DIA 211: Quisto na mama: e agora?
Recentemente comecei a
sentir um caroço no peito direito e aproveitei uma viagem em trabalho para avaliar a
minha situação médica. Foi confirmado ser um quisto na mama. Curiosamente, tive resistência a começar a escrever
sobre os meus medos e sobre o backchat que assaltavam a minha mente!
Eu
perdoo-me por me ter aceite e permitido usar a única informação que eu conheço
(o tão falado cancro da mama) para tentar explicar o caroço que eu sinto, em
vez de esperar por ser vista pela médica. Eu apercebo-me que a associação de
informação na minha mente é manipulada pelos próprios medos e vícios da minha
mente e que por isso não dá para confiar nestas associações.
Eu
perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que preciso de uma
consequência na minha realidade para eu me movimentar por uma causa, quando
afinal isto é uma manifestação do ego no qual quero ser vista como uma “lutadora”,
“herói”, “especial”. Ao mesmo tempo, eu perdoo-me por me ter aceite e permitido
auto-julgar-me como uma “vítima” da mente, em vez de realizar que tudo o que me
acontece é fruto da minha criação e que portanto sou responsável porr ser a minha
própria solução para mudar a minha realidade.
Eu
perdoo-me por me ter aceite e permitido imaginar a doença do cancro no meu
corpo.
Eu
perdoo-me por me ter aceite e permitido fazer desta dor e desconforto mais do
que aquilo que é (por enquanto só uma dora quando toco na área do caroço).
Eu
perdoo-me por me ter aceite e permitido comparar-me a pessoas que eu conheço
terem passado pela doença do cancro. Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido
ver este tipo de doenças como um castigo pessoal e pensar que eu (e essas
pessoas) merecem passar por isto – eu apercebo-me então que eu não tenho de
levar este quisto na mama como uma ofensa pessoal por isto é ainda mais
separação! Em vez disso, apercebo-me que depende de mim lidar com a minha
realidade passo a passo, respiração em respiração, ponto a ponto, um e igual
com o quisto, um e igual com a minha mama, um e igual com o meu corpo, um e
igual com a minha presença aqui, um e igual com as mulheres (e homens) que
passam (ou passaram) por esta fase.
Eu
perdoo-me por me ter aceite e permitido participar na curiosidade da mente de
querer saber o que causou o cancro nas pessoas que eu conheço, como se isso
explicásse a minha situação. Mais uma vez apercebo-me que é em mim que eu me
tenho de focar agora e que devo PARAR de ver o problema fora de mim ou
projectar a vida dos outros em mim. Apercebo-me que eu própria ainda não
conheço os padrões todos da minha mente e por isso não vale a pena querer saber
os padrões das mentes dos outros!
Quando e
assim que eu me vejo a associar o meu quisto na mama com a ideia de ouvir um
médico a confirmar que há células cancerigenas em mim, eu páro e respiro. Eu
apercebo-me que esta imagem não é real e que desta forma estou a criar
ansiedade em mim desnecessariamente. Neste momento eu só posso lidar com a
informação disponível que é a que eu tenho um quisto no peito. Ponto.
Quando e
assim que eu me vejo a associar este caroço com as histórias de mulheres que eu
conheço e que enfrentaram o cancro na mama, eu páro e respiro. Curiosamente,
desde que comecei a abrir este tópico na minha realidade que ouvi falar de
outros casos em que um caroço na mama não tinha tido nenhuma gravidade. Fui também
informada de mulheres na minha família que tinham tendência para micro-quistos
sem envolver o papão do cancro.
Quando e
assim que eu me vejo a usar a informação dos media para pensar que qualquer
problema na mama está relacionado com cancro, eu páro e respiro. Eu
comprometo-me a parar de filtrar a informação de modo a corresponder aos medos
da minha mente, que é baseado em sobrevivência, em auto-vitimização, no
julgamento de que não mereço viver e na ideia que algum acidente me vai
acontecer para estragar o meu casamento e o meu processo de renascimento! Em
vez disso, eu apercebo-me que quem eu me permito ser, enquanto Ser Estável e
enquanto Vida, não estou condicionada ou limitada pela realidade à minha volta.
Pelo contrário, dou-me esta oportunidade para abrir e tratar pontos em mim que
eu ainda não tinha explorado intensamente para me auto-corrigir e aprender a
confiar em mim em qualquer situação.
Quando e
assim que eu me vejo a comparar as histórias dos filmes do estilo “Sweet
November” em que o casal é perfeito mas que ela tem um cancro que os vai
separar, eu páro esta memória e respiro. Eu apercebo-me que a minha realidade
não é um filme e que não me posso basear numa história que eu vejo não ser o
melhor para mim. Eu comprometo-me então a PARAR de sabotar a minha vida, o meu
casamento, a minha carreira, e dedico-me a lidar com as coisas práticas que
podem de facto fazer a diferença que são o cuidado com o meu corpo, ir aos
médicos aconselhados, parar a ansiedade, limpar-me dos medos, comunicar as
mudanças práticas que têm de se aplicar no meu emprego de modo a que não
prejudique os clientes, e garantir que sou realista na minha gestão financeira
ao longo desta fase.
Quando e
assim que eu me vejo a culpar o stress do meu emprego como causa deste quisto,
eu páro e respiro. Eu apercebo-me que o padrão da culpa é maligno e que não
cria nada de produtivo, antes pelo contrário, a culpa cria separação em relação
a mim própria e aos outros. Em vez disso, eu comprometo-me a parar o stress em
mim no meu trabalho e a garantir que não me esforço mais do que aquilo que é
possível, de modo a evitar altos e baixos (emoções positivas e negativas) na
minha realidade/carreira. Eu apercebo-me que a minha carreira profissional não
está separada de mim.
Quando e
assim que eu me vejo a ser/ter o medo de ler os resultados das análises a dizer
que tenho cancro, EU PÁRO E RESPIRO. Eu realizo DE UMA VEZ POR TODAS que a
mente não é real e que esta imagem é baseada em memórias e no passado. Eu
comprometo-me a parar de criar estes cenários na minha mente assim que o
pensamento surge em mim, de modo a dar-me direção e a focar a minha atenção na
minha real realidade. Eu, a minha vida/corpo não somos uma bomba-relógio – Eu, o
meu corpo/vida, temos o pontencial de ser estáveis, um e igual com a minha
respiração. Por isso, eu comprometo-me a parar e a perdoar cada imagem/sistema
da mente que criam ansiedade e desorientação em mim própria. Eu vejo e realizo
que sou responsável por parar/limpar os medos do cancro. Dedico-me a parar de
acumular imagens/ideias/experiências dos outros dentro de mim ao perdoar cada
um destes pensamentos que são contra mim própria, e parar de projectar essas
memórias na minha realidade/Vida. Eu apercebo-me que sou capaz de PARAR as
paranoias da mente e de me passar a recriar um e igual com o meu corpo, em
auto-disciplina a fazer aquilo que é o melhor para mim, em senso-comum, focada
em auto-corrigir os padrões de medo e polaridade da minha mente, de modo a mudar
a minha relação comigo própria e a parar de complicar a minha Vida/realidade.
Imagem: Sexologia Clinica, http://sexologia.clix.pt/?p=53043