DIA 173: Quando é que passámos a fazer as coisas por obrigação?
Desde quando
é que desistimos de correr por gosto? Quando é que passámos a fazer as coisas
por obrigação e porquê? Porque é que aceitamos que as coisas que fazemos são
por obrigação? Não será isto falta de amor-próprio?
Uma sugestão
para amanhã: sugiro que se páre de julgar aquilo que se faz como sendo uma
obrigação - por exemplo: levanta-te, respira, e pára os julgamentos sobre
acordar cedo para se ir trabalhar. Estás de pé, estás bem e tens emprego. Para
quem não tem emprego, levanta-te à mesma! Ou será que te levantas por obrigação
de um patrão?
Depois nos
transportes públicos pára o julgamento contra as outras pessoas: elas estão
aqui, tu está aqui e estão todos na mesma situação. Quando um julgamento ou
crítica ou comparação surgir sobre a outra pessoa, pára e respira. A ideia
deste jogo é parar os maus hábitos da mente por isso puxa por ti para não te
permitires participar na mente. Quando durante o dia de trabalho surgir um
pensamento de má vontade, pára, respira e pergunta-se a ti próprio porque é que
está a fazer isto, como é que o fazes e por quem: será que estás a fazê-lo pelo
dinheiro*, ou porque acreditas que não sabes fazer mais nada, ou porque os teus
pais de obrigaram a ir para a universidade, etc. Vai respirando. Se for
preciso, escreve num papel todas essas ideias que te correm na mente e vê as
palavras que te tens permitido ser - de onde é que estes julgamentos surgiram?
Porque é que ainda culpas os outros por aquilo que andas a fazer ou a estudar?
Ao trazeres estes pensamentos para ti próprio que reações surgem em ti? Fúria? Raiva?
Tristeza? Desilusão própria? E que tal dar-se uma gargalhada nesse momento, ou
talvez chorar por todas estas ideias, limitações, desejos e julgamentos que só
nós impusemos a nós próprios. E já que vemos a confusão que andámos a criar
para nós próprios, porque não perdoarmo-nos por todas estas limitações e
imposições que só nós aceitámos e permitimos na nossa vida? Perdoamo-nos pela
guerra interior que criámos em nós próprios - e sem estas ideias de sacrifício
e obrigação, vê realmente como te podes expandir no teu dia-a-dia, no teu
emprego, nos teus estudos, nas tuas relações: será que a oportunidade de te
dedicares por gosto não estava mesmo à tua frente? E se não estiver, o que te
impede de passar a ter gosto naquilo que fazes? O que te impede de tomar a
iniciativa de fazer melhor aquilo que já fazes?
O que te impede de aprender novas maneiras de fazer as coisas e assim
adquirires boas práticas?
Pára,
respira, perdoa-te... E abraça-te. A mente funciona como um espelho que nos mostra
as nossas desonestidades próprias que temos para corrigir. Requer MUITA prática
mudar os maus hábitos da mente e, já que estamos aqui, vale a pena começar a
Viver.
* Aproveito para partilhar o site do Sistemade Igualdade Monetária que é uma solução em estudo para a criação de um sistema
que põe a Vida em primeiro lugar. Mas até lá, a solução é mudarmo-nos a nós
próprios, criar soluções para nós próprios e depois sermos capazes de
finalmente criar soluções para o mundo.