DIA 50: As ilusões dos adultos / do sistema
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido definir-me como estando separada da política e da
economia, num escondido desejo que alguém trate desses assuntos por mim. Eu
apercebo-me que a mente humana tem sido até agora programada em interesse
próprio e ganância e que o resultado de tal irresponsabilidade pela política e
economia por parte da maioria tem beneficiado apenas uma minoria deste mundo.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido evitar ver o que realmente se passa na economia
mundial de modo a manter a ilusão de que tudo está bem e que as coisas vão
melhorar por intervenção divina...
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido confiar nos "adultos" na esperança que
os "adultos" soubessem resolver todos os problemas e por isso
procrastinar a minha acção na sociedade e estar estável no meu processo de
mudança, sem querer agradar os adultos que, tal como este mundo me mostra, não
souberam nem sabem resolver todos os problemas.
Eu perdoo-me
por não me ter aceite e permitido questionar o sistema económico ao qual todas
as pessoas deste mundo estão submissas.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido acreditar que os economistas deste mundo procuram
soluções para a maioria das pessoas - eu apercebo-me que todo os sistema
económico é dirigido por forças de lobbies e agendas de interesse que desprezam
a maioria. Eu comprometo-me a de facto conhecer este sistema sem ilusões nem
justificações sobre aquilo que é inaceitável.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido acreditar que a política fazia parte de outra
realidade e que as decisões não me afectavam. Eu perdoo-me por me ter aceite e
permitido definir-me como não sendo capaz ou "feita" para a política,
em vez de perceber que a minha educação não envolveu um contacto directo com a
política e logo não foi incluida na minha panóplia de escolhas. No entanto, eu
apercebo-me que a educação política é agora uma responsabilidade própria e de
cada um para de facto conhecermos o sistema e trabalharmos em conjunto nas
soluções. Eu apercebo-me que as escolhas de carreira são adaptáveis às
necessidade de uma solução para a vida neste mundo, logo, fazer qualquer coisa
que não havia sido considerado na nossa infância não significa que seja
"um desvio" mas é simplesmente uma actualização e a abertura das
escolhas à minha volta.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido culpar os outros (políticos, decisores políticos)
por não fazerem nada para mudar o sistema, em vez de primeiro conhecer os
sistema e perceber o que se passa e quais as forças que nos estão a conter para
um sistema mais estável e igualitário. Ao mesmo tempo, eu comprometo-me a parar
de culpar os politicos/decisores políticos para me dedicar a contribuir
activamente para a sociedade actual e para a partilha de soluções que
considerem todos os seres humanos neste planeta. Eu apercebo-me que as gerações
anteriores também culparam os líderes anteriores e que nada disso resultou.
Eu
dedico-me a autoconhcecer-me e re-educar-me sobre os princípios de unidade e
igualdade e a confiar que o que quer que eu faça será sempre um espelho de quem
eu decido ser para o melhor de todos.