DIA 223: És o Director, Produtor e Actor no teu Filme
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E se conseguisses ver a tua Vida em Retrospectiva antes de Morreres, o que farias de diferente? Afinal de contas, somos nós os Directores, Produtores e Actores das nossas próprias vidas.
Hoje ouvi mais uma entrevista genial da Eqafe sobre a morte por ataque cardíaco. Parece um tema mórbido mas garanto-vos que desta entrevista só vêm coisas boas, ou seja, uma lição de vida para aqueles que cá estão. Quantas vezes não me vejo a observar a minha vida como se Eu não tivesse a tomar a minha própria direção, como se houvesse uma força a decidir por mim, ou como se eu não tivesse o poder de mudar.
É precisamente sobre este "papel" de observador que eu vou escrever hoje e depois perdoar-me, porque eu também vejo, na minha própria vida, momentos em que eu fico a desejar fazer ou dizer qualquer coisa sem realmente me mexer para fazê-lo ou dizê-lo, e espero que a solução surja miraculosamente.
Ao ouvir
esta entrevista, relembrei-me do poder
que é estar aqui nesta realidade física e da oportunidade de viver esta vida
que, por enquanto, ainda só é uma força de vida mas ainda não é vivida por mim
na minha plenitude, em unidade e igualdade com a Vida propriamente dita. Isto
porque eu ainda "vivo" na minha mente de pensamentos, de cenários, de
ideias, de crenças de como as coisas devem ser, de desejos e imagens de como
quero que as coisas sejam, de medo da minha própria imaginação...
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido por nem que seja um segundo vacilar da minha
presença aqui e da força de Vida que eu sou e tenho em mim.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido sequer pensar que os pensamentos da minha mente,
quer positivos ou negativos, são reais.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido definir momentos da minha vida como fáceis e como
momentos difíceis, sem me dar a oportunidade de Viver cada momento, sem
julgamentos de bom ou mau, certo ou errado.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido distrair-me com a vida dos outros e com as
personalidades dos outros, que me leva a comparar-me com os outros, em vez de
me permitir recriar-me por mim, testar aquilo que resulta e aquilo que não
resulta,e desenvolver a minha capacidade de tomar decisões em senso comum.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido pensar na minha vida como se se tratasse de uma
observadora em que julgo aquilo que eu faço. Esta reflexão mostra-me aquilo que
eu tenho de corrigir em mim porque me estou a limitar com os julgamentos
próprios. Ao parar os julgamentos, apercebo-me que estou sozinha, a escrever
aqui, a lidar com a minha própria mente e responsável por recriar uma nova
relação comigo própria, desta vez de verdadeira confiança, porque eu sou a
directora da minha própria vida.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido distrair-me nas relações que eu criei com as
outras pessoas, quer sejam as relações de amizade, escola, colegas no trabalho,
clientes, familiares - vejo que tudo isto são as várias personalidades que eu
criei como mecanismos de defesa para eu não lidar comigo própria mas apenas
"deixar passar" os pontos à minha frente sem correção imediata. Logo,
eu perdoo-me por me ter aceite e permitido criar filmes na minha mente sobre
aquilo que pode ou não acontecer, e assim criar o meu próprio brainwashing the
entretenimento mental enquanto que o meu potencial de vida fica perdido em
pensamentos.
Eu perdoo-me
por não me ter aceite e permitido ser honesta, decisiva, assertiva e estável
dentro de mim e comigo própria.
Eu
apercebo-me que a estabilidade própria não implica a noção de pacifismo que eu
associo com estabilidade na relação com os outros - aliás, esta
"estabilidade de sistema" é uma versão de passividade e de aceitação
que não é de todo uma tomada de direção como Vida e pela Vida.
Quando e
assim que eu me vejo a entreter com pensamentos na minha mente por muito
interessantes que sejam, eu páro o pensamento e respiro. Nesse momento decido o
que fazer com o pensamento: quer seja escrever sobre o pensamento para
investigar o ponto e escrever/dizer em voz alta o perdão próprio, ou então é um
ponto que eu já conheço e que tomo a decisão de " deixar o pensamento
ir".
Quando e
assim que eu me vejo que eu estou a vacilar na minha decisão de estar ciente de
mim e de confiar em mim própria, eu páro e respiro. Hoje apercebi-me do padrão
da suposta "necessidade" de ter a confirmação/aceitação de outra
pessoa. Eu apercebo-me então que a relação que eu criei com "o outro"
é um espelho da relação que eu tenho comigo própria que é baseada no
auto-julgamento de "não ser boa o suficiente naquilo que eu faço".
Quando e
assim que eu vejo o pensamento de "não ser boa o suficiente naquilo que eu
digo e naquilo que eu faço", eu páro e respiro. Eu dedico-me a ser
completa nas minhas ações e a garantir que confio no meu comportamento em tudo
o que eu faço. Por isso, sendo que o grau de confiança comigo própria é o grau
de confiança que eu deposito nos outros, eu comprometo-me a andar este processo
passo a passo até estar plenamente estável por dentro, logo, nas minhas ações e
decisões como verdadeira Directora da minha Vida.
Ilustração: Eqafe store (https://eqafe.com/i/jferreira-heart-attack-death-research-part-2)