DIA 98: Do "devia fazer isto" a realmente fazê-lo
Eu devia
fazer isto... Ou devia dizer isto... Mas que voz da consciência é esta? O que é
que me impede de realmente fazer algo a não ser eu própria a auto-limitar-me? E
porque é que se devia fazer algo quando partimos do princípio que é algo que
não vamos fazer? Vejo agora que se trata de um jogo da nossa própria mente em
que nos desafiamos a coisas, tal como uma aposta sobre aquilo que vamos fazer.
Este é o Deus da mente que afinal somos sempre nós a brincar às personagens com
a nossa própria Vida.
Às vezes
oiço pessoas a dizer "não devia comer isto" ou "não devia fazer
isto" e no entanto acabam por viver essas palavras. O que aconteceria se,
em vez de participarmos nestas conversas da mente, fossemos honestos connosco
próprios e tomássemos direção por nós próprios, sem estarmos na esperança que
alguém nos dê motivação para realmente pormos em prática aquilo que é o melhor
para nós. Em senso comum, é óbvio que se há uma resistência para se fazer algo,
ou se há uma sensação de obrigação ou se há uma ideia de punição associada a
uma ação, é importante investigar esse ponto.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido pensar que devia transcrever o blog de ontem, em
vez de realmente FAZÊ-LO.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido dizer que devia escrever/fazer algo na esperança
de ouvir um incentivo de alguém para eu fazer isso, em vez de dar direção em
honestidade própria e fazer o que tem de ser feito e que eu sei que é o melhor
para mim.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido desejar falar o que me vai na mente como se fosse
um pedido de ajuda a alguém que me oiça e me ajude a encarar este ponto, quando
eu sou responsável e capaz de realizar a minha honestidade e assim parar a
mente no momento em que começo a falar em "modo automático". Deste
modo, eu apercebo-me que o "devia fazer" implica a possibilidade de
não fazer algo e que estou à partida a limitar a minha ação à situação oposta
àquilo que eu havia decidido em mim (escrever TODOS OS DIAS).
Eu perdoo-me
por me não ter aceite e permitido realizar que para eu viver as palavras em
honestidade própria tenho primeiro de me tornar a honestidade própria e que .
Eu apercebo-me que a resistência a viver as palavras que eu escrevo não é real
mas passasse tudo nas conversas da mente.
Quando e
assim que eu me vejo a pensar/dizer que "devia fazer algo", eu páro,
respiro e nesse momento permito-me realizar a minha auto-sabotagem. Apercebo-me
que o "devia fazer isto" implica sempre um "MAS" e por isso
eu comprometo-me a parar o jogo da mente de justificação das reasistências.
Quando e
assim que eu me vejo a pensar "eu deviar escrever o blog", eu páro,
respiro e dou-me direção para transcender a limitação imposta pela mente.
Quando e assim que eu me vejo a desejar ter uma motivação fora de mim mesma, eu
páro e respiro. Eu apercebo-me que a minha aplicação em honeestidade própria
está dependente de mim própria e que é por mim que eu escrevo, um e igual a
quem o lê.
Quando e
assim que eu me vejo a abrir a hipótese de não escrever o blog do dia, eu páro
e respiro. Eu apercebo-me que esta "porta" da mente é uma
auto-sabotagem que só eu posso fechar porque fui eu que a abri - eu apercebo-me
também que a imagem de não fazer algo que me tinha comprometido fazer é de
facto uma forma de desistência que foi aceite por não confiar em mim na minha
decisão de viver/tornar-me assertiva. Nesse momento, eu dou direção física para
eu começar a escrever e devolver-me a minha estabilidade, ou seja, a
estabilidade de confiar em mim e em viver a decisão de escrever todos os dias.
Apercebo-me
que os planos da mente são aceites automaticamente a não ser que páre de
aceitar de ser um robôt e mude a minha direção!