DIA 38 - Vida dupla - Carreira
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido pensar na carreira separada de mim própria.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido imaginar-me enquanto profissional, como se me
visse a partir de fora e me observasse a andar de fato executivo. Eu
apercebo-me que a imagem que eu criei de mim própria é uma imagem e nada mais
do que isso - uma imagem baseada nas experiências à minha volta e nas imagens
que vi no cinema. Assim, eu permito-me perguntar: - quem sou eu se eu não sou a
imagem que eu tenho de mim própria?
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido pensar numa profissão como uma vida dupla. Eu
realizo que quem eu sou se manifesta em tudo o que eu faço e portanto a ideia
de vida dupla é uma limitação da mente e uma auto-sabotagem. Apercebo-me que
aquilo que eu faço depende da minha decisão sobre quem eu Sou.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido pensar que algo sobrenatural como um Deus
decidiria por mim aquilo que é o melhor para mim, em vez de eu tomar a decisão
e a responsabilidade de viver a decisão. Apercebo-me que a carreira é o caminho
que eu decido para mim e que eu caminho por mim. Eu realizo que a minha decisão
só é válida se a minha acção seja o melhor para todos.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido ter medo de tomar a decisão sobre quem eu
serei/sou/me crio por ter medo de tomar a decisão errada. aquilo que eu decido
fazer durante a minha vida. Eu realizo que o medo tem sido até agora a
consequência de eu não tomar a decisão de quem eu sou neste mundo.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido limitar-me com conhecimento e informação sobre o
que já existe neste mundo em termos de profissões, sem considerar o que é
realmente melhor para todos e primeiro garantir a mim própria que o que quer
que eu faça irei considerar sempre o que é o melhor para todos, logo, eu
dedico-me a que durante a minha participação neste mundo eu me torne o exemplo
para mim própria enquanto ser íntegro e auto-responsável.
Eu dedico-me
a parar as ideias que criei sobre a "carreira perfeita" que é baseada
em interesse próprio e ego, para de facto me dedicar a existir aqui em
honestidade própria. Eu realizo que a necessidade de uma profissão neste
sistema económico é baseada em sobrevivência e não em talento ou dedicação
incondicional.
Eu dedico-me
a desmistificar este sistema económico e a parar com a ideia de superioridade
associada às carreiras profissionais - apercebo-me que são tudo etiquetas do
sistema para diferenciar as pessoas com base no conhecimento/rendimento acumulado ao
longo do tempo e cujo sistema nem sequer é justo porque nem todos começam na
minha linha de partida.
Quando e
assim que eu me vejo a imaginar-me de fato como sendo uma mulher de negócios ou
diplomata de sucesso, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que esta imagem de mim
própria não é real e que é uma distração do ego fomentada pelas ideias e pela
educação baseada no mérito que eu tive. Eu apercebo-me que esta imagem esconde
de facto o medo de não conseguir vincar no sistema nem ser reconhecida. Logo,
eu páro ambas as polaridades para me dedicar à acção real que tem de ser tomada
aqui, baseada nas situações reais deste mundo.
Quando e
assim que eu me vejo a comparar os seres humanos consoante os níveis
académicos, ou maneira de falar, ou salário, ou percurso profissional. Eu
apercebo-me que a carreira torna-se num vício que é guiado pelo ego e pela
vontade de ver um CV ou um Linkedin cheio de informação, sem que isso
signifique que haja qualquer respeito por si próprio (auto-estima e intimidade
própria) nem respeito pelos outros (pela Vida de todos em igualdade).
Eu
apercebo-me que a percepção de vida dupla tornou-se um escape para não se ver o
que nós, seres humanos, temos feito a nós próprios neste mundo, ao permitirmos
existir em constante polaridade de diversão VS escravatura, durante semanas,
anos, séculos. Eu dedico-me a parar a separação entre sistema/vida pessoal,
sendo que este sistema é o espelho da mente dos seres humanos. Ao realizar
isto, eu apercebo-me que ao me mudar, estou a mudar a minha acção e a direção
que eu tomo será um e igual com a minha mudança em honestidade própria.
Quando e
assim que eu me vejo a criar imagens de grandeur
sobre a minha carreira profissional e familiar com crianças e marido, eu páro e
respiro. Eu apercebo-me que esta tem sido a ideia alimentada por mim própria e
com a qual defini sucesso - no entanto, eu apercebo-me que tal ideia é separada
do mundo à minha volta e que só considera a minha felicidade e a felicidade dos
poucos que estão à minha volta. Eu realizo que unidade e igualdade são os
princípios da existência de toda a matéria/vida, logo, considerar apenas aquilo
que o meu conhecimento e informação me mostra (através das imagens da mente) é
uma limitação à criação e manifestação de unidade e igualdade na realidade
entre todos os seres.