DIA 207: Ser-se o nosso próprio Desmancha Prazeres...
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Quantos
de nós não diz ao seu parceiro que iremos fazer sexo à noite e quando a noite
chega o cansaço instala-se primeiro e lá se foi o momento de intimidade?
E será
que também tiveste aquela experiência de pensar que está tudo "sobre
rodas" e nesse momento algo descarrila?
Tomando
o primeiro exemplo, esta manhã acordei, olhei para o despertador e fiquei
admirada por tê-lo posto para tão cedo! E pensei: vou ter imenso tempo para
mim! No espaço de segundos, a minha mente criou um plano alternativo "às
escondidas" e, em completo interesse-próprio, fiquei na cama mais tempo
até chegar ao limite - como se só me movesse sob a ameaça/imaginação de chegar
atrasada ou sob o stress que crio com esta projeção.
Porque é
que eu não me levantei assim que vi as horas esta manhã? Porque é que eu não
confiei na minha decisão tomada na noite anterior? Porque é que eu não me
permito ser a minha própria motivação e direção? Que conforto é que eu associo
à cama que não me estou a dar a mim própria quando estou fora da cama?
Quando
anteriormente escrevi que tinha criado um plano na mente em completo
interesse-próprio refiro-me ao facto de esperar pelo stress da sobrevivência
parame impulsionar, e como se quisesse usar uma desculpa ou culpar a
"falta de tempo" ou "o tempo pasas muto rápido" e depois
esperar que tudo e todos sejam mais rápidos. Surge então a falta de paciência
com as outras pessoas, o mau humor e a imperfeição por fazer as coisas à
pressa.
Desta
vez, não vou permitir que este padrão me passe ao lado porque eu sei que é a
mim que me estou a prejudicar.
Eu
perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar e pensar que eu tenho o
padrão da falta de pontualidade porque fui habituada a chegar tarde aos sitios,
sem ver que eu estou a justificar o padrão como se fosse normal copiar os
padrões que eu vi durante a minha infância.
Eu
perdoo-me por me ter aceite e permitido desprezar este padrão e acreditar que o
objectivo final é ser pontual, quando afinal ser-se pontual é o resultado de
uma série de passos que eu tenho de dar para garantir que cumpro as horas.
Eu
perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver que a pontualidade é o
resultado da minha performance num dado intervalo de tempo e com base naquilo
que é acordado com a outra pessoa. Por isso, eu perdoo-me por não me ter aceite
e permitido acordar comigo própria ACORDAR de manhã com o primeiro toque do
despertador.
Eu
perdoo-me por não me ter aceite e permitido levar a sério os meus próprio
acordos e planos e por isso julgar-me como "secundária" porque
acredito que "no futuro" irei ser pontual, em vez de considerar que o
meu processo de mudança é primário/principal neste/a cada momento de cada
respiração.
Eu vejo
que este padrão é automatizado e que implica uma mudança regular e disciplinada
de hábitos.
Por
isso, quando e assim que eu me vejo a culpar a minha experiência do passado com
base na ideia que "posso ficar mais um bocadinho na cama", eu páro e
respiro. Eu apercebo-me que esta memória de conforto não é real e que é uma
manipulação que eu estou a fazer comigo própria, porque "esses minutos a
mais na cama" ("desconto") vão apenas ter consequências que eu
terei de enfrentar.
Quando e
assim que eu me vejo a ter medo de escrever sobre o ponto da pontualidade, eu
páro e respiro. Eu apercebo-me que este resistência da mente para escrever é
realmente o medo de ser responsável pela minha mudança e perceber que não posso
ignorar este ponto de procrastinação matinal.
Eu
comprometo-me a escrever na noite anterior o perdão-próprio caso eu vejo que
estou a criar planos paralelos da mente sobre a possibilidade de ficar
"mais um bocadinho na cama" de manhã.
Quando e
assim que eu me vejo a rejeitar o telemovel de manhã como se rejeitásse a minha
decisão na noite anterior, eu páro a mente e respiro. Ao estar ciente de mim,
eu permito-me tomar a decisão de VIVER a decisão tomada. Eu apercebo-me que
decidir acordar cedo implica estar ciente do meu corpo físico e realmente
movimentar-me para me levantar.
Quando e
assim que eu me vejo a ter resistências com pensamentos que "se calhar a
reunião é cancelada", ou "só mais 5 min", ou "ontem
deitei-me muito tarde", eu páro o pensamento e respiro. Eu realizo que
estes pensamentos não são reais mas que são ideias para justificar a mente
preguiçosa e desmanchar o meu prazer de acordar cedo e ter tempo para mim de
manhã, tomar o pequeno almoço com calma, escrever um bocadinho e ir com calma
para um dia longo de trabalho, sem criar a consequência de frustração pessoal,
impaciência ou stress comigo nem com o mundo à minha volta.
Finalmente,
quando e assim que eu me vejo a ter o pensamento que "já ontem cheguei
tarde, mais um dia não vai ter problema" ou a aceitar a procrastinação
comoo sendo a norma, eu páro e respiro. Começo então a ver estes
"desleixos" como um indicador de como eu estou a desleixar-me do meu
compromisso comigo própria de me recriar como ser humano, como Vida, como corpo
físico. Ao ver este indicador, eu posso então auto-investigar a origem do
desleixo e tomar a decisão de parar a polaridade de imaginar/planear uma coisa
e depois fazer o contrário. Eu realizo que depende de mim praticar a minha
confiança e recriar uma rotina que seja estável para eu dar atenção aos padrões
da mente e dar-me tempo/a oportunidade para me corrigir.