DIA 164: As relações públicas tomam-nos como estúpidos
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Quantos de
nós não sente uma energia miudinha quando tudo parece que está "no lugar
certo" e se tem um vaipe para fazer compras?
Ou, por
outro lado, quando tudo parece estar a desabar, um belo chocolate traz
miraculosamente uma estabilidade de infância?
E ainda,
sabes de onde e como é que as mulheres começaram a fumar e porquê?
Todos estes
fenómenos sociais são explicados e demonstrados neste documentário através de
imagens da época alta dos anos 20-30 do século XX. Eu pergunto-me, que Self é este? Será que realmente NÓS somos máquinas de felicidade? Tudo depende
daquilo que permitimos e aceitamos ser e fazer. A grande revolução daquela
altura foi uma mudança nos hábitos de comportamento através do apelo aos
sentimentos e emoções - que tem o nome de lavagem cerebral - num momento em que
o desejo tomou conta da necessidade. Esta foi a resposta à pergunta de Edward
Bernays sobre como incentivar a produção e consumo em tempo de paz.
Esta
manipulação é assustadoramente real - basta ver-se as reações que se manifestam
em estádios de futebol ou em comícios políticos, em que a mente de uns quantos
comando a vontade da maioria. Enquanto uns se entretêm com emoções, outros
enchem os bolsos aos milhões em apostas e investimentos...
Quem
dita as regras do socialmente aceite? Vejamos: durante o movimento das
sufragettes conseguiu passar-se a vender cigarros a um novo público alvo: as
mulheres. Como? Promoveu-se a ideia que um cigarro na boca era sinal de
emancipação sob os homens (elemento fálico do cigarro) e que daria poder às
mulheres. Mas será que foi realmente este benevolente acto de compaixão e
igualdade para com as mulheres que incentivou tanta publicidade? Obviamente que
não! Como foi dito pelo Presidente da American Tobacco company, havia potencial
no mercado feminino e a sua exploração era como "abrir-se uma mina de ouro
no quintal da frente" (It will be like opening a
gold mine right in our front yard.”, George Washington,
1928). Ou seja, foi uma encenação com sucesso - juntou-se a conotação emocional
da "guerra dos sexos", Edward Bernays pagou às mulheres para
percorrem as ruas com cigarro na boca, contratou fotógrafos para capturarem
boas imagens, intitulou o evento como as "tochas da liberdade" e
distribuiu as noticias nos canais onde tinha influencia.
Assim se
criou a ideia de desejo em nome de uma liberdade vendida, sem se ver qual era o grande
esquema de controlo a segurar as marionetas. Mais uma vez, tudo depende daquilo que permitimos e
aceitamos ser e fazer. Seremos a mente estúpida em que não se pode confiar, ou
somos a decisão de mudar o rumo da História em por uma humanidade
verdadeiramente livre da corrupção mental e financeira?
A
continuar...