DIA 28 - Perder o jogo não dói
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O medo é uma
doença contagiante e eu vou perdoar-me até o medo parar.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido ficar ansiosa por perder o segundo set e permitir
acreditar na ideia que surgiu imediatamente sobre perder o jogo e que não era
capaz de fazer os pontos necessários
para continuar a jogar.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido deixar-me consumir pelo medo de dizer às pessoas
que tinha perdido o jogo, em vez de me focar na minha participação e a dar o
melhor que sei neste preciso momento. Eu realizo que para continuar a andar
este processo tenho de deixar para trás o ego e a auto-definição de ganhar
sempre, sem nunca reparar que a competição realmente só existe dentro de mim,
numa luta interna de necessidade de provar a mim própria que sou capaz de fazer
certas coisas - quando o básico de estar aqui estável comigo ainda não é uma
constante!
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido ter vergonha de perder um jogo. Eu realizo que
este padrão é baseado na educação de competição, reconhecimento e prémio
promovido pela sociedade em que eu nasci. No entanto, eu realizo que não tenho
de existir nem participar no mundo enquanto competição, reconhecimento ou
necessidade de ter um prémio. A única coisa que perdura na realidade é a
honestidade própria.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido participar na energia da mente de "ter de
ganhar" e assim permitir que a mente controle o meu corpo/a minha acção,
em vez de me aperceber que para dar o melhor de mim tenho de primeiro ESTAR
AQUI COMPLETA, sem a mente, sem ideias, sem desejos e mover-me como e com o meu
corpo.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido distrair-me do meu corpo e daquilo que eu treinei
por estar focada nas conversas da mente.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido deixar que a ideia de ganhar se tornasse um
objectivo. Eu apercebo-me que a ideia não é real logo este objectivo não era
válido! A única maneira de eu ganhar é
ao jogar de modo estável e eficaz, sem distrações da mente.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido ter medo de ser acusada de fazer batota - eu
realizo que este medo é baseado no medo de ganhar e que o adversário me acuse
de fazer batota. Em honestidade própria eu vejo que este pensamento me mostra
falta de confiança em mim e na minha posição de honestidade própria.
EU perdoo-me
por me ter aceite e permitido mudar de humor quando comecei a perder o jogo. Eu
realizo que tanto o entusiamo inicial (baseado na ideia de ganhar) e o
desespero final (medo de perder) são ambos energias da mente que me mantém na
ilusão e estado separado de mim.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido acreditar na ideia de que ia perder e assim
permitir confinar-me a esta ideia e condicionar a minha expressão corporal
durante o jogo.
Apercebo-me
que tanto a ideia de ganhar como a ideia de perder têm o mesmo efeito ilusório
de pensar que sou mais do que aquilo que sou e pensar que sou menos do que
aquilo que sou. Realizo que quem eu realmente sou está coberto de ideias mas
que a pouco e pouco estas ideias/medos/crenças se vão desvendando, dando ligar
à honestidade própria e à acção em honestidade própria, no processo de me
tornar Vida.
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Quando e
assim que eu me vejo a zangar-me comigo própria por não ter ganho pontos, eu
páro e respiro. Eu apercebo-me que há muita técnica para melhorar no meu jogo e
é neste ponto que eu me posso focar de modo a aperfeiçoar o meu jogo.
Quando e
assim que eu me vejo evitar olhar para o adversário quando este está a ganhar,
eu páro e respiro. Eu apercebo-me que est comportamento é baseado na ideia que
não sou boa o suficiente e baseado na ideia que alguém gozar comigo por não
ganhar o jogo. Eu realizo que a competição da mente é fonte de separação,
portanto eu páro, respiro e permito-me jogar completa aqui no meu corpo, em
auto-confiança e sem stress.
Quando e
assim que eu me vejo focada nos resultados, ganhar ou perder, eu páro e
respiro. Assim, no lugar de me focar nos resultados, eu olho para a origem do desejo/medo e não me permito definir como
a premiada/perdedora que são ambos limitações da mente.
Realizo que
só dou importância aos jogos que eu perdi, como se fosse uma ofenda - é de
facto uma decepção do ego e uma ideia de ser vítima. E realizo que só refiro
aos outros os jogos que ganhei. Realiso também que referir só os jogos que eu
ganho é uma maneira de alimentar a ideia de vencedora. Eu dedico-me a usufruir
da minha expressão, em jogos que envolvam o físico, sem necessitar da energia
da mente de perder ou vencer - a estabilidade e eficácia então baseadas na
minha respiração e em quem eu me permito ser /tornar. Apercebo-me que tudo o
que eu faço me mostra pontos do processo que eu vejo para me permitir aplicar a
cada momento de auto-realização/mudança/aperfeiçoamento.