DIA 234: Uma mente acelerada e um corpo escravo - dia de reuniões

segunda-feira, julho 15, 2013 0 Comments A+ a-




Depois do trabalho tive uma enorme dor de cabeça e escrever foi a minha coisa que eu podia fazer naquele momento. A minha mente estava extremamente acelerada, como se não conseguisse parar de pensar, quer naquilo que eu ia fazer a seguir, como no meu dia de reuniões. Foi incrível estar ciente que estava a permitir que o speed da mente "tomasse conta de mim" e no entanto, não estava a tomar conta de mim no melhor sentido: o meu corpo manifestava sinais de exaustão e a minha cabeça doía na têmpora esquerda. Apercebi-me então que nas três horas de reuniões que eu tive, não me lembro sequer de respirar.  Estava tão absorvida em pensamentos que nem me apercebi das minhas necessidades físicas de respirar, ir à casa de banho ou até mesmo apanhar ar lá fora. O meu corpo estava a ser um escravo da mente por isso, esta situação foi um abuso-próprio na qual eu negligenciei o meu próprio corpo. Apercebi-me desta situação no caminho de regresso a casa, em que estava sozinha, sentada e recomecei a respirar por mim, a escrever e a abrandar a mente de pensamentos. Vi então que esta estabilidade ajuda-me a ver quando um pensamento atropela o outro, e como eu me encho de energia quando penso naquilo que vou fazer a seguir, ou nos planos do futuro ou nas memórias do passado. Esta energia mental é abusiva.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido desleixar o meu corpo ao me permitir estar obcecada com os pensamentos da mente.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido tornar-me uma escrava dos meus próprios pensamentos que eu sigo sem me questionar sobre a legitimidade e sentido destes pensamentos na realidade prática.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido subestimar a minha respiração e a minha capacidade de tomar conta de mim, de me estabilizar, de nutrir o meu corpo, a relação comigo própria e subestimar a minha responsabilidade de existir aqui.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido mudar a minha atitude comigo própria de acordo com o ambiente em que eu me encontro e consoante as pessoas com quem eu estou, em vez de ser eu e agir ciente de mim própria  incondicionalmente e garantir que eu sou o factor de estabilidade mesmo quando o "cenário" muda.

Quando e assim que eu me vejo a agir de maneira diferente para supostamente corresponder ao ambiente em que eu estou e às pessoas à minha volta, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que esta ideia sobre aquilo que eu acho que as outras pessoas estão à espera que eu faça é somente baseada na minha própria mente de projeções, por isso, eu comprometo-me a investigar em mim/escrever sobre os auto-julgamentos que eu estou potencialmente a projectar nos outros. Eu apercebo-me que o meu processo de mudança é contínuo e que tenho de cooperar comigo própria e ajudar-me a andar cada padrão mental, em vez de ser dura comigo própria e acreditar que a mente de projeções é para ser seguida.
Eu comprometo-me a transferir a minha confiança na mente para a confiança no meu corpo físico e na realidade prática - por isso eu comprometo-me a estar ciente da minha respiração mesmo quando estou com muitas pessoas à minha volta ou com muito trabalho pela frente.
Apercebo-me que se não nutrir o meu corpo com aquilo que o meu corpo precisa para existir (nomeadamente oxigénio constante) então estarei a fazer exactamente o contrário que é auto-destruição.
Quando e assim que eu me vejo a ter pensamentos uns a seguir aos outros, sobre planos do futuro ou sobre memórias do passado, eu páro estes pensamentos e respiro. Eu estou ciente que esta energia da mente não é real e que não me é benéfica a longo-prazo, por isso, eu comprometo-me a parar este vício baseado na energia dos planos. Em relação às memórias, quando e assim que eu me vejo a participar nas memórias do passado recente (por exemplo, a reunião) eu ajudo-me a  não levar a memória a peito e, em vez disso, eu vejo e escrevo sobre os padrões que a minha mente me mostra. A partir daqui, eu comprometo-me a aplicar as minha realizações e correções na prática, tanto na minha relação comigo própria, como na minha presença quando  estou na presença de outros.


Quando e assim que eu me vejo a estar a abusar de mim por não estar a respirar ciente de mim no meu corpo e realidade física, eu páro a mente e respiro! Eu comprometo-me a respirar em direção-própria quando estou eu reuniões ou em qualquer outro lugar/actividade que, apesar de requererem reflexão, lógica e planeamento, o meu respirar e a minha expressão física em honestidade própria são/devem ser incondicionais e vão ser benéficas para mim e para o meu trabalho/aquilo que eu faço/produtividade.