DIA 240: "Uns dias abraço-me, noutros ignoro-me" - Subestimar o Processo
SubEstimamos a nossa própria Vida. SubeEstimamos a nossa honestidade própria. SubeEstimamos o nosso corpo. Consequentemente, acabamos por aceitar e permitir subestimar a Vida na Terra, subestimar os outros e subestimar a matéria física que é tudo o que existe.
É tempo de Estimarmos quem somos.
Especialmente
em momentos de grande distração na mente (quando me permito consumir pelas
emoções, pelos medos, pelos sentimentos, pelas imagens, pelos pensamentos),
apercebo-me que subestimo o meu potencial de caminhar o meu Processo, duvido de
mim própria, entro num estado depressivo em que desvalorizo tudo o que eu faço
e toda a minha criação. Os efeitos de me permitir separar de mim própria são
devastadores porque os pensamentos que
daí advêm são auto-destrutivos e crio ansiedade no meu corpo que, se eu não
parar, começo a viver num mundo paralelo de hipóteses sobre um futuro contra
mim própria. Pergunto-me: Até que ponto é que eu tenho de ir para me decidir,
de uma vez por todas, viver este Processo inteiramente?
Em vez de
ficar à espera de um sinal ou de uma resposta vindo de não-sei-onde, eu decido:
Agora e Aqui. Até agora tenho subestimado o meu próprio blog, a minha partilha,
a minha capacidade de ajudar os outros - e isto só acontece porque ainda não me
estou a ajudar a mim própria em plenitude - na verdade, ainda há separação em
mim própria e inconsistência na minha atitude para comigo própria: uns dias
abraço-me, noutro dias ignoro-me. há dias em que escrevo o perdão próprio
fluentemente, outros dias aceito a resistência e não escrevo; há momentos em
que estou ciente da respiração, outros não estou aqui.
De seguida partilho o meu Perdão-Próprio sobre os pontos da subestimação do meu processo. Deixo-vos também este vídeo do Bernard Poolman sobre o Abraço a si Mesmo:
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido subestimar o meu processo de tornar-me ciente de
mim, ciente dos princípios de honestidade-própria, ciente de como a minha mente
funciona, ciente dos padrões que eu permito em mim e na Vida.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido ter dias-sim e dias-não, baseados na memória do
que fiz no passado e por isso justifico a preguiça, justifico a procrastinação,
justifico o medo, justifico o entretenimento, justifico a falta de direção,
justifico a confiança ou a falta dela, justifico a energia... quando tudo isso
são escapadelas de mim própria e formas de me manter fechada na minha própria
mente.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido subestimar a minha capacidade física de existir aqui em plenitude, possível através da minha própria respiração. O facto de ter tomado a respiração (e a saúde em geral) como algo adquirido é um reflexo do estado automatizado das nossas mentes e consequentemente das nossas acções.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido subestimar o grupo do Desteni, os cursos e todo o
apoio incondicional que eu tenho tido ao longo dos últimos quatro anos.
Apercebo-me que mesmo quando se tem todas as ferramentas ao dispor, se não
houver a decisão e a vontade própria de aplicá-las, é bem provavel de se deixar
a vida passar ao lado. Eu apercebo-me que de cada vez que faço um exercício ou
que tenho um chat com o grupo é uma nova camada que eu "descasco" no
meu processo e uma nova abertura em mim para olhar para novos pontos até estar
um e igual com tudo.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido subestimar a minha capacidade de escrever sobre
todos os meus pontos da minha mente que têm de ser transcendidos, um a um.
Eu perdoo-me
por não me ter aceite e permitido subestimar a minha capacidade de parar os
pensamentos, parar as minhas paranóias, parar os medos, e começar a escrever
sobres cada um deles, começar a ler sobre esses pontos, de investigar em mim a
origem do problema que eu criei para mim própria.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido subestimar o meu potencial de resolver os meus
problemas, tanto os mais complexos, como os problemas no trabalho, como os
desafios do dia-a-dia e das relações com os outros. Afinal de contas, eu
realizo que tudo o que se passa comigo na minha relação com os outros é um
espelho daquilo que eu permito dentro de mim e portanto funciona como um
indicador de pontos que requerem a minha dedicação, correção e aperfeiçoamento.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido subestimar os pensamentos e os julgamentos
positivos/negativos através dos quais eu me baseio para tomar decisões, o que
demonstra que a liberdade de escolha é de facto inexistente quando permitimos
que a mente decida por nós.
