DIA 123: AparenteMENTE está tudo bem?
De vez em
quando tenho aquela sem(s)ação que a
minha mente é muito aberta e que estou totalmente tranquila com o que me dizem
e com aquilo que se passa à minha volta. Esta "sou eu" na maré alta.
No entanto, rapidamente dou por mim a quebrar esta suposta paz da mente com
dúvidas e conflitos com os outros. São deterMINAdos pontos que, quando alguém
lhes toca, eu reajo como uma MINA a explodir em várias direções.
Apercebi-me
hoje que esta ideia de tranquilidade na mente é um mecanismo de associado ao
sucesso e à ideia que completei as minhas tarefas do dia - "está tudo
bem" - Isto significa que quando não completo as tarefas do dia eu
julgo-me como estando a falhar e este julgamento dispara em pensamentos de
abuso próprio e de auto-punição / castigos, que são depois projectados nas
interpretações que faço daquilo que os outros me dizem.
O principal
ponto a ver neste momento é a minha permissão em aceitar este "estado
tranquilo da mente" como real, quando na realidade estes pensamentos são a
minha participação através do ego (mente). Mais uma vez, esta é um mecanismo da
mente de manter as coisas como elas estão porque, aparentemente (e segundo a
mente) "está tudo bem". Se estivesse tudo REALMENTE bem então não
haveriam dúvidas, nem marés altas, nem marés baixas, nem projeções, nem
necessidade para interpretações.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido acreditar no pensa-mente que "está tudo
bem", quando eu sei que este pensamento é baseado na condicionalidade de
ter acabado a tarefa, ou de ter o "meu mundo" arrumado, sem com isto
ver que estou a criar a polaridade de "está tudo mal"/"nada bate
certo" quando a outra condição de deixar tarefas por fazer se manifesta.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido acreditar que a mente/emoções/sensações são Eu,
sem ver que a minha experiência até agora tem sido de altos e baixos o que é a
prova que a Vida não está na mente e que, enquanto eu existir como mente, eu
estou a mentir a mim própria e a cobrir-me de camadas que suprimem a minha
expressão incondicional.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido fazer as coisas sob a condição de me sentir
completa ao terminá-las, em vez de estar em plena satisfação enquanto eu as
faço.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido acreditar que eu estou estável só porque na minha
mente eu tenho a sensação que estou estável, sem me aperceber que estou a criar
uma armadilha para mim própria pois no momento seguinte, se a imagem da minha
realidade não corresponde à imagem de perfeição da mente, então eu vou julgar
esse momento como instável e, assim, reagir de acordo com este "estado da
mente" de instabilidade.
Quando e
assim que eu me vejo a participar na conversa da mente que "as coisas
batem certo" e acreditar que este
pensamento é real, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que este pensamento serve
para momentaneamente eu me sentir bem
comigo própria e orgulhosa daquilo que eu faço o que, de facto, estou a
justificar a minha existência como instável. Em senso comum eu vejo que ao
acreditar que neste momento eu sou superior, estou igualmente a aceitar que no
momento anterior eu era inferior!
Quando e
assim que eu me vejo a julgar e interpretar a minha realidade como não estando
de acordo com a minha ideia de perfeição e expectativas com base na sensação
anterior de estabilidade, eu páro e respiro. Nesse momento, eu apercebo-me que é
da minha responsabilidade ser estável em mim incondicionalmente e, ao estar
presente na minha respiração, eu estou a trazer-me "à tona" e a
estabilizar-me realmente.
Quando e
assim que eu me vejo a interpretar aquilo que me dizem como estando fora da
minha imagem de que "está tudo bem" e, com base nesta interpretação
eu começo a reagir, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que a imagem do que é
"estar tudo bem" é baseada em completo interesse-próprio porque estou
apenas a considerar o meu desejo por "sentir" que está tudo aparente-mente bem comigo, em vez de ver aquilo que é o melhor para
todos naquele momento. Em senso comum eu apercebo-me que a sensação de
"estar tudo bem" ou que as coisas "batem certo" é
irrelevante para eu agir em honestidade própria. Em honestidade própria, a
minha ação é incondicional, sem ideias de certo ou errado, sem motivação de
imagens nem energias negativas ou positivas, nem auto-sabotar a minha
comunicação comigo e com os outros. Logo, eu comprometo-me a parar de
participar na mente do interesse-próprio e a sair desta "bolha de
ideias" sobre como as coisas têm de ser
para de facto estar aberta a criara minha estabilidade como Vida, a
aperfeiçoar quem eu sou e como eu ajo comigo e com os outros, um e iguais a
mim.