DIA 139: Uma força invisível que nos puxa para trás?
Será que é isto que não vemos nas crianças? As
crianças expressam-se incondicionalmente. Riem quando riem, choram quando
choram, mas não vão propositadamente estragar aquele momento de diversão.
Um momento
de estabilidade que rapidamente é invadido por esta força invisível como um
peso que se abate sobre nós. Com o passar do tempo, apercebo-me que me habituei
a interromper a minha expressividade - algo de
errado vai acontecer... não vale a pena... Já sei o que vai acontecer... Isto
acontece sempre comigo... Dou por mim a criar uma vida contra mim
própria - não será isto um indicador que não estou realmente a viver aqui
ainda?
É a mente.
Aquilo que tem acontecido com o passar dos anos é a aceitação da mente como o
deus dos seres que tudo controla e limita. E é exactamente isso que acontece:
eu própria me tenho permitido e aceite auto-limitar a minha expressão e
controlar a minha existência; eu própria crio este peso sobre os meus próprios
ombros; eu própria criei esta zona de conforto como se vivesse em sacrifício
constante, sem ver que esta é uma desculpa da mente para eu manter esta prisão
física; eu criei para mim própria a ideia que não posso expandir para além
desta proteção da mente que tem o nome de medo; e não será este o padrão
ensinado nos primeiros aninhos da catequese sobre a árvore do fruto proibido?
Será que nunca vimos que é a árvore que nos dá oxigénio para respirarmos e
existirmos primeiramente? Porque é que só vemos aquilo que nos dizem para
vermos, sem nos educarem a vermos o senso comum e a expandir a partir dAqui,
como novos? Estamos tão bem programados para passarmos ao lado da vida...
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido condicionar o meu presente ao dar azo aos
pensamentos que são uma manipulação de imagens do passado e memórias.
Eu perdoo-me
por não me ter aceite e permitido parar de me auto-controlar pela mente de
pensamentos e memórias para ver o cúmulo que estou a criar para mim própria.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido punir-me pelo que eu faço pelo que eu não faço,
como se nada do que eu fizesse fosse perfeito, sem nunca me ter apercebido que
esta ideia de perfeição é uma manipulação da mente de forma a desprezar aquilo
que está aqui neste mundo físico e de forma a sabotar qualquer tentativa de
criar algo fora dos padrões da minha mente.
Eu perdoo-me
por não me ter aceite e permitido sair do conforto da mente de medo, para estar
aqui no corpo físico e começar a confiar em mim, na minha decisão de estar
Aqui, um e igual com os outros e com aquilo que eu estou a fazer.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido subestimar a minha capacidade e vontade de parar
a mente e mudar quem eu tenho sido até agora (a mente baseada em memórias,
ideias sobre mim própria, ideias sobre os outros e ideias de como as coisas vão
ser.)
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido pensar e aceitar que o meu futuro/a minha
existência na Terra iria ser parada ou limitada por um acidente ou por alguém,
sem me ter apercebido que eu tenho sido a única responsável pela minha
estagnação e limitação no meu processo de renascer como Vida.
Eu perdoo-me
por não me ter aceite e permitido ver e realizar que é a mim e só a mim que eu
estou a fazer mal ao prender-me neste ponto e na supressão da mente.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido antecipar a ideia do que é viver e acreditar que
a vida é só isto (a mente) sem sequer me dar a oportunidade de viver cada
momento incondicionalmente.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido desejar controlar o futuro com base nas supostas
aprendizagens do passado, sendo que em honestidade própria nunca houve um
presente perfeito.
Eu
comprometo-me a tomar responsabilidade por parar de participar na mente, que é
como um vício que eu criei em mim.
Quando e
assim que eu me vejo a prender-me na mente, eu páro e respiro. Eu apercebo-me
que só eu me estou a prender a mim própria; eu apercebo-me que fui eu que criei
estes pensamentos para mim própria e tenho sido eu a permitir controlar a minha
expressão.
Quando e
assim que eu me vejo a justificar o meu medo do futuro com qualquer ideia que
só existe na minha mente, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que qualquer
justificação da mente para a limitação da minha expressão será sempre uma
sabotagem contra mim própria. Por isso eu comprometo-me a parar de participar
nas justificações da mente e vivo a decisão de parar a influencia da minha
mente (e da mente dos outros) em mim.
Quando e
assim que eu me vejo a pensar que não me posso expressar incondicionalmente, eu
páro e respiro.
Eu
apercebo-me que a sensação de ter algo a bloquear-me tornou-se um hábito porque
repeti e aceitei esta limitação desde sempre.
Quando e
assim que eu vejo esta limitação e justificação a sabotar o momento de
potencial expressão, eu páro e respiro.
Eu
comprometo-me a praticar a minha própria libertação ao parar a mente e ao
respirar.
Quando e
assim que eu me vejo a pensar que algo vai correr mal quando as coisas em mim
estão estáveis, eu páro e respiro.
Eu
apercebo-me que esta estabilidade da mente não é real e que não haverá
estabilidade enquanto eu continuar a participar na mente. Por isso, eu
dedico-me a andar este processo passo a passo, respiração em respiração, a
dar-me direção constante e a recriar a relação que tenho comigo própria e a
criar uma estabilidade incondicional.
Eu
apercebo-me que esta ideia que eu criei sobre a Vida é uma ideia (a minha
religião), na qual as coisas nunca acabam bem porque a mente é baseada em medo
e na perda.
Quando e
assim que eu me vejo a assombrar o meu presente como se me relembrasse que não
me posso expressar à vontade, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que esta
censura da mente só existe porque eu permiti criá-la e alimentá-la ao longo do
tempo.
Quando e
assim que eu vejo o medo de me expressar a surgir em mim na minha mente, eu
páro, eu respiro e permito-me ficar no presente. Eu responsabilizo-me por parar
a minha participação na mente e parar o hábito de seguir a mente.