Quando e
assim que eu me vejo a subestimar a minha capacidade em tornar-me o meu próprio
exemplo de senso comum e de honestidade própria e a fazer aquilo que é o melhor
para todos, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que este é o Processo nessa
direção e que eu sou responsável por garantir que caminho o Processo por mim.
Quando e
assim que eu me vejo perante um problema e tenho logo a reação em pedir ajuda,
eu páro, respiro e avalio qual é o problema, escrevo sobre isso e ajudo-me a
perceber o problema e como é que eu o criei para mim (mais não seja ao
complicá-lo). Curiosamente, vejo que preciso apenas de dedicar a minha vontade
de ajudar os outros para me ajudar a mim! Em vez de subestimar a minha
capacidade de resolver os meus problemas, eu comprometo-me a pelo menos olhar
para o ponto em questão e ver como é que eu posso avançar no meu processo de
auto-conhecimento e explorar caminho para a auto-correção e mudança.
Quando e assim que eu me vejo a participar na resistência de avançar nos cursos do Desteni e nos projectos do grupo, eu páro e respiro. Apercebo-me que esta resistência é uma sabotagem da mente porque eu não estou "naturalmente" treinada para ir para além do meu conhecimento e dos meus hábitos. Por isso, eu dou-me esta oportunidade de Vida para explorar o "desconhecido" fora da minha mente, aprender com os exemplos de honestidade própria dos outros que andam este processo um e igual comigo, e decidir em honestidade e direção própria como me criar a cada respiração.
Quando e assim que eu me vejo a respirar em modo automatizado, eu páro e respiro por mim. Quando e assim que eu me vejo a subestimar a ajuda da respiração no meu processo de estar ciente de mim aqui, eu páro e respiro e vejo por mim própria como é que eu sou a cada respiração e a minha capacidade de me dar direção a cada respiração e de curar-me das possessões da mente.
Eu comprometo-me a estar um e igual com os outros seres com base na nossa respiração em comum e na nossa existência aqui.
Quando e assim que eu me vejo a justificar a resistência para não escrever o perdão próprio, eu páro e respiro. Por experiência própria, eu realizo que escrever sobre aquilo que a mente me mostra e escrever o perdão-próprio especifico é das melhores ajudas que eu dou a mim própria. Seguidamente, eu apercebo-me que pôr em prática a correção no momento em que esses padrões surgem é uma redescoberta de mim própria que nunca pensei ser possível.
Quando e assim que eu me vejo a subestimar o perdão-próprio como uma ferramenta essencial no processo de me tornar honesta comigo própria, eu páro estes pensamentos e respiro. Eu realizo que os meus julgamentos sobre o perdão próprio remontam à ideia do sacrifício e da vitimização que nada têm a ver com o processo de abertura pessoal que eu dou a mim própria através do perdão-próprio. Este é uma ferramenta e não um fim em si mesmo.
Quando e
assim que eu me vejo em pleno momento de indecisão ou falta de direção, eu páro
e respiro. Eu tenho a capacidade de decidir quem eu vou ser a partir desse
momento e qual a direção a tomar, visto que eu sou a minha direção. Eu
apercebo-me que a indecisão e a decisão com base em emoções são indicadores de
que estou a permitir "viver" o programa automático da mente e a
permitir ser escrava da mente de ideias e informação acumuladas ao longo do
tempo.
Quando e
assim que eu me vejo a reflectir sobre a minha atitude e decisões, eu
comprometo-me a verificar quais foram os julgamentos positivos e negativos nos
quais eu me baseei para tomar a decisão. Isto ajuda-me a perceber quais são os
meus apegos emocionais e energéticos às coisas, em vez de tomar decisões com
base em senso comum e naquilo que é o melhor para mim e para os outros.
1 comments:
Write commentsBom:) (O João indicou-me este teu blog). Muito bom mesmo. O vosso apoio (ambos).
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