DIA 21 - O "ter de fazer" isto
Esta semana
apercebi-me de cada vez que disse esta expressão: Hoje tenho de fazer isto...
Ou aquilo. Isto é auto-sabotar a minha ação antes mesmo de a começar. Por outro lado,
a mesma expressão tem sido utilizada para a
outra polaridade - a do entusiasmo de Tenho de fazer aquilo! Como se não
houvesse amanha.... Normalmente tal entusiasmo é motivado pela competição própria ou ao ver alguém a
fazer algo, como se quisesse provar a mim mesma que também o faço.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido pensar que "tenho de fazer algo" quando
se trata de coisas da minha rotina, como se aquilo que eu fizesse fosse contra
mim. Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido manipular a minha direção
própria e auto-disciplina com base na ideia que a rotina não "sou eu"
e baseada na ideia que preciso de motivação para me direcionar.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido ter resistências para trabalhar em mim, no meu
processo, na minha escrita; enquanto que estou sempre disponível para ajudar os
outros.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido pensar que preciso do reconhecimento externo para
apreciar o que eu faço, em vez de ser eu na minha ação e portanto sem querer
ser mais do que a minha ação/quem eu sou, nem menos.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido sentir-me cansada quando digo que tenho de fazer
isto ou aquilo; em vez de tomar a direção de o fazer, sem rodeios nem
hesitações. Eu apercebo que o cansaço da mente é uma resistência e que não é
real.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido distanciar-me de fazer aquilo que é o melhor para
mim/para o mundo, ao ter-me viciado em entretenimento da mente e na
procrastinação.
Quando e
assim que eu me vejo participar no "meu anúncio" que tenho de fazer
qualquer coisa, eu páro e respiro. Eu dedico a minha atenção para a ação e páro
a manipulação da mente e a resistência para cumprir a minha palavra.
Quando e
assim que eu me vejo participar na resistência de escrever ou de me dedicar a
alguma coisa relacionada com o meu processo de mudança, eu páro e respiro. Eu
apercebo-me também que esta é uma resistência a tomar responsabilidade ao ter a
noção que seeu não o fizer ninguém o vai fazer por mim.
Quando e
assim que eu me vejo desconfiar da minha palavra em fazer algo, eu páro e
respiro, Eu realizo que esta desconfiança própria vem do hábito de não cumprir
a minha palavra comigo própria - ao mesmo tempo, eu dou a mim própria a
oportunidade de recriar a confiança em mim própria e nas coisas que eu me
comprometo fazer.
Eu
comprometo-me a fazer aquilo que é o melhor para mim em honestidade própria e
senso comum, e assim garantir que a minha ação é também para o melhor do mundo
à minha volta. Eu comprometo-mea estar ciente da minha direção com a ajuda da
minha respiração e da minha dedicação ao meu processo de me recriar como uma
nova versão de Vida.
Eu
comprometo-me a fazer as coisas/tomar direção sem estar limitada pelo tempo que
eu penso que eu devia demorar; ou pela ideia de acabar a minha ação antes mesmo
de a começar.Eu sou e estou aqui a cada momento da minha ação,logo a separação
da mente de "ter de fazer alguma coisa" não é real, pois eu já sou a
decisão. Agora eu dedico-me a agir por mim, para mim, realizando que o mundo é
o espelho das minhas/nossas aceitações e permissões e que cada um de nós é
responsável pelo que nós aceitamos e permitimos acontecer no mundo/dentro de
nós.
Eu dedico-me
a tomar responsabilidade do meu processo, o qual eu não tenho escolha se não
realizar-me e parar de existir numa ilusão da mente quando na verdade a direção
está aqui, a honestidade própria está aqui, a respiração está aqui, a realidade
física está aqui,a Vida está aqui,