DIA 15 - Como parar as imagens e conversas da mente?
A conversa
invisível da mente; aquelas imagens que surgem sem a minha autorização: os
acidentes que acontecem na mente, os julgamentos contra os outros, as
assumpções de uma verdade nunca realmente questionada. Mas será que eu não
autorizei isto tudo em mim?
Eu
apercebo-me que acreditei estar obrigada a seguir a mente porque era a única
coisa que eu conhecia até agora. Por isso agora aplico-me a perdoar quem eu me
tenho permitido ser para me dedicar-me a recriar-me como Vida, um e igual com
tudo e com todos.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido alimentar as conversas da minha mente sem nunca
realmente ter tomado a decisão de me dar direcção em honestidade própria e
realizar que tais pensamentos não trazem nada a este mundo a não ser separação
- de mim própria e dos outros.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido acreditar que as conversas da mente são Eu, em
vez de realizar que sou Eu que as está a fomentar e a acreditar serem reais.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido prender-me às conversas internas da mente. Eu
apercebo-me que não são o melhor para mim.
Quando e
assim que eu me vejo começar e participar nas conversas de fundo da mente, eu
páro e respiro. Eu sou a decisão de parar tudo aquilo que me suprime e me
distrai de estar aqui presente, um e igual com o meu corpo.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido tornar-me curiosa sobre os pensamentos e imagens
da mente como se se tratasse de um filme. Apercebo-me que os padrões são sempre
os mesmos e que portanto a curiosidade é auto-sabotagem. Realizo que estas
conversas internas e as imagens (filmes da mente) se tornaram um vício e que
irá demorar tempo a recriar-me - desta vez em honestidade própria, como e com a
Vida.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido tornar-me vítima daquilo que eu própria aceitei
passar-se na minha mente. Eu apercebo-me que sou responsável pelas conversas de fundo que me distraem de estar
presente, pelas imagens que eu crio baseadas em medo daquilo que os meus olhos
vêem, pelos medos que eu me permito definir como, pela influencia que a
mente/hábitos/ideias eu permito existir.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido sentir confortável na mente, como se isso fosse
eu na minha plenitude - quando na verdade me tornei escrava dos meus próprios
pensamentos porque me permiti limitar dentro de mim própria.
Eu perdoo-me
por não me ter aceite e permitido parar todos os pensamentos de acidentes que
eu tenho tido até hoje durante a minha existência, e que através disso, se
acumularam numa personalidade, e se manifestam na maneira como eu vejo o mundo.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido ter medo de olhar para a pessoa com a cara
desfigurada por ter medo de me "contaminar" com o mesmo problema - eu
apercebo-me que este medo me mostra aquilo que eu permiti e aceitei definir
como vida, baseada em medo do futuro, em medo de me magoar, em medo de ser
gozada e julgada pelos outros. Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido
projectar os meus medos nas imagens de acidentes e pensar que são os acidentes
que me trazem estes "pensamentos negativos". Apercebo-me que os meus
pensamentos já existiam antes de eu ver as imagens.
Eu perdoo-me
por não me ter aceite e permitido parar de projectar nos outros o meu medo de
ser excluida pela sociedade. Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido
acumular merda de pensamentos e medos dentro de mim e não me permitir ver o que
se passa mesmo nos seres humanos, nos nossos relacionamentos, naquilo que
permitimos fazer, na destruição que aceitamos e na auto-destruição que
permitimos acontecer.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido ter medo de não olhar para os problemas baseada
no medo de me tornar nos problemas que eu vejo à minha volta.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido acreditar estar agarrada aos pensamentos,
crenças, medos e imagens da minha mente. Eu perdoo-me por me permitir e aceitar
permitir agarrar aos pensamentos sem nunca me ter permitido SER sem a
"conversa de fundo" da mente.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido estar contra mim própria em pensamentos que
depois se manifestam em acções contra mim própria. Eu perdoo-me por me ter
aceite e permitido competir comigo própria na corrida de pensamentos, em vez de
simples-mente estar aqui, um e igual com/como o meu corpo e me permitir estar
estável com o mundo à minha volta.
Quem sou eu
sem estes padrões que limitam as minhas acções e direcção?
Eu realizo
que me tenho suprimido e que não sei o que é Viver quem eu sou, porque quem eu
me tornei é auto-destrutivo. Logo, quando e assim que eu me vejo participar e
criar em pensamentos auto-destrutivos, especialmente em relação à destruição do
meu corpo, eu páro e respiro. Eu dedico-me a estar aqui como/com o meu corpo,
em expressão própria no físico, neste mundo e na minha interação à minha volta.
Quando e
assim que eu me vejo petrificar de medo quando vejo ou imagino uma cara
desfigurada, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que o medo de não ser aceite
pela sociedade e o medo de ser olhada na rua são projecções da inferioridade
que me permiti aceitar ser. Realizo que estas imagens são um reflexo do julgamento que as mulheres são vítimas de violência - por isso, eu páro e respiro ao realizar que estas ideias não são reais nem têm de existir. Eu sou responsável por parar a perseguição da mente.
Eu dedico-me a parar as conversas da mente e a estar aqui nesta realidade física, com o que é real aqui e agora, e a descobrir-me quem sou sem as imagens, medos e conversas da mente.
Eu dedico-me a participar nesta realidade física como vida e portanto a descobrir a Vida que eu sou e a redefinir quem eu Sou como Vida, que até agora me tenho suprimido distraida com a mente num ciclo de auto-limitação e sabotagem.
Quando e
assim que eu me vejo projectar nos outros e na sociedade os meus medos, eu páro
e respiro. Eu apercebo-me que os medos são aquilo que eu permito e aceito
existir em mim e que eu sou responsável por parar a minha
participação/existência aqui.
Quando e
assim que eu me vejo imaginar acidentes comigo ou com as pessoas à minha volta,
eu páro e respiro. Eui apercebo-me que este padrão é uma padrão de
auto-destruição que não respeita a Vida, como que eu e os outros somos.
Eu
comprometo-me a parra de existir como os problemas do mundo e a tornar-me a
solução para mim própria ao resolver os padrões que me defini/limitei ser.
Eu
comprometo-me a criar-me como vida e expressão de vida, e não como medo.
Eu
comprometo-me a criar-me como VIDA e não a destruir-me/destruir a Vida.
Eu
comprometo-me a para os medos e a não permitir ser controlada pela mente
baseada no passado, em memórias, ideias
e pensamentos que eu deixei acumular em mim. Eu apercebo-me que a minha mente
funciona como uma esponja nesta sociedade de imagem, de terror, medo e
violência. É da minha responsabilidade inverter a maneira como eu, enquanto ser
humano, me tenho permitido existir e viver a decisão de me recriar como Vida e
para a Vida.