DIA 14 - Como parar de se "ficar a arder"
Esta noite
um pensamento invadiu-me de tal maneira que foi impossível nao ve-lo. Aliás, de
não me ver, porque eu tornei-me neste pensamento: esta ideia que fico sempre a
perder, A expressão popular é
"ficar a arder". Apercebi-me
que este padrão é bastante frequente e eu sou a responsável por acumula-lo e
vive-lo. Neste perdão-próprio procuro chegar ao ponto crucial deste
comportamente e perceber como sou capaz de para-lo na prática ao aplicar o principio da Igualdade. Vejamos:
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido julgar-me como aquela-que-faz-sacrificos, ou a
que não-precisa, ou a que-nao-se-importa, a-que-fica para último quando na verdade eu estou a abdicar
da minha direcção própria e a não ser responsável pela direcção em que quero ir
e em garantir que, baseada em senso comum, é o melhor para mim.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido julgar-me inferior áquelas pessoas que, a meu
ver, conseguem sempre aquilo que procuram ter. Apercebo-me que neste ponto de
partida de "ser menos" e me comparar com o outro começo logo por me
limitar à ideia que "sou menos", "mereço menos" portanto
irei agir de acordo com esta ideia de inferioridade..Ao mesmo tempo, ao nao ser
honesta comigo propria, continuo a aceitar que este padrao de manifeste em mim.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido ser condescendente na minha relação com os
outros, na qual me permito inferiorizar para que os outros se sintam bem comigo
- apercebo-me que esta é uma forma de manipular os outros a gostarem de estar
comigo em vez de realizar que tal manipulação é desonesta e desnecessária.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido definir-me como alguem que fica sempre a perder,
e portanto, aceitar este "papel" como sendo eu, em vez de me dedicar
a autocorrigir e a garantir que me respeito e me dignifico enquanto vida que sou.
EU perdoo-me
por me ter aceite e permitido definir-me como uma vitima da circunstancia, em
vez de tomar responsabilidade pela minha experiencia/decisão e garantir que eu
tome direcção própria, comunique de forma que que aquilo que acontecer/se decidir é o melhor para
mim.
Eu perdoo-me
por não me ter aceite e permitido dedicar-me a estudar todas as opções na minha
decisão para que não hajam dúvidas nem possibilidade de arrependimento.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido tomar decisões por alto e esperar que até lá as
coisas se resolvam - eu decido tomar decisões com a certeza matemática que é o
melhor para mim e de acordo com a situação em que eu me encontro.
Eu perdoo
por não me ter aceite e permitido tratar de mim tal como gosto de tratar dos
outros.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido adiar o momento em que me vou dedicar a 100% a
mim como Vida - aquilo que ainda estou a
vir a Ser/Manifestar em mim.
Eu perdoo-me
por não me ter aceite e permitido procurar sempre a melhor solução, em vez de
me contentar com o mínimo possível.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido sentir-me revoltada comigo propria por não ser
reconhecida pelas minhas "boas acções" quando na verdade isso é
irrelevante e as boas acções não têm qualquer impacto real, pois eu estou a
acreditar estar separada dessas acções e não estou a dedicar a minha acção de
igual modo à Vida que sou eu.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido julgar que não mereço dar-me o melhor de mim.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido participar em inveja contra os outros por
perceber que as outras pessoas dedicam-se mais a elas próprias. Apercebo-me que
é da minha responsabilidade fazer com que o meu processo avance e que para isso
tenho de me dedicar a resolver os pontos que têm sido suprimidos.
Quando e
assim que eu me defino como vítima, eu páro e respiro. Eu sou igualmente
responsável pela vida que sou e todos somos. Logo, eu restabeleço em mim
própria o respeito e a direcção que tem sido suprimida.
Quando e
assim que eu me vejo comprometer o meu processo ao apressar-me quando se trata
de decisões para mim, em páro e respiro.
Eu dou-me tempo/dedico-me a estudar
todas as opções sobre o assunto que tenho de resolver e a tomar
decisões que sejam soluções para mim. Eu também me comprometo a comunicar com os outros quando necessário para que nao haja assumpções na minha mente.
Eu
comprometo-me a parar o backchat/conversas da mente, para que eu seja capaz de
me ouvir a mim própria, através da respiração e da acção em senso comum.
Eu
comprometo-me a dedicar-me a mim enquanto Vida a cada momento da minha
respiração.
Quando e
assim que eu me vejo participar em pensamentos de arrependimento sobre uma
decisão, Eu páro e respiro. A sensação de arrependimento e a ideia de voltar a
trás no tempo é uma distracção da mente para nos manter ocupados no ciclo do
costume. Eu apercebo-me que a decisão sou eu e que eu me tenho de manter
estável como vida e mudar de decisão de necessário, sempr de um ponto de
auto-correcção, e não de julgamento nem castigo.