DIA 186: O que fazer perante a reação dos outros...
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Que pontos
posso tirar deste sonho? Ao contrário da vida real, fui capaz de ser direta com
a pessoa que estava a reagir - não me permiti deixar levar pela reação do
outro, não fui como uma esponja a absorver as emoções e não me permitir ser
influenciada pelas emoções da "vítima".
Ao trazer
estes pontos para mim própria, vejo que a rapariga do outro lado do balcão
também sou eu, ou melhor, a imagem que eu tenho de mim quando me permito ser
influenciada/afectada pelas reações dos outros. E, finalmente, a pessoa a
reagir também era um espelho de quem eu me permito ser às vezes!
Ou seja,
neste sonho visualizei a minha versão de vítima/passiva, a minha versão de
estabilidade e firmeza em momentos de stress e a minha versão reactiva ao
acreditar que reagir vai resolver os problemas mais rápido...
Por isso,
Eu perdoo-me
por não me permitir e aceitar manter-me estável quando estou perante uma
reação, quer seja uma reação em relação a mim ou em direção a outra pessoa.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido levar a peito as reações dos outros ao longo de
todos estes anos, em vez de ver que a reação dos outros tem a ver com algum
ponto neles próprios e que está simplesmente a ser manifestado em relação a
mim.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido acreditar que se eu reagir e levantar a voz as
outras pessoas vão-me ouvir e vão resolver o assunto mais rápido.
Eu perdoo-me
por não me ter aceite e permitido ver que a reação é uma forma abusiva de
comunicação com os outros e que começa por ser uma reação energética DENTRO DE
MIM auto-destrutiva. Apercebo-me que ao projectar esta reação de dentro para
fora eu estou a desconsiderar/desrespeitar os outros à minha volta.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido ter receio de dizer a um familiar meu para
acalmar aquando de uma reação, com base no medo de agravar a situação e de
fomentar a reação contra mim. Mais uma vez vejo realizo que eu não sou
responsável/causadora da reação do outro.
Nisto, eu
comprometo-me a cria a minha estabilidade a cada momento e a cada respiração
independente do ambiente à minha volta de reação ou stress e comprometo-me a
tomar responsabilidade por qualquer reação que comece a surgir dentro de mim,
de modo a não alimentar esta energia e a não me permitir projectar a reação no
mundo à minha volta.
Quando e
assim que eu me vejo a ser afectada pela reação do outro, eu páro, respiro e
decido não levar a reação a peito. Em vez disso, eu dedico-me a dar o exemplo a
mim própria e comprometo-me a responder em senso comum e sem qualquer energia
da reação. Realizo que parar a reação em mim requer prática porque ao longo de
muito tempo me tenho habituado a pensar na reação como algo normal e como uma
"solução rápida" para resolver os problemas. Por isso, quando e assim
que eu me vejo a alimentar uma reação dentro de mim com base numa ideia de como
as coisas deviam ser e com base no meu julgamento sobre a outra pessoa, eu páro
a mente e RESPIRO. Nesse momento, eu vejo que se trata de uma reação e
relembro-me que esta reação não é o melhor para mim nem o melhor para os
outros.
Realizo que
a solução para os meus problemas está no senso comum e na honestidade própria,
por isso dedico-me a olhar para a situação sem uma reação energética da mente
mas antes a olhar para a situação com o intuito de sugerir uma solução prática
que seja o melhor para todos, e ver como é que eu posso fazer parte da solução
ao estabelecer uma comunicação estável e de igual respeito para com os outros.
Ilustração de Andrew Gable: http://anartistsjourneytolife.wordpress.com