DIA 158: Dar prioridade à vida que sou
"Passamos mais tempo a pensar naquilo que os outros pensam em vez de vermos aquilo que nós próprios pensamos", excerto da entrevista Life Review sobre as prioridades da nossa vida.
Como
dar direção aos julgamentos que pairam na minha mente? Apercebo-me que há um
leque de julgamentos próprios que eu teimo em acreditar serem eu - vejo que
estes pensamentos mostram aquilo que eu tenho permitido e aceite como sendo eu,
mas que até agora não me têm ajudado - antes pelo contrário, as coisas só se
complicam e acumulam. Até eu parar. E hoje decidi questionar-me, dar-me esta oportunidade de dar direção aos pensamentos e aperceber-me
que não me posso permitir desperdiçar o meu tempo a "reviver" padrões
da mente. Eu tenho-me a mim aqui e sou responsável por ser eu aqui como Vida, na prática - Parar a mente, respirar e enfrentar
qualquer resistência a mudar-me.
Mas quem é
que afinal eu sou sem estes julgamentos? Quem é que eu sou sem as relações que
eu tenho estabelecido comigo e com as coisas à minha volta? Como é que eu tenho existido
sob tal influência da mente sem me aperceber que me tenho limitado a mim
própria?
Estou a
aprender a ajudar-me neste processo. O mais interessante de tudo é ver que eu
sou capaz de andar através deste processo de auto-conhecimento e de enfrentar a minha mente
por mim. Até agora tenho feito exactamente o contrário: tenho passado a maior
parte do meu tempo nas relações da mente, nas preocupações da mente e nos
desejos da mente. Ou seja, as relações que eu criei com as pessoas e eventos à
minha volta são um reflexo da relação que eu criei comigo própria, um e igual,
por dentro e por fora. Em vez de dar prioridade à vida em mim/nos
outros, tenho dado prioridade à minha mente e à mente dos outros. Nisto
apercebo-me do desperdício de tempo e da falta de respeito-próprio quando eu
acredito mais na mente do que em mim aqui, e esta desigualdade é desonesta
comigo enquanto vida.
Curiosamente, até há pouco tempo julgava que cuidar de mim era um acto egoísta, no entanto vejo que afinal manter-me nos padrões de pensamentos/comportamento é baseado em total interesse-próprio, porque é baseado em medo, em conforto mental e na crença que é um destino/personalidade que me foi "dado". Agora percebo o que se quer dizer com o "until this is dONE" ou seja, vou caminhar este processo até resolver em mim cada um dos pontos/preocupações/padrões que eu permiti tornar-me, até eu tornar-me um e igual com a Vida que (potencialmente) sou.