DIA 136: Religião do Ego VS Respiração
Esta
religião que eu criei para mim própria é mais forte do que eu alguma vez
realizei e está em todo o lado: na maneira como eu penso, como eu vejo o mundo,
como eu imagino o futuro e como eu ignoro a minha própria respiração, o meu
próprio corpo e o meu próprio processo. Hoje apercebi-me da minha falta de
aplicação no processo de auto-correção, mais uma vez por confiar nesta religião
da mente e acreditar que o perdão próprio é qualquer coisa de milagroso!
Obviamente que não - o perdão -próprio é uma maneira de abrir o ponto em mim
própria e realizar as minhas desonestidades próprias, no entanto se não houver
uma clara direção para realmente parar de participar no padrão, acabo por
continuar a viver na ilusão da mente e na ideia que vou mudar com o perdão
próprio sem realmente mudar por mim.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido acreditar que estou a mudar por escrever o perdão
próprio, em vez de realmente aplicar o perdão próprio, ou seja, mudar a minha
ação e o meu ponto de partida com base nas realizações e nos compromissos
práticos de PARAR, RESPIRAR e mudar quem eu sou Aqui e como eu existo em mim Aqui.
Quando e
assim que eu me apercebo que estou focada na mente e desligada do corpo, eu
páro aquilo que estou a fazer e respiro. Eu permito-me tomar uma direção a
partir desta realização, ciente que eu só estou aqui porque o meu corpo está
aqui, por isso eu sou o meu corpo e em senso comum sou responsável por
estabelecer uma relação de auto-ajuda, respeito e estabilidade.
Quando e
assim que eu me vejo a ignorar a minha presença por exemplo ao ver que não
tenho estado ciente da minha respiração,
eu páro e respiro. Eu dou a mim própria esta oportunidade de parar o
rodopio da mente e andar cada momento a cada respiração.
Eu
comprometo-me a parar de confiar na mente e a começar a existir na respiração e
nesta realidade física, um e igual com o mundo à minha volta.
Eu
comprometo-me a parar este "mundo" paralelo da mente de ideias e
crenças que eu criei sobre o que eu tenho de fazer e sobre aquilo que é
aceitável de dizer ou escrever.
Eu
comprometo-me a andar este processo em total aplicação prática, ao parar os
julgamentos da mente e focar-me a avançar na minha auto-investigação,
auto-realizações e na criação de soluções para mim própria.
Para
começar, eu comprometo-me a parar a pressa em mim e, para isso, eu
comprometo-me a não ir mais rápido do que a minha própria respiração...