DIA 243: Não há desculpas!
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Estou ciente que tenho a oportunidade de me conhecer em plena claridade e entendimento. Nunca antes, ao longo dos meus 26 anos de existência, tive tanto material de livros, artigos, entrevistas, chats e cursos através dos quais eu me ajudo a auto-conhecer-me e a abrir-me para mim própria. É cada vez mais óbvio perceber quando estou a evitar escrever sobre um tópico, evitar olhar para determinada memória ou evitar viver a decisão de ser assertiva na minha disciplina no meu processo de escrita diária.
Curiosamente,
parece que das coisas mais fáceis nesta vida é decepcionarmo-nos a nós
próprios, ignorar os nossos próprios princípios, mentirmos a nós mesmos e
fazermos o oposto daquilo que é o melhor para nós. Qual é a desculpa para eu
ser desonesta comigo própria? Qual é a desculpa para eu querer manter as minhas
personalidades activas? Qual é a desculpa para fugir da minha mudança, fugir
das minhas decisões, fugir da minha responsabilidade de clarificar a minha
mente?
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido estar a escrever separada de mim própria ao
pensar no julgamento de quem lê o que eu escrevo.
Eu perdoo-me
por não me ter aceite e permitido ver que o julgamentos que eu projecto nos
outros é de facto uma ajuda da minha mente a mostrar-me os auto-julgamentos que
não estão resolvidos em mim.
[é
fascinante que a palavra auto refere-se
a um automatismo e, igualMENTE, refere-se ao eu-próprio]
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido querer ignorar a minha própria decisão de
corrigir as desonestidades próprias e a decisão de andar este processo em honestidade
própria.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido procurar "desculpas" e justificações
para tudo aquilo que eu faço ou não faço, em vez de realmente investigar de
onde é que as decisões vêm e quais são as consequências que eu crio para mim
própria com base nessas decisões.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido fugir da minha posição de realmente aplicar-me no meu processo e de mudar a minha atitude comigo própria, auto-definições e auto-julgamentos, ao perceber de onde é que estes padrões vêm e me ajudar a resolvê-los através da minha escrita e entendimento.
Quando e
assim que eu me vejo a procurar justificações e desculpas para aquilo que eu
faço e para aquilo que eu não faço, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que tenho as ferramentas necessárias
para lidar com as resistências e ultrapassá-las por mim por mim e comigo
própria, por isso qualquer desculpa não é real. Dou portanto tempo a mim própria para andar estes pontos em mim.
Quando e
assim que eu me vejo separada de mim própria e dos outros, ao seguir aquilo que
a minha mente me mostra em vez de ver e ouvir aquilo que eu vejo e oiço, eu páro e respiro. Ao estar na mente eu estou separada desta realidade física e isso traz consequências. Por isso, eu dedico-me a ser irresponsável a lidar com a minha mente, a compreender a minha mente, a perceber como é
que eu funciono com os outros.
Quando e
assim que eu vejo a minha mente a ir em modo "automático" de correria
e ideias, eu páro e respiro. Com a respiração, eu dou-me a possibilidade de ver
esse pensamento e padrão que existe em mim de me distrair daquilo que é
fundamental para mim, e ajudo-me através da escrita a abrir esse ponto em mim
própria, sem desculpas da "falta de tempo" ou de outra justificação
da mente. Eu comprometo-me a expandir o meu vocabulário, a re-educar-me sobre as palavras, a comunicar em senso comum e me mantenha honesta para com aquilo que é o melhor para todos.
Eu apercebo-me que tenho esta vida para dar e ser o meu melhor e é
neste Processo que eu me foco, logo, sou responsável por cada pensamento que
ocorre na minha mente e que potencialmente requer uma mudança para que eu
evolua para ser honesta comigo própria. Eu apercebo-me que ao evitar ver os
meus próprios padrões e ver os meus pensamentos é ser deliberadamente
irresponsável para comigo própria e para com a Vida em mim pois implica que não
estou disposta a corrigir-me, quando na realidade este mundo e os seres humanos
só têm uma solução: mudarmos para o melhor de quem somos e para o melhor de
todos.
Apercebo-me
que escrever sobre este ponto me ajudou a abrir novos pontos em mim de
auto-motivação para mudar determinadas atitudes e dar-me direção em algumas das
minhas decisões que até agora eu havia mantido em stand-bye por não saber como
lidar com elas. Não há desculpas para ficar calada dentro de mim. Não há desculpas para eu reagir dentro de mim. Não há desculpas para eu não mudar.
Ilustração: http://malingunilla.blogspot.com/