Dia 1 - Curiosidade / Medo de fazer perguntas / Medo de falhar
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido acreditar que eu tenho uma reputação a defender,
baseada na ideia de que eu tenho de saber tudo.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido limitar a minha compreensão ao evitar fazer
perguntas, baseada na ideia que é errado fazer perguntas na faculdade.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido fazer questões quando já sei a resposta, pois
simplesmente procuro confirmar o meu ego/ideia de mim própria.
Eu perdoo-me
por não me ter aceite e permitido colocar questões quando há alguma coisa que
eu não sei ou que eu não compreenda completamente.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido ter medo da reacção das pessoas quando lhes faço
uma/várias pergunta/s.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido julgar que aborreço as pessoas com as minhas
perguntas.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido auto-limitar-me com estas ideias que eu criei de
mim própria.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido mentir quando digo que percebi uma coisas, quando
na realidade apenas quero que a outra pessoa pense que eu sou inteligente.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido preferir perguntar questões a pessoas que se
mostram calmas, baseada no medo da reacção de pessoas que sejam mais activas.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido evitar fazer perguntas baseado no medo que as
pessoas me digam para me calar.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido desejar
que outra pessoa saiba mais do que eu para que eu possa ter alguém para pedir
ajuda e clarificação.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido limitar a minha curiosidade/interesse por coisas
novas, ao encontrar resistência em passar pela "fase do não saber" as
matérias novas, em vez de perceber que tudo isso faz parte do meu processo de
auto-conhecimento e de expansão. Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido
resistir a coisas novas/nova informação, pela necessidade de conforto sobre o
conhecido e o medo do desconhecido - que é de facto prova de falta de
auto-confiança e de evitar enfrentar este ponto.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido associar fazer perguntas a falta de compreensão e
a inferioridade, comparando-me com os meus colegas.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido pensar/julgar que as pessoas estão contra mim
quando eu faço uma pergunta, partindo do princípio que é errado colocar
questões.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido acreditar na resistência de fazer perguntas
relacionadas com a religião, baseada na ideia que todos sabem e portanto eu
também deveria saber.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido auto-limitar a minha curiosidade em perceber como
as coisas realmente funcionam neste mundo em termos económicos, políticos,
psicológicos, sociais. Apercebo-me que tal resistência é de facto uma total
aceitação do mundo como ele está (como se as coisas estivessem bem) e evitar
tomar responsabilidade baseada na desculpa/justificação de "não
saber".
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido acreditar na "santa inocência" que se
traduz em ignorância socialmente aceite - ou seja, é ignorar aquilo que tem de
ser redefinido/recriado para o bem de todos.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido definir-me como "sem poder" de mudar as
coisas e por isso permitir entrar num ciclo de "esperança nos outros/no mundo e de decepção" - sem
de facto perceber que a única coisa que eu posso mudar é a mim própria - e que
isso depende totalmente de mim.
Ao mudar-me
a mim própria, o mundo através dos meus olhos irá consequentemente mudar. Isto
é sendo comum: ao mudar o meu ponto de partida, também as minhas decisões terão
uma nova direcção; e ao mudar a relação que tenho comigo própria, as relações
com os outros irão mudar, partindo do princípio que a única mudança válida é
aquele que é o melhor para todos.
Quando e
assim que eu me vejo julgar as minhas próprias questões/intervenção como
irrelevantes, eu páro e respiro. Assim realizo que eu estou de facto a
participar no sentido de inferioridade e comparação em relação aos outros e que
tal comportamento requer auto-confiança
e estabilidade própria.
Quando e
assim que eu me vejo participar na resistência de fazer perguntas baseada no
medo que as pessoas reajam zangadas, eu páro e respiro. Eu realizo que qualquer
reacção que a outra pessoa possa ter, é uma projecção e que não tem a ver
directamente comigo. Assim, eu permito-me estar estável e aberta para comunicar com a outra pessoa e
a ouvir a resposta.
Quando e
assim que eu associo fazer perguntas com falta de compreensão/inferioridade, eu
páro e respiro. Eu realizo que ao fazer perguntas estou de facto a apoiar-me
incondicionalmente no meu processo individual - eu sou responsável por garantir
que estou ciente do que passa a minha volta e no mundo. Assim, páro o
julgamento próprio/medo do julgamento dos outros e permito expandir-me sem
deixar nada "para depois" - apercebo-me também que se as pessoas
soubessem tudo o que têm de saber, então este mundo seria um lugar bem melhor.
Quando e
assim que eu me vejo participar na reputação que acredito ter de defender, eu
páro e respiro. Assim, eu realizo que esta é uma ideia/personalidade que eu
tenho criado ao longo do tempo sobre mim própria mas que não é real, pois é
baseada em interesse próprio, comparação, auto-julgamento, justificação e ego -
esta personalidade não é quem eu sou enquanto Vida. Apesar que esta ideia/reputação tem sido
apoiada pela sociedade, eu tomo agora responsabilidade eu não existir enquanto
uma ideia/personalidade que só me limita.
Quando e
assim que eu me vejo participar em medo de ser julgada como sendo
inferior/falhada, eu páro e respiro. Assim permito-me olhar para o momento
presente em honestidade própria e dar a mim própria a estabilidade que eu sou
enquanto Vida. Tomo direcção própria nas perguntas que faço, na minha
participação neste mundo e em garantido que aquilo que eu faço é o melhor para
mim e para todos.
Quando e
assim que eu julgo as outras pessoas como estando contra mim/meus oponentes, eu
páro e respiro. Eu realizo que esta é uma ideia minha projectada nos outros e
que de facto sou eu a limitar-me a mim própria.
Quando e
assim que eu me vejo participar no medo do desconhecido ao deparar-me com nova
informação, eu páro e respiro. Assim, eu realizo que o conforto do conhecido é
baseado em desonestidade própria, medo e falta de confiança na assimilação da
informação - e, consequentemente, no medo de falhar. Permito-me então dar a mim
própria a oportunidade de enfrentar quem eu me defino ser e de me expandir
incondicionalmente para uma melhor versão de quem eu sou e da minha
participação aqui.