DIA 162: A mudança é uma atitude física, hurrey!
Hoje tive um
daqueles momentos em que tomei e vivi a decisão física de mudar um padrão for real. Ao mesmo tempo, o facto de estar a
escrever este blog hoje é um sinal de direção própria e de viver o compromisso
de recomeçar a cada momento aqui - parar, dar tempo a mim própria e escrever,
mesmo quando tenho a casa cheia!
Em relação
ao primeiro ponto, não lhe posso chamar um momento de "sucesso"
porque este é um processo no qual a eficácia se baseia na minha consistência,
no entanto, foi um indicador que vale a pena investigar um ponto em mim e
dar-me a oportunidade de "tirar o hábito". Comecei o dia a escrever -
primeiro sobre a camada mais superficial de pensamentos e, ao
"escavar" mais fundo, fui parar a uma série de realizações - a
escrita tornou-se fluente e o perdão próprio foi óbvio. Nesse momento
apercebi-me que o meu processo é incondicional ao lugar onde eu estou, àquilo
que eu faço ou com quem eu estou. O mais curioso é que ao escrever sobre os
pontos que me estavam a ocupar a mente esta manhã, outros pontos vieram ao de
cima, como se os tivesse desbloqueado e me permitido tomar responsabilidade
pela minha mudança.
A mudança de
atitude foi óbvia e apercebi-me do meu poder de criar/mudar a minha realidade.
Não vou referir aqui qual foi a ação específica porque trata-se de um padrão -
o padrão da zona de conforto. Aquilo que eu vejo ter sido essencial para ver a
solução foi o facto de ter desacelerado a mente e ter-me dado o benefício da
dúvida de agir de maneira diferente daquela que tenho agido até agora. Não
houve um desejo energético, mas foi antes o meu movimento físico (caminhar
passo a passo) a criar as condições para que a ação se realizasse, em vez de
pensar sobre o assunto!
Apercebo-me
que é neste estado de cientização que me
quero permitir estar e ser - ciente da mente, mas fora da mente. Um e igual com
o meu processo, um e igual com o mundo e pessoas à minha volta, um e igual com
o meu corpo e movimento físico, em plena direção própria.
Partilho
neste blog partes da minha escrita matinal que foram extremamente reveladores e
que serviram de plataforma para passar à ação física.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido acreditar na resistência que surge enquanto eu
escrevo, baseada na ideia de "isto não é relevante", quando afinal eu
estou a escrever para mim e só eu sei o que se passa na minha mente.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido evitar questionar-me sobre aquilo que eu penso,
sobre aquilo que eu digo, sobre a maneira como eu falo, sobre a minha
tonalidade, sobre o Porquê de reagir a certas coisas ou a certas pessoas.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido alimentar o papel de apreciar "os
outros" sem ver que sou eu quem está a alimentar estes papéis em total
interesse-próprio porque estou a usar a ideia que "tenho de agradar os
outros" como uma capa e justificação que me mantém presa ao ao medo de
mudar. Por trás do medo de mudar, vejo que está o medo de sair da zona de
conforto/defesa porque isso implica sair da personalidade de medo.
Apercebo-me
que a minha honestidade própria é ser honesta com os outros, e que a minha
desonestidade própria é ser desonesta com os outros. Nisto, eu apercebo-me que
tudo aquilo que se passa à minha volta é um indicador daquilo que eu Eu permito
e aceito ser cúmplice, quer sejam as relações, reações, frustações, sistemas da
sociedade, etc. e que a mudança da realidade à minha volta depende da mudança
da minha relação comigo e com as coisas à minha volta.
Quando e
assim que eu me vejo a entrar nas imagens e pensamentos de antecipação da minha
mente, eu páro e respiro.
Quando e
assim que eu me vejo a acreditar nas emoções que eu sinto, eu páro e respiro.
Eu apercebo-me que depende sempre de mim criar a minha estabilidade e para isso
Parar o programa automático da mente. Eu apercebo-me que em direção própria eu
sou muito mais do que a minha mente - eu apercebo-me de coisas que não eram
visíveis antes e que sou capaz de transcender a sensação de vitima e
impotência.
Quando e
assim que eu me vejo a ter resistência para aplicar aquilo que eu realizo, eu
páro e respiro. Eu apercebo-me que estou a sabotar a minha própria vida porque
a informação está aqui e eu estou a evitar aplicá-la na minha Vida! Não é este um padrão familiar no nosso mundo, em que
sabemos aquilo que tem de ser feito mas continuamos a brincar às personagens e
a viver papéis para encaixar na sociedade?