DIA 246: Recomeço... Quem era o Bernard Poolman
Muita coisa
aconteceu desde a última vez que publiquei um artigo no meu blog em Português e
quero primeiramente pedir desculpa pela falta de informação da minha parte
sobre a razão pela qual desde o dia 5 de Agosto não têm havido novas
publicações. Deixei de escrever? Não. Parei o Processo? Nem pensar. Continuo a
escrever o mais regularmente possível no meu caderninho. Tópicos para artigos
novos surgem constantemente mas por três razões não consegui manter a minha
consistência:
Primeiro:
desde o princípio de Agosto que estou a passar pela fase mais atarefada do meu
emprego que tem envolvido viagens, longas noites de trabalho e começos pela
madrugada. Apesar de ter tentado preparar esta época o mais possível, têm
havido mudanças de última hora, novos desafios, novos clientes e,
consequentemente, menos tempo para me dedicar à escrita;
Segundo:
Apesar dos meus 246 dias de Processo, apercebo-me que ainda me permito
participar nos altos e baixos da mente (que é energia) e isso reflecte-se na
minha falta de disciplina diária em manter-me a par do que se passa dentro de
mim, no meu corpo e na minha mente. Sinto neste momento uma terrível sensação
de estar a "passar-me ao lado" e que não consigo identificar todos os
padrões que eu visito durante o dia e assim perco uma oportunidade de lidar com
esse padrão de uma vez por todas. A consequência é que o meu Processo se
prolonga, a mente ganha território e transporto comigo este peso de padrões não
resolvidos e corrigidos em mim - sem dúvida este é um padrão a trabalhar em
mim, com perdão-próprio, honestidade-própria e correção;
Terceiro:
finalmente recomecei a escrever o meu blog em inglês http://joanaslifeprocess.blogspot.com/
algo que já estava para fazer há bastante tempo e pelos vistos foi preciso uma
motivação fora de mim para me alinhar com a minha decisão. Esta
"motivação" funcionou como um chuto no meu rabo para me mexer e parar
de procrastinar as minhas decisões que eu sei serem o melhor para todos. De
facto, escrever um blog em inglês permite que o meu processo seja acompanhado
por muito mais pessoas e posso igualmente apoiar mais pessoas que estejam a
passar por pontos semelhantes. Ao mesmo tempo, quis que a minha mensagem
chegásse a mais pessoas e infelizmente o público Português ainda não acompanha
esta caminhada activamente. Provavelmente são poucos os Portugueses que conheciam o
Bernard Poolman mas foi precisamente a sua morte, no dia 11 de Agosto, que me deu
este chuto e me
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigQuI2oNWZRlYgzocwhOZLHYj_MIrHzCAoq6aL1sl5rVWu2seBqK_L7zUllGHO5N0FdhegkaACOlIS_ghFOXYSLnxqZMvGJ3wcMYRbHJC9AdkwiP987Cwv0M-a-nCkmzxKWSEwUnexOKs/s320/Bernard+Poolman+Picture+Funny+Desteni+Process+Life.jpg)
Claro que não era sorte: nós só fomos capazes de ver a "sorte" de conhecermos o Bernard porque aplicámos as suas palavras no nosso dia-a-dia e reparámos que os Princípios que o Bernard vivia eram também o melhor para nós: Igualdade, Unidade, Compaixão, Dar aos outros aquilo que queremos que nos seja dado, Honestidade-Própria, Integridade, Perdão-Próprio, Mudança, Estabilidade, Igualdade Monetária, Auto-Responsabilidade.
Ele era tudo menos preguiçoso porque o Bernard superou a mente e não andava distraído em pensamentos nem medos: ele vivia como Vida, presente, simples-mente ciente do físico, um e igual como toda a existência física universal, prático e incessante no seu apoio àqueles que andavam o Processo. A expressão dele era directa e desafiante, como se olhasse para dentro de mim e visse os meus medos, os meus problemas, as minhas preocupações, as minhas memórias, os meus julgamentos. Por isso, quando ouvi a notícia da sua morte, fiquei em choque e não queria acreditar, mas rapidamente aceitei esta nova fase do meu processo. Apercebo-me que grande parte da resistência em aceitar a sua morte era baseada em interesse-próprio e no medo de não voltar a ter esta pedra basilar ao longo do meu Processo de Vida. A estabilidade que o Bernard me transmitia tenho de ser eu a criá-la em mim; o senso comum que o Bernard manifestava terá de ser vivido em mim para ser real; a confiança que o Bernard me dava quando conversávamos sobre as minhas decisões tem de ser estabelecida por mim e em mim para que eu seja capaz de viver as minhas próprias decisões em plena confiança e auto-motivação. Ou seja, a morte do Bernard representa um recomeço em mim, naquilo que eu me permito e aceito ser no meu processo de me recriar como Vida.
Há novos
pontos em mim que eu tenho estado a lidar e que vou partilhar neste blog passo
a passo. Por agora, convido-vos a visitarem e a estarem também atentos aos
artigos em Inglês que são um complemento aos meus artigos em Português.
Se quiserem saber mais sobre quem era o Bernard Poolman sugiro este site com muitos artigos escritos por pessoas de todo o mundo: http://forum.desteni.org/viewtopic.php?f=29&t=5694