DIA 127: Aquilo que não vemos durante uma reação
Este é uma
continuação do artigo de ontem sobre os Passos a tomar perante uma reação
eminente. Durante a reação eu estava "cega" e não conseguia ver os
seguintes pontos que foram sendo claros para mim quando finalmente parei e
ouvi-me a perdoar em voz alta:
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido acreditar que esta vontade de explodir e pôr cá
para fora os pensamentos que me passam pela mente irá resolver o problema.
Eu perdoo-me
por não me ter aceite e permitido parar, respirar, trazer o ponto para mim
própria e realizar que sou eu quem primeiramente está a permitir estes
pensamentos dentro de mim e ultimamente a criar o problema para mim própria.
Eu perdoo-me
por não me ter aceite e permitido dar a mim própria o espaço para respirar,
parar a reação em mim primeiro e ser responsável por resolver o meu problema,
passo a passo.
Eu perdoo-me
por não me ter aceite e permitido ver que os indicadores de stress no corpo,
nervosismo, alteração do tom de voz ou a sensação de nó da garganta ajudam-me a
ver que estou perante uma resistência da mente e que tenho de ser EU, de
vontade própria, a mudar a minha atitude no momento, acalmar-me com a ajuda da
respiração e viver a decisão de parar que a mente tome conta da minha direção.
Eu perdoo-me
por não me ter aceite e permitido ver que ninguém tem culpa dos pensamentos que
eu aceito e permito criar em mim própria.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido ver que vou sempre chegar ao culminar da reação e
"dar o braço a torcer" para ver que eu estava a projectar este ponto
de irritação e medo que ainda não foi resolvido em mim.
Eu perdoo-me
por não me ter aceite e permitido realizar plenamente que qualquer julgamento
contra os outros é sempre um espelho dos julgamentos que eu tenho contra mim
própria.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido usar as pessoas como bode expiatórios para eu
fugir a mim própria, em vez de ver que eu não posso fugir de mim e que mais
cedo ou mais tarde terei e enfrentar todos os pontos de desonestidade própria e
viver a decisão de parar e mudar de dentro para fora.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido acreditar que os meus próprios julgamentos são
reais só porque me habituei a definir-me segundo estes julgamentos.
Eu perdoo-me
por não me ter aceite e permitido estar ciente de mim quando eu estou
simplesmente a re-agir para corresponder às personalidades de superioridade e
de reputação que eu defini para mim própria como um mecanismo de proteção
contra os outros.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido acreditar e ver os outros como estando contra mim. Ao
trazer o ponto para mim própria, vejo que sou eu que estou contra mim
própria e a manter a cegueira da mente/ego, em vez de parar para VER que sou que tenho de parar a luta dentro de mim.
(continua no
artigo: "Criar um bicho de sete cabeças em vez de resolver a minha mente")