DIA 112: A teimosia é cega até ver em honestidade própria
A única
coisa que eu via era a minha realização pessoal de acordo com a imagem
associada à 'realização pessoal' - ou seja, se tal imagem de mim a finalizar
aquilo que eu estava a fazer não se recriasse, seria uma desilusão, tal e qual
uma aposta perdida. No entanto, o ponto de partida do "desejo de acabar o
que estava a fazer" consumiu-me de tal maneira que desleixei a minha
estabilidade física - era já de madrugada e o meu corpo estava cansado. A
explosão da mente deu-se quando o João esclareceu que aquilo que eu estava a
fazer não ia ter qualquer diferença - nem em mim nem nos outros e que fazer
coisas à pressa não funciona. Nesse momento, a energia acumulada foi lançada
como um escudo para me proteger deste estado de vítima. Mais cedo ou mais tarde
iria ter de enfrentar este ponto: uma manifestação do ego escondido no desejo
de ser reconhecida por agradar os outros independentemente da minha honestidade
própria. Neste caso, estava a considerar
a imagem do produto final como uma justificação para o cansaço físico REAL,
como se a dor valesse a pena quando a recompensa é grande - isto também tem o
nome de ganância cega!
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido descuidar o meu corpo e descanso físicos ao
seguir as exigências da mente que eu imponho para mim própria.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido alimentar a reação contra o João em vez de viver
a minha decisão de me ajudar a auto-corrigir, um e igual ao João
Eu perdoo-me
por não me ter aceite e permitido aplicar a respiração e estabilidade pessoal
no momento em que o padrão da reação se manifesta, o que é um indicador que eu
ainda não me estou a permitir viver/aplicar a minha auto-correção e
estabilidade incondicionalmente.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido participar na energia da sensação de ofensa
quando o João me disse que eu me estava a prejudicar por não dar descanso ao
meu corpo. Eu apercebo-me que esta repulsa em relação ao João é um indicador
"positivo" que estou a tocar num ponto/resistência que ainda não
estou plenamente ciente e por tanto tenho a oportunidade de, através do João,
trazer o ponto para mim e me dedicar à auto-correção.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdkmj50N1HslcDjUX2uiB__o4Y6y5a6L6fwWHVi1K-bgulpChHPD-EA5qGlYYxLupm-wgqL3a4RL1new_4_W1Gb0mVVbXXsBtQp2ZWM707KDDXKKYRphipCQafRU2fMEsl6fd4ahInwIM/s320/482_99281165391_4131_n.jpg)
Quando e
assim que eu me vejo a recusar ouvir o que o João me está a dizer , eu páro
esta resistência da mente e respiro. Eu permito-me ficar aqui, ciente do meu
processo e autocorreção, e ser eficaz em tomar responsabilidade por mim em
parar a resistência de ouvir o João e ver para além da cegueira da teimosia! Eu
realizo que estou perante um ponto que merece a minha atenção porque se trata
de mim e que tenho a oportunidade de auto-investigar para mudar no momento em
que vejo a reação a crescer em mim.
Quando e
assim que eu me vejo a participar na acumulação da reação, eu páro e respiro.
Em senso comum eu sei que as reações nunca trouxeram nada de benéfico para mim
nem para os outros. Por isso comprometo-me a dar espaço à comunicação estável e
a tomar o conselho dos outros como uma auto-ajuda daquilo que eu não me estou a
permitir ver. Eu apercebo-me que estamos juntos exactamente para nos
auto-ajudarmos nos nossos processos individuais - caminhamos lado a lado, na
direção do auto-aperfeiçoamento em unidade e igualdade. Da mesma maneira,
quando e assim que eu vejo que o João está a evitar ouvir-me, eu páro, respiro
e comunico o padrão que eu vejo de modo aplicarmos a correção a partir de
agora.
Quando e
assim que eu me vejo fixada numa imagem da mente de como as coisas têm de ser,
eu páro e respiro. Eu apercebo-me que esta auto-limitação não é benéfica porque
despreza o meu corpo físico e os passos envolvidos em toda a ação.
Eu
comprometo-me a tomar responsabilidade pelos passos das minhas ações para
garantir que estou a considerar o tempo real da minha ação e a não querer fazer
mais do que aquilo que eu consigo fazer neste momento.
Eu
comprometo-me a estar ciente da minha respiração quando os outros falam comigo
e assim não me permitir participar na personalidade de "sentir-me
ofendida" como se tivesse de provar que estou em controlo - na realidade,
a teimosia é uma forma de controlo e superioridade em relação aos outros.
Eu
comprometo-me a ultrapassar a resistência de ouvir o outro em total
estabilidade.
Eu
comprometo-me a parar o controlo da mente (imagens) sobre o meu corpo físico
(ação) e, através da minha presença, ver em senso comum a possibilidade de
concluir determinada ação. Dedico-me a
ser responsável pela minha presença e a garantir que o meu ponto de partida da
minha ação é a direção própria em vez dos estímulos externos (elogios,
reconhecimento). Eu apercebo-me que é
limitador e enganador acreditar nas imagens da mente. Dou-me então a
oportunidade de auto-corrigir a cada ação e assim garantir que a minha ação
está em concordância com a aplicação do mEU processo de auto-desenvolvimento e
auto-aperfeiçoamento.