Dia 170: Está tudo invertido - é tempo de abrandar
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSpNTsrybB3a94B5GSkDYvyt3olHTM48hJyocnRl4SfiX_xv-2MhG7Fn4OstwHT7YPt4NZpC6BiRL1n1fjHPYajHOKdmYUkTO3OrBkUKByOtUd8RzhqdkfwgVptrgaMnDI_msgZaWIoxo/s640/415697_10152119762100392_752524162_o.jpg)
Reparo que a
reação é cada vez mais forte mas a minha vontade e dedicação de lidar com a
mente também. É tempo de abrandar a mente e ver aquilo que tenho ignorado - os
diálogos mentais, as imagens, a imaginação, as projecções, os pensamentos e as
projecções. Ultimamente tenho escrito mais regularmente o que me tem ambém
ajudado a abrandar porque as minhas mãos não escrevem à velocidade da mente -
eu escrevo tão rápido quanto o meu corpo permite e é através/como o meu corpo
que eu existe em estabilidade própria.
É tempo de
abrandar o desejo de estar noutro lugar - associo este padrão à minha vontade
de ir para sítios novos que eu penso serem melhores, embora um ponto chave é a
realização que, para onde quer que eu vá, levo-me sempre comigo. Por isso neste
momento eu vou focar-me em estar bem comigo própria e a realmente ajudar-me a
criar as condições para me aplicar na minha escrita, na minha direção, na minha
expansão no processo, no trabalho, nas causas sociais, na informação alternativa e focar-me em mim. Ao abrandar a mente é então possível ver a
origem dos julgamentos, a origem dos medos, a origem dos vícios, a origem das
projeções; ao abrandar a mente é possível ver-se as soluções práticas para mim
e para o mundo à minha volta e, curiosamente, estas soluções estão sempre aqui
à espera de serem vividas. Ao abrandar, eu dou-me a possibilidade de me
auto-corrigir e de não me permitir cair nas armadilhas da mente.
AbranDar não é passividade. É Dar-se tempo a si mesmo para Viver aqui.
Lembrei-me
agora do dito "devagar se vai ao longe" e até agora nunca me havia
questionado para onde é que eu quero ir? Com quem é que eu estou a competir?
Para quê? Um coração com batimentos estáveis permite um caminhar mais
consistente, enquanto que uma vida com constantes reações é um contante
pára-arranca sem direção.
Apercebo-me
agora que o tempo do processo é irrelevante - e que o tempo da minha aplicação
não corresponde ao tempo da mente em que me imagino a mudar!-- simplesmente não funciona querer enganar-me a
mim própria.
Por isso, a
frustração de querer ir mais rápido ou de me aperceber das coisas mais
rapidamente do que aquilo que estou a fazer não é real nem válido. Vejo então
que a minha aplicação no processo em Ser/Viver a mudança física é o meu
indicador do meu progresso a aplicar as minhas realizações no meu dia-a-dia. E
é nesta aplicação no meu processo que eu posso analisar como é que eu estou a
participar num "ciclo da mente" ou se estou de facto a mudar a minha
atitude/comportamento perante um padrão mental.
Quanto à
competição, em igualdade e unidade, cada um de nós está ocupado com a sua
própria mente e a lidar com os seus problemas, por isso a prioridade passa a
ser em garantir que cada um se ajude o viver as soluções para si próprio, passo
a passo, um ponto de cada vez, sempre a dar o nosso melhor para realmente
mudarmos na nossa relação connosco, logo, com os outros. O ponto de partida é
agora trazer os pontos para mim própria e resolvê-los em mim, em vez de
projectar nos outros e disparatar em reações.
Respirar,
abrandar e aproveitar para simplesmente andar/mudar os pontos aqui - não há
nenhum lugar para se ir que não seja aqui. Apercebo-me que existir como Vida
aqui implica não participar nas realidades paralelas da mente.