DIA 214: Chorar é um automatismo da mente
Foi fascinante
ver a emoção que surgiu nas primeiras vezes em que eu falei do quisto e como começava a chorar automaticamente. Passado alguns dias, consigo ver que se
trata de uma energia da mente e que deve-se ao valor e à imagem que eu associo
a uma situação como esta, em que a minha mente me mostra o pior cenário
possível e eu acredito na mente como sendo real.
Apercebo-me também da "sorte" que tenho de estar a passar por esta experiência com o suporte do grupo do Desteni e do perdão-próprio, cuja escrita e cursos já desenvolvo há quase quatro anos, e com a qual que eu crio a minha estabilidade em plena auto-confiança para lidar com a mente de preocupações, Mais do que nunca apercebo-me e sinto na pele as consequências de alimentar a energia da mente e, assim, desprezar e desrespeitar o meu corpo.
Eu perdoo-me por
me ter aceite e permitido participar no sistema da mente da emoção de cada vez
que falo sobre a experiência de ter um quisto no peito.
Eu perdoo-me por
me ter aceite e permitido emocionar-me com base numa associação da mente que
não é real porque as imagens/imaginação da mente não são reais.
Eu perdoo-me por
me ter aceite e permitido saltar para a mente da imaginação e assim desprezar
por completo a minha respiração/presença aqui que é de facto aquilo que eu
realmente sou e aquilo que me apoia a qualquer momento.
Eu perdoo-me por
não me ter aceite e permitido parar a energia da emoção porque penso ser comum
chorar-se nestas situação e expressar-se o medo (que é o medo da morte), sem
ver que com isso eu me estou a separar de mim e estou a alimentar a paranóia da
mente que não é real.
Eu perdoo-me por
não me ter aceite e permitido olhar para o quisto como sendo aquilo que é, sem
mais nem menos, sem imaginações nem projecções de um futuro baseado nas
experiências das outras pessoas. Eu apercebo-me que não tenho de recriar o
passado/vida dos outros em mim!!
Quando e assim
que eu me vejo a participar na emoção/energia da mente quando falo da minha
experiência do quisto e da biopsia, eu páro e respiro. Eu re-educo-me para
recriar a minha estabilidade em qualquer situação e a não permitir que
informação/imagens da mente tomem conta de mim!
Quando e assim
que eu me vejo a associar a frase “quisto no peito” com a ideia de mim como uma
vítima de cancro, eu paro a mente de associações e respiro. Eu comprometo-me a
parar os PENSAMENTOS da minha mente, cuja direção é contra a vida que Eu sou, e
dedico-me a recriar a minha relação com as palavras, sem a polaridade negativa
ou positiva. Eu apercebo-me que quanto mais cedo eu parar este hábito
de pensar e criar cenários de futuro na mente, mais eficaz eu serei no meu
dia-a-dia, em que me foco naquilo que está aqui e garanto confiar em mim própria
para resolver qualquer assunto/situação que surja na minha realidade.
Quando e assim
que eu me vejo a entrar em pânico mental quando imagino alguém a dizer-me que
tem más notícias dos meus resultados, eu paro e respiro. Eu estou ciente que
este pensamento foi uma criação minha mas que não me ajuda a estar estável e, portanto, eu
posso/devo/responsabilizar-me por parar os pensamentos/sistema de medo de modo
a recriar uma relação de estabilidade na minha comunicação comigo e com os
outros. Eu comprometo-me a estar estável a lidar com a minha realidade que é um espelho daquilo que eu permito em/para mim.
Em vez de
continuar a participar na mente que não é o melhor para mim, eu dedico-me a
parar os pensamentos e imagens da mente de modo a não permitir os
pensamentos/emoções automáticas intervir na minha realidade. Foco-me então nas
palavras que eu comunico e ajudo-me através da minha presença física aqui e
respiração, a ser/viver estável como as palavras.