DIA 67: Dominar a vida ou ser dominada pela mente?
A mente é
tão rápida e automatizada , sem nos apercebermos, permitimos pensamentos cuja
consequência é completamente contra nós próprios. Basta ver as contradições
deste mundo para se questionar sobre o que é que se passa na mente dos seres
humanos. Tomemos um exemplo aparentemente pequeno e sem relevância: estar no
sofá a ver TV. A dado momento, a mente começa a falar - "tenho de ir
estudar". A mesma mente responde: "só mais este episódio".
"OK, eu mereço descansar", "eu vou estudar quando a série
acabar, eu prometo"... "bem agora tenho fome", "amanhã vou
acordar mais cedo e estudo". No espaço de 30 segundos, a mente tomou a
direção - e o corpo é que paga. Consegues distinguir as diferentes vozes da tua mente? Ou não
serás sempre tu? Mas onde estás tu no meio desta conversa? Sentado no sofá,
escravo da mente. O que acontece quando confiamos em nós próprios? Somos
assertivos com a nossa própria decisão. E esta capacidade é treinada - parar a
mente requer prática por que nos temos habituado a esta "conversa de
fundo" que se tornou musica para os nossos ouvidos... Experimenta
respirar. Surge um pensamento, e Páras, Respira. Quando o pensamento voltar
outra vez, Pára e Respira. E assim estabelecemos a confiança em nós próprios,
um e iguais com o nosso corpo físico - do mesmo modo, tomamos direção sem
permitir que a mente intervenha e nos páre. Ou seja, ou nós paramos a mente, ou
a mente nos pára a nós e tudo o que fica é um corpo desleixado em frente à TV à
espera que a Vida aconteça. Bora mudar de canal neste processo que é a Vida?
Então:
Eu perdoo-me
por não me ter aceite e permitido realizar que eu sou responsável pela conversa
na minha mente que é baseada em memórias e hábitos que eu permiti e aceitei
criar para mim própria.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido dar permissão à minha mente para decidir por mim,
enquanto que o meu corpo sofre por desleixo e por comodismo que se instala de
cada vez que a mente domina.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido acreditar que tenho de seguir as conversas da
mente.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido acreditar que as conversas da mente são um deus a
falar comigo - eu apercebo-me que esta tem sido uma maneira de me manter
entretida na minha própria bolha de pensamentos e ignorado a minha própria
liberdade.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido confiar na mente quando digo a mim própria
"é só mais um bocadinho". Eu dedico-me a recriar a confiança em mim
própria enquanto movimento físico e participação física - enquanto comunicação
física através da escrita. Eu apercebo-me que ao escrever estou a explorar os julgamentos da mente e a
desconstruir as personalidades que só me separam de mim própria.
Quando e
assim que eu me vejo a justificar a procrastinação, eu páro e respiro. Por
experiencia própria eu sei que se nada fizer eu vou voltar ao mesmo ciclo da
mente. Logo, eu páro, respiro e dou
direção a mim própria. Eu faço aquilo que tem de ser feito, por mim e para mim.
Quando e
assim que eu me vejo a acreditar que as conversas da mente são divinas, eu páro
e respiro. Em senso comum eu vejo que nada da mente é divino pois este mundo
está mais perto de ser um inferno do que um lugar pacífico. Logo, eu tomo
responsabilidade pelos pensamentos que permito em mim propria/no mundo e perdoo
cada um dos pensamentos aceites em mim/no mundo até agora.
Quando e
assim que eu me vejo a desejar que os outros se juntem à minha procrastinação e
preguiça, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que só a mim estou a enganar e a
prolongar o meu processo de auto-realização; apercebo-me que este processo é
sobre a honestidade própria e em tornar-me o meu próprio exemplo.
Quando e
assim que eu me sinto frustrada por ter ficado no sofá sem ter feito as coisas
que eu queria e pensar que o tempo está contra mim, eu páro e respiro. Neste
momento, eu perdoo-me pelos julgamentos e comprometo-me a mudar - neste
momento, eu decido em mim própria parar o ciclo de frustração e a confiar em
mim a viver a decisão.
Eu dedico-me
a a escrever o perdão-própria e estar ciente de cada palavra, sem julgamentos
nem culpa. Ao escrever, eu abrando a mente e escrevo sobre os pontos que
surgem. Ao ver quem eu me tornei e tenho aceite ser, eu tomo a decisão de mudar
para uma melhor versão de mim própria e a honrar cada momento da minha vida
aqui, a respirar.
Eu
apercebo-me que ao parar o conflito em mim, páro o meu conflito no mundo.
Eu
apercebo-me que ao parar a procrastinação em mim, páro de participar na apatia
que existe no mundo.
Ao conhecer
os padrões da minha mente e me dedicar à mudança, apercebo-me dos padrões deste
mundo e que depende de mim/nós ser a mudança. O que decides ser?
Mas será que
temos escolha?