DIA 37 - Conflito com os outros... Ou comigo?
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido ter medo de intervir e iniciar a comunicação com
alguém baseada no medo que haja reacção da outra parte contra as minhas
palavras. Eu apercebo-me que a mente humana funciona como um espelho e que
qualquer reação não tem a ver com aquilo que eu disso mas com os pontos que a
outra pessoa evita ver em si própria e a minha comunicação apenas tocou na
"ferida".
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido reagir com o outro a um certo momento da nossa
conversa.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido desejar "vencer" a razão durante uma
discussão sem me aperceber que toda a discussão é de facto uma competição
comigo própria e com a necessidade de me provar aos outros - o que é baseado no
auto-julgamento que sou menos.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido distrair-me de mim/da minha participação e
realizações durante a discussão para me preocupar se o outro havia percebido o
meu argumento.
Quando e
assim que eu me vejo reagir, eu páro, respiro e procuro ver em que momento eu
reagi e em honestidade própria verifico o porquê da reação - eu realizo que a
reação surge como uma resistência à mudança.
Assim,
quando me vejo a manter aquela motivação de ser reconhecida como tendo razão,
eu páro e respiro. Eu estou ciente que se trata de um padrão do ego e da
necessidade de mérito, quando na realidade este processo de Vida tem somente a
ver com a honestidade-própria que cada um é responsável por viver.
Eu apercebo-me que não posso obrigar ninguém a
perceber e a realizar aquilo que eu partilho e que em senso comum só irá passar
aquilo que tem a ver com o momento de vida/padrão pelo qual a outra pessoa está
a passar. Logo, em vez de me preocupar com o outro e sentir-me culpada por ver
que o outro não percebeu o que eu estava a explicar, eu páro e respiro.
Eu
comprometo-me a estar ciente de mim e, quando oiço o outro, a não permitir
reações e assim intervir em senso comum sem alimentar nem o ego nem o padrão de
vítima.
Eu dedico-me
a tornar-me o exemplo de honestidade própria, sem os padrões da mente da
comparação, medo da perda tomarem conta da discussão - eu tomo a direção e
mantenho-me um e igual sem querer ser vista como superior nem como inferior.