DIA 126: Passos a tomar perante uma reação eminente
Há um
conjunto de passos que devem ser tomados para evitar que a reação da mente tome
conta de nós e crie ruptura/arrependimento e desistência projectado no mundo à
nossa volta.
Passo 1:
Páro a mente (imagens, pensamentos, conversas internas)
Passo 2:
Inspiro 1...2...3...4...
Passo 3:
Sustenho a respiração 1...2...3...4
Passo 4:
Expiro 1...2....3....4
Passo 5:
Auto-analiso e realizo a origem da reação
Passo 6:
Perdoo cada imagem, pensamento e conversas da mente
Passo 7:
Confio a mim própria a capacidade de mudar a partir de agora
Foram
exactamente estes os passos que me faltaram: era como se tivesse um nó na
garganta e a única coisa que me passava pela mente eram frases de ruptura, sem
paciência para continuar o processo nem para continuar o casamento. Durante uns
minutos, o meu alvo era aquilo que realmente representa estabilidade e mudança
- e permiti que os pontos não resolvidos em mim tomassem conta do "meu
mundo". O outro sinal de reação foi a culpabilização dos outros por aquilo
que eu sentia - sem ver que eu sou responsável por tudo aquilo que eu me
permito sentir. E finalmente, a chicotada da reação foi a resistência a mudar
fisicamente - nem conseguia abraçar o João, como se a mente fosse uma barreira
física invisível.
Estou a ter
dificuldade em descrever o que senti - mas posso dizer que não era bonito. Era
como se estivesse a agredir-me com cada pensamento e não tivesse força para
pará-los e aceitásse a vitimização. Deitei-me na cama e acalmei. Recordei-me
que tinha de resolver este ponto agora, ou teria de passar por isto outra vez.
Então trouxe o ponto para mim própria e perguntei-me: Porque é que reagi àquilo
que o Joao medisse? De onde é que vem esta irritação? A quem é que eu associo
esta situação? Que medo é que existe em mim? E rapidamente me apercebi da
origem desta projecção. Afinal a reação não tinha nada a ver com o João. Tudo
ficou mais claro. Durante esta reunião comigo própria realizei que este era o
medo de me tornar aquilo que eu não queria, nomeadamente o medo de me tornar
irritante, chata e inútil - aspectos que eu associo a casais e à minha própria
experiência em relação à minha mãe.
Para aqueles
que estão a ler isto, investiguem as reações e irão ver que têm sempre a ver
connosco próprios. Neste caso, o problema estava nos meus julgamentos próprios
e que eu odeio - ou seja, estava a projectar ódio à minha volta porque essa é a
realidade que eu tenho permitido em mim. Estava a reagir às palavras porque
tomei-as como uma ofensa e esta ecoou no meu medo de me tornar chata e irritante. A
resistência a abraçar o João era a resistência a ABRAÇAR-ME. A resistência a
ver isto era a resistência a mudar porque, ao ver esta relação comigo própria,
é claro que terei de mudar! Quem é que quer odiar-se a vida toda?