DIA 174: Como Lidar com a Previsibilidade da Mente
Hoje comecei o dia com uma enorme resistência e falta de paciência para
fazer as minhas tarefas diárias no escritório. Foi como se toda a motivação de
fazer aquilo que eu devia estar a fazer tivesse evaporado e me tivesse
esquecido do que é que eu estava ali a fazer. É nestes momentos que me apercebo
da vantagem de estar ciente destas alterações da mente e vejo o caos que
potencialmente era capaz de criar caso seguisse esta "falta de
energia" da mente, a quantidade de reações que eu evitei ao simplesmente
parar, respirar e mudar de atitude. Demorou algumas horas até me restabelecer.
Já não me sentia assim há algum tempo, o que significa que este é um padrão que
voltou a bater à porta e que tenho a oportunidade de lidar comigo e recriar-me.
Antes de seguir para o perdão próprio, vou expandir sobre a
previsibilidade da mente:
- Porque é que quando eu tomo a decisão em mim de fazer algo por mim (por exemplo dedicar-me ao máximo no meu emprego), começo deliberadamente a sabotar a minha decisão e a duvidar de mim?
- Porque é que quando planeio coisas para mim e chega a altura de as fazer, tenho a resistência de realmente fazê-las e acabo por criar desculpas para fazer outra coisa?
- Porque é que quando vejo que estou sem paciência e que estou a reagir não vejo imediatamente que esta personalidade não sou eu e deliberadamente tomo a decisão de me estabilizar?
O padrão estava mesmo ali, aqui em mim, e eu comecei a procurar
justificações para a minha falta de paciência (o período, falta de descanso, má
alimentação, problemas na relação) em vez de ver que eu sou o ponto comum em
todas essas situações. Logo, se eu resolver o que se passa comigo, vou resolver
tudo aquilo em que eu estou envolvida.
Passadas algumas horas foi como se nada daquela confusão matinal
estivesse acontecido - como se diz "estava pronta para outra"! E este
padrão de desistência e de dúvida e de falta de confiança vai realmente voltar
- esta parte da mente é prevísivel. Aquilo que eu posso decidir aqui é garantir
que também a minha iniciativa e tomada de direção para parar a mente seja
também previsível. Ou seja, que eu recrio em mim esta confiança incondicional e
garanto que quando surgem os padrões da mente, eu sou a solução para mim própria a cada momento
e crio esta estabilidade em mim deliberadamente, em qualquer situação.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido deixar-me dominar pela mente
de imaginação e de assumpções sobre situações futuras.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido deixar-me dominar pela
desconfiança dos outros (que é uma desconfiança de mim própria).
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido parar a mente e
realmente parar de participar nos pensamentos da mente, um a um.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que eu TENHO de
acreditar nos pensamentos da minha mente.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido levar os pensamentos a peito
como se fossem ofensas pessoais, quando afinal eu própria estou a criar essas
ofensas para mim própria.
Eu perdoo-me por me permitir e aceitar acreditar nos pensamentos da
mente como uma religião em vez de questionar De onde é que este pensamento vem,
Porquê agora, Desde quando é que eu penso isto.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido ser influenciada pela minha
mente e desistir de mim como Vida, em vez de me permitir ver a mente e dar
direção para não seguir a mente.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido pensar que a minha
estabilidade é um part-time quando afinal o meu corpo está sempre a funcionar
para mim e por mim.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido estar um e igual com a
estabilidade do meu corpo e permitir-me Ser de dentro (estabilidade corporal
física) para fora (estabilidade da minha ação na minha direção e
vontade próprias).
Eu apercebo-me que a cada momento em que tenho uma invasão da mente é
uma oportunidade para praticar a minha estabilidade e realmente PUXAR por mim,
para permanecer aqui e sair da mente. Ao sair da mente, eu permito-me ver o
pensamento, ver as ideias, ver a imaginação e trabalhar nisso ao escrever, ao
perdoar-me sobre cada um destes pontos e reescrever a minha história sobre quem
eu Sou aqui.
Quando e assim que eu me vejo a permitir entrar no padrão de
passividade da mente e de desleixo físico, eu páro e respiro. Eu sou o meu
corpo físico, eu sou cada respiração, eu sou cada movimento meu, eu sou esta
oportunidade de me mudar como tenho existido em mim até agora. Apercebo-me que
esta instabilidade e falta de confiança não são o melhor de mim e que tenho existido como pensamentos que não
são de todo o ponto de partida para uma criação honesta com a Vida.
Eu comprometo-me a estar ciente deste "timeloop" da mente de cada vez que eu começo a desprezar e a desvalorizar aquilo que eu estou a fazer; Eu comprometo-me a parar imediata-mente a desvalorização da mente sobre a minha vida; a partir da realização de que "Isto é a mente, isto é aquilo que eu vejo que tenho permitido fazer e existir em mim", eu apercebo-me que agora é a altura de me aplicar a mudar imediatamente e deliberadamente nesse momento. Ou seja, quando e assim que eu me vejo a ter falta de paciência para aquilo que eu estou a fazer, em vez de desejar ter energia ou motivação, eu RESPIRO fundo, estabilizo-me no meu corpo e realizo que sou a ação que eu me permito fazer. Eu dedico-me então a fazer aquilo que tenho resistência para fazer tal como começar um projecto que eu julgo como complicado; eu dedico-me a escrever sobre aquilo que tenho resistência; eu dedico-me a falar ciente de cada palavras, sem me permitir esconder de mim própria.
Eu comprometo-me a estar ciente deste "timeloop" da mente de cada vez que eu começo a desprezar e a desvalorizar aquilo que eu estou a fazer; Eu comprometo-me a parar imediata-mente a desvalorização da mente sobre a minha vida; a partir da realização de que "Isto é a mente, isto é aquilo que eu vejo que tenho permitido fazer e existir em mim", eu apercebo-me que agora é a altura de me aplicar a mudar imediatamente e deliberadamente nesse momento. Ou seja, quando e assim que eu me vejo a ter falta de paciência para aquilo que eu estou a fazer, em vez de desejar ter energia ou motivação, eu RESPIRO fundo, estabilizo-me no meu corpo e realizo que sou a ação que eu me permito fazer. Eu dedico-me então a fazer aquilo que tenho resistência para fazer tal como começar um projecto que eu julgo como complicado; eu dedico-me a escrever sobre aquilo que tenho resistência; eu dedico-me a falar ciente de cada palavras, sem me permitir esconder de mim própria.
Quando e assim que eu me vejo a querer distrair-me com os outros à
minha volta porque aparentemente os problemas deles parecem mais fáceis de
resolver do que os meus, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que só sou capaz de
resolver os meus problemas porque fui eu que os criei. Logo, eu comprometo-me a
tomar responsabilidade por resolver cada um dos padrões da minha mente sem medo
de mim própria! Eu dedico-me a abrir comigo própria, a escrever sobre aquilo
que até agora tenho tido vergonha de ser e fazer, dedico-me a ser a minha
melhor amiga e realmente me ajudar a parar de participar nos vícios da mente.
Apercebo-me que parar a mente, compreender a mente e corrigir-me na minha
mudança física é um trabalho a tempo inteiro tal e qual a respiração e todo o funcionamento
do meu corpo. Assim, eu dedico-me a estar um e igual com a estabilidade do meu
corpo e a aplicar-me de forma consistente no meu processo de me recriar como
Vida a tempo inteiro!
Artwork by Andrew Gable -http://anartistsjourneytolife.wordpress.com/