e aceitei esta ideia em mim e decidir por mim parar a
obcessão da mente e renascer aqui no físico.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido participar no padrão da mente em que crio
instabilidade para mim própria, ao criar imagens e pensamentos que me
condicionam/congelam no momento. Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido
cair na mente na altura em que eu posso escolher entre a Mente ou a Vida aqui.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido distrair-me a comparar-me
com os outros em vez de realizar que em vez disso posso estar a criar-me, sendo
que nem a minha personalidade nem a personalidade que eu vejo nos outros é
real. Ou seja, eu vejo que todas as comparações e julgamentos são baseados em
personalidades que afinal não são reais mas são somente aquilo que eu na minha
mente decidi acreditar baseado nos hábitos de separação/competição, em vez de
criar uma estabilidade de honestidade própria.
Eu
comprometo-me a focar-me na RESPIRAÇÃO sempre que me vejo a
"escorregar" para um padrão da mente. Eu apercebo-me que
Eu
comprometo-me a focar na minha ação física, naquilo que eu faço aqui e garantir
que aquilo que eu faço está em acordo com o meu processo de recriação de mim
aqui estável comigo própria. Eu apercebo-me que a minha ação física apoia-me a
estar fisicamente presente, sem permitir que a mente/pensamentos/julgamentos
controlem a minha existência.
Eu dedico-me àquilo que eu faço, quer seja fotografia ou outra coisa
qualquer. Eu vejo agora que criei uma ideia de que a fotografia é especial,
assim como o video, e por isso nunca considerei fazer estas actividades a tempo
inteiro ou em completa estabilidade, como se fosse uma paixão proibida. Quando
e assim que eu me vejo a julgar a fotografia/vídeo como algo excepcional, eu
páro e respiro. Eu apercebo-me que é uma forma de expressão e que qualquer
condicionalismo/ideia/admiração é querer ser mais do que quem eu sou, em
fotografia ou a fazer outra coisa qualquer.
Mais do que nunca eu apercebo-me que não tem a ver com aquilo que se
faz, mas quem se é naquilo que se faz.
Quando e assim que eu me sinto nervosa a tirar fotografia em eventos,
eu páro e respiro. Eu apercebo-me que este nervosismo é baseado no medo de ser
julgada pelas costas como sendo gorda, ou sem tecnica, ou exagerada. Eu também
me apercebo que sou resposnável por estes julgamentos por isso Eu páro de me
julgar e dou o meu melhor, empenho-me e faço aquilo que tenho a fazer.
Quando e
assim que eu me vejo a ter medo que
aquilo que eu penso seja verdade, eu páro e respiro. O medo em si mesmo NÃO É A
REALIDADE - é somente a realidade da mente porque é aquilo que tem existido até
então. É aquilo que eu tenho permitido ser até agora.