DIA 225: Compromisso VS Medo de Falhar
Sugiro que
se leia o meu blog anterior, onde eu descrevo várias realizações pessoais sobre
o padrão da procrastinação que se manifesta quando eu estou perante o medo de
falhar. Ultimamente tenho-me apercebido que o medo de falhar funciona como uma
energia motivadora, com efeito de auto-controle. Ou seja, ao participar no medo
de falhar, eu tenho andado a suprimir a minha expressão e a excluir soluções
criativas para que eu consiga resolver os meus padrões na minha mente. Em vez
disso, tenho ficado entretida com a ideia de como as coisas deviam ser sem
realmente mudar a maneira como eu penso e faço as coisas - isto chamo o Processo de Aperfeiçoamento e é
este o meu compromisso de vida.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido usar o pensamento/ideia/medo de falhar sobre
aquilo que eu estou actualmente empenhada em fazer, sem me aperceber que eu
estou deliberadamente a comprometer o meu compromisso inicial e a sabotar a
minha própria ação, visto que ainda permito que a minha mente de medo me dê
direção.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido criar o meu próprio cenário de falhar na
vida e por isso, eu perdoo-me por me ter
aceite e permitido tomar a decisão de falhar em mim e assim ignorar/desprezar
qualquer potencial de Vida em mim.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido acreditar no pensamento de falhar como sendo
real. Eu apercebo-me que este pensamento é alimentado pela imagem na minha
mente de alguém insatisfeito com aquilo que eu fiz no meu trabalho. Apercebo-me
que esta projeção no outro é um indicador do meu mecanismo de auto-avaliação
punidor através do qual eu própria me suprimo e me limito.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido participar na mente com total submissão e criando
possibilidades das "coisas que podem falhar" e, perante esta medonha
experiência de potencial vergonha e medo, eu perdoo-me por me permitir e
aceitar participar na petrificação física de "não saber o que fazer".
Quando e
assim que eu me vejo a entrar na paranoia da mente do medo de falhar, do medo
de ser avaliada negativamente ou de me sentir envergonhada por falhar, eu páro
e respiro. Eu determino-me a escrever sobre os medos que estão a minar e a
influenciar a minha ação física e escrevo também sobre o meu objectivo e
direção naquele projecto/trabalho específico.
Quando e
assim que eu me vejo a usar memórias em que por ventura falhei um objectivo
específico, eu páro e respiro. Ajudo-me a perceber o padrão por trás dessa
memória em vez de levar a memória a peito, e eu comprometo-me a não usar
experiências do passado para justificar os medos manifestados no presente. Em
vez disso, eu tomo esta oportunidade para resolver esse medo específico,
através da escrita, do perdão próprio, da minha self-awareness
e da minha correção em tempo real.
Eu
comprometo-me a alinhar a minha ação com os objectivo e com a minha decisão
inicial de realizar o trabalho e comprometo-me garantir que não uso desculpas
como um mecanismo de defesa e de proteção da mente. Eu apercebo-me que não sou
esta mente de ideias sobre mim própria: estas ideias foram criadas ao longo dos
anos com base em experiências que foram transformadas em memórias e manipuladas
segundo o meu programa mental de auto-julgamento, auto-destruição e de
auto-desistência. Em vez de "lutar" com estas imagens da mente e
fazer o oposto daquilo que a mente me mostra (apercebo-me que seria ainda sob o
efeito da "crença na mente"), eu páro e respiro.
Eu tomo a
decisão que as minhas ações são baseadas naquilo que é o melhor para mim no
momento específico em que eu me encontro e naquilo que é melhor para mim para a
minha estabilidade física. Por isso, em vez de participar imediatamente na
mente, eu dou-me tempo físico para realizar quais são os padrões mentais a
"assaltarem" a minha vida, para me ajudar a parar a influência do meu
programa mental e, assim, passo a passo recrio a minha mente, desta vez em
plena responsabilidade e sob os princípios e auto-respeito e de desenvolver-me
nos princípios da Vida em unidade e igualdade neste mundo físico.