DIA 182: JulgaMEDOS no meio da multidão
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Vou usar uma
experiência recente para investigar o ponto dos julgamentos e perceber a origem
e a construção deste padrão na minha mente.
Isto
passou-se a semana passada quando fui sair à noite numa zona em Londres
considerada trendy e cosmopolita.
Dei por mim
a comparar-me com as mulheres presentes, tendo como ponto de partida o medo de não ser
tão interessante/gira quanto elas - aparentemente, a origem desta comparação e competição tem
a ver com o medo de não ser tão interessante como elas PARA o João! Ou seja,
para além da competição do ego, eu estava a participar na potencial competição
entre mim e elas, em completa separação.
Como foi explicado no blog anterior, vou
começar a usar uma estrutura que inclui as várias dimensões do
Caráter/Personalidade e o correspondente perdão próprio e afirmações para a mudança.
Dimensão do medo:
Julgamento
próprio com base no medo da perda; medo de não ser boa o suficiente; medo de
ser trocada; medo de não ser a melhor; medo de deixar de ser interessante para
o João; medo de perder a minha posição de mulher do João.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido participar nas comparações da mente quando estou
com outras pessoas, especialmente com outras mulheres que eu julgo como sendo
artísticas, interessantes e bonitas.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido participar na aparente separação da mente
projectada nas mulheres à minha volta e acabar por pensar que este padrão tem a
ver com o Joao. Apercebo-me que os ciúmes são um mecanismo de defesa da mente
para eu não ver os julgamentos que eu criei de mim própria por trás destas
projecções.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido participar no medo de não ser interessante o
suficiente, querida o suficiente ou bonita o suficiente para os outros, sem ver
que em honestidade própria eu não tenho nada a provar aos outros.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido ser insegura e instável na minha relação comigo
própria, que depois se manifesta quando vejo estes padrões noutras mulheres, em
vez de Ser honesta comigo própria, a praticar o meu à vontade de dentro para
fora, a abrir-me comigo, a parar os medos e as limitações que eu criei para mim
própria.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido criar e participar na relação de competição com
outras mulheres quando isto é claramente uma luta do ego/mente e que não é
baseada em igualdade e unidade comigo/com outros.
Eu
apercebo-me que os medos que eu projecto na minha relação com as outras
mulheres é um espelho dos padrões na relação que eu tenho comigo própria. Por
isso, quando e assim que eu me vejo a ser competitiva comigo própria com base
no medo/chantagem de perder alguma coisa, eu páro e respiro.
Eu apercebo-me que a vida não se ganha em competição comigo própria nem
com a vida que os outros são!
Quando e
assim que eu me vejo a ter medo de não ser boa o suficiente para o Joao, eu
páro e respiro. Eu apercebo-me que este medo sobre a perda de mim própria não é real
e que é da minha responsabilidade conhecer-me e corrigir-me na minha relação
comigo própria que depois se vai reflectir na minha estabilidade e segurança na
relação com os outros.
Quando e
assim que eu me vejo a ter medo de ser trocada/substituída por outra pessoa, eu
páro e respiro. Nisto, apercebo-me que estou a criar separação onde esta não
existe - eu sou um e igual com a existência da outra pessoa e, em senso comum,
podemos/devemos aprender uns com os outros.
Eu
comprometo-me a parar o medo da perda que é baseado em sobrevivência e em
controlo. Eu comprometo-me a praticar o meu à vontade de dentro para fora, a
abrir-me comigo, a parar os medos e as limitações que eu criei para mim
própria.
Eu
comprometo-me a estar estável sozinha e a não participar no medo de perder uma
experiência/sensação que são puras energias da mente!; eu comprometo-me a
trazer para mim própria as comparações que eu faço em relação a outras mulheres
e assim ver aquilo que eu estou a admirar nos outros porque não estou a criar
essa realidade em mim; comprometo-me então a aprender e aplicar as boas
práticas que eu vejo nas outras pessoas.
Ao escrever esta secção do perdão próprio apercebi-me que estava a projectar no João os meus próprios julgamentos através da sabotagem da mente, de desejar mudar PARA O/PELO outro. Realizo que isso é impossível e que isso só me separa da minha própria solução. Por isso, ao escrever sobre os MEUS pontos, estou a viver a decisão de parar as multiplas personalidade, ver o stress que crio para mim própria e dedicar-me a aplicar a mudança por mim/para mim.
No próximo blog vou caminhar pela dimensão do pensamento em relação aos julgamentos que projectei naquela noite.