Dia 2 - Saber relaxar / o padrão da "falta de tempo"
Apercebo-me
que estou em constante agitação, tanto nos meus movimentos como na velocidades
dos meus pensamentos e imagens da mente. Esta agitação mostra-me que ainda não
estou alinhada com a minha respiração - o tempo de inspirar e expirar - largar
o passado e começar a cada momento.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido distrair-me do meu respirar e acelerar os meus
movimentos ao ritmo confuso da mente.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido fechar-me "no meu mundo de preocupação"
ao pensar que não vou ter tempo de fazer
tudo o que é suposto eu fazer esta noite, em vez de me auto-ajudar a
estabilizar e a ser eficaz na minha acção/planeamento prático.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido habituar ao modo acelerado de andar, comer,
falar, expressar e escrever, em vez de ser completa na minha expressão e na
minha acção, sem o constante peso de que não tenho tempo suficiente.
Eu perdoo-me
por não me ter aceite e permitido ser disciplinada comigo própria em relação ao
tempo disponível e evitar planear fazer mais coisas do que aquilo que o tempo
real permite. Isto só mostra que a minha noção do tempo na mente é separada do
tempo real.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido projectar este stress nas pessoas à minha volta e
culpá-las por ocuparem o "meu" tempo. Eu apercebo-me que é da minha
responsabilidade gerir o tempo que tenho de acordo com as coisas que há a fazer
e direccionar a minha acção em clara comunicação com os outros.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido definir-me como quem ajuda todos e que nunca tem
tempo para as suas coisas.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido participar na ideia que deixo sempre as minhas
tarefas "para a última", o que mostra que eu estou a criar estas
situações para mim deliberadamente.
Eu perdoo-me
por me permitir e aceitar pôr o meu descanso corporal para "depois",
em vez de dar a mim própria o conforto e descanso que o meu corpo requer.
Eu perdoo-me
por não me ter aceite e permitido confiar que sou capaz de cumprir as minhas
tarefas durante o dia e cumprir esta decisão, em vez de me acomodar à ideia que
as irei fazer à noite.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido ficar stressada e nervosa ao reparar que já é
tarde e que ainda nem sequer comecei o que tenho de fazer. Não faz sentido
reagir com as horas - eu ajudo-me a mudar a noção do tempo e a organizar-me
durante o dia para evitar querer fazer tudo à noite.
Ao reparar
nos padrões de stress e preocupação em relação às horas, apercebo-me que tenho
de mudar a minha relação com o tempo - em vez de estar contra mim, o tempo é na
realidade um apoio para me auto-aperfeiçoar e me tornar mais eficaz.
Quando e
assim que eu me vejo deixar para depois o descanso do corpo, eu páro e respiro.
Apercebo-me que o corpo é a minha plataforma de estabilidade e que é da minha
responsabilidade garantir que dou estabilidade a mim própria todos os dias.
Quando e
assim que vejo participar em tensão corporal, eu páro e respiro. Ao respirar,
permito-me relaxar e sair da mente de preocupação/tensão/stress - todas estas
fricções energéticas são de facto distracções para a minha estabilidade e não
são expressões de Vida.
Quando e
assim que eu me vejo a participar em stress com base nas coisas que eu penso
que tenho de fazer, eu páro e respiro. Desta maneira, páro de sabotar a minha
aplicação e dedico-me a organizar o tempo da melhor maneira possível.
Quando e
assim que eu me apercebo estar a andar ou a agir aceleradamente, eu páro e
respiro. Recomeço a andar, desta vez ciente de cada passo e de cada movimento,
relaxo os membros e descontraio - páro de contrair a mente e dou espaço e tempo
à expressão corporal.