Dia: 259: O Peso Dos Julgamentos e da Imagem: Ser Em Vez de Parecer
Hoje depois
do meu Periscope apercebi-me de uma limitação mental de julgamentos próprios
com base na minha imagem: o aspeto do meu cabelo, a minha cara, os meus olhos,
olheiras, os meus óculos e os meus dentes. Estes julgamentos-próprios
aparentemente banais e comuns a muitas mulheres têm um impacto maior do que eu
possa imaginar, porque ao prender-me a estas criticas que tenho de mim própria
estou a petrificar a minha ação e a minha capacidade criativa. Se eu tivesse
dado ouvidos à minha mente esta manhã eu não teria feito o Periscope e teria
adiado uma vez mais a minha partilha incondicional com o Mundo.
Porque é que
ainda permito que os julgamentos da mente controlem as minhas decisõe? E de
onde é que vêm estas ideas de como eu devo ou não devo ser e agir?
O meu ponto
de partida para fazer vlogs, videos no Periscope e até mesmo publicar fotos no
Instagram é o de partilhar o meu processo de descoberta pessoal, de
crescimento, e o de ajudar pessoas que passam por situações semellhantes e que
também procuram mehorar as suas vidas. Ao ajudar-me a perceber as relações que
eu criei comigo, com o meu corpo e com o mundo à minha volta estou a
permitir-me mudar-me para desenvolver o meu potencial máximo enquanto ser
humano.
Relativamente
às imagens da mente, estou ciente que estas são influenciadas pelas imagens que
vejo passar na TV, em filmes, séries, e também em fotos e vídeos de outros
vloggers. Acabo por me limitar ao pensar que se eu for diferente dessas imagens
então serei criticada e julgada pelas pessoas. Mas no entanto, eu vejo também
que eu só penso nestes julgamentos porque eles existem primeiramente dentro de
mim mesma! Se eu não julgásse o meu cabelo, então eu nem sequer projectaria
este pensamento para a outras pessoas (aquilo que eu penso que outras pessoas
pensam e dizem sobre mim). Se estes julgamentos existem dentro de mim mesma
então não são os outros que me julgam porque sou eu que já estou a fazer isso
em mim - e esta separação é inaceitável porque esta sou eu, este é o meu corpo,
esta é a minha vida. Não tenho outra e não preciso de outra porque eu estou
aqui agora e é nesta vida que eu crio o melhor de mim e o melhor para mim.
Por isso,
tenho de primeiro perceber que estas ideias não vêm dos outros e que eu sou
responsável por parar os julgamentos-próprios. No fim de contas, eu tenho o
potencial de Ser (e não pareCer) a cada momento, cada expressão, cada estilo, e
em cada palavra que eu expresso. Se houver outras palavras que eu quero viver
para mim própria, por exemplo confiança, concentração, assertividade, então sou
eu que tenho de me mudar e aplicar estas palavras naquilo que eu faço. Quando
me distraio em pensamentos e julgamentos da mente é um indicador de uma ideia
que ainda me defino e que me agarro para querer parecer algo ou alguém para ser
aceite pelos outros - embora ao fazer isso estou a mentir-me a mim mesma (e aos
outros)!
Em vez de me
puxar para trás e evitar fazer vídeos ou fotografias, eu decido investigar o
julgamento e re-estabelecer a relação que tenho comigo mesma e em vez de me
rejeitar/julgar, eu abraço-me e eu perdoo-me.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido olhar para mim através da mente dos julgamentos
próprios.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido julgar o meu cabelo por estar diferente do cabelo
de outras pessoas que eu vejo a fazer vlogs ou Periscopes.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido jugar-me como sendo menos interessante por estar
com óculos.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido projectar os meus julgamentos para os outros e
pensar que outras pessoas estão a ter estes pensamentos sobre mim.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido pensar e acreditar que os julgamentos próprios
são reais.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido julgar os meus dentes como não sendo direitos e
brancos o suficiente com base na ideia do que é uma boca perfeita.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido evitar mostrar a minha cara com base na ideia de
que eu não estou arranjada para a câmara, com maquilhagem e lentes de contacto.
Eu perdoo-me
por me estar a permitir e aceitar criticar a minha imagem com base em imagens
de outras pessoas que eu uso como referência de beleza e de aceitação. Eu
apercebo-me que esta aceitação e julgamentos dos outros tem a ver com os
julgamentos que eu ainda me permito ter de mim própria e que são inaceitáveis.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido disTRAIR-me com os julgamentos próprios e com
isso separar-me do meu corpo e das palavras que eu estou a dizer.
Eu perdoo-me
por não me ter aceite e permitido estar estável ao ver a minha cara no vídeo,
em vez de criticar a minha imagem e pensar que estas ideias sobre aquilo que eu
devia parecer são reais.
Vejo que
esta ideia de corresponder a uma imagem é de facto uma forma de me esconder de
mim própria e de suprimir ideias que eu ainda tenho contra mim em vez de me
descobrir na minha totalidade e corrigir a relação que tenho comigo própria
para que seja de apoio incondicional, de amor-próprio, de auto-ajuda e de
realmente viver quem eu sou.
Eu
apercebo-me que estas imagens são personalidades que eu não quero nem preciso
para mim própria porque não são o melhor para mim.
Por isso,
quando e assim que eu me vejo a querer vestir, arranjar, maquilhar ou agir para
parecer alguém ou alguma personalidade, eu páro e respiro. Ao respirar e
acalmar a mente eu vejo que esta pressão que eu coloco em cima de mim não é
real e que quem eu sou no meu todo é quem eu quero ser com as outras pessoas -
o verdadeiro Eu que me estou a recriar na minha honestidade própria.
Apercebo-me
também que as personalidades são máscaras temporárias. Em vez disso, eu
comprometo-me a viver as palavras da auto-confiança, estabilidade,
independência, movimento e amor-próprio em cada coisa que eu faça, incluindo
nos meus vídeos, fotos e blogues.
Quando e
assim que eu me vejo a julgar como sendo inferior ou menos capaz quando estou
com óculos, eu páro e respiro.
Eu
apercebo-me que este julgamento não é real e que eu sou a mesma pessoa com
óculos ou com lentes de contacto.
Quando e
assim que eu me vejo a querer usar maquilhagem para querer ser respeitada ou
vista como mais interessante, eu páro e respiro.
Em
honestidade própria eu apercebo-me que este ponto de partida é uma forma de
esconder-me de mim própria. Em vez disso, eu comprometo-me a parar de julgar as
minhas olheiras, borbulhas ou a cor pálida sem bronze, e dedico-me a investigar
a origem das olheiras e das borbulhas para mudar os meus hábitos que estejam a
provocar esta reação na minha pele. Quanto ao bronze (ou à falta dele), eu
perdoo-me por me ter aceite e permitido pensar que o bronze de verão é
indicador de saúde e de vitalidade. Eu apercebo-me que a minha saúde e
vitalidade não estão dependentes do sol e vejo também que o bronze tem a ver
com a ideia de beleza e vitalidade que quero que outros tenham de mim.
Quando e
assim que eu me vejo a participar na polaridade de querer ser vista como
bonita/aceite pelos outros quando estou com maquilhagem e arranjada como uma
modelo, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que ao participar na polaridade do
positivo estou também a criar a polaridade do negativo quando não estou
vestida, maquilhada ou arranjada de uma maneira que é promovida nas revistas e
TV.
Vejo então
que o que quer que eu decida fazer, ou como eu me decida arranjar, com óculos
ou sem óculos, com maquilhagem ou sem maquilhagem, ou com uma determinada roupa
tudo isto é uma decisão que eu tomo por mim e para mim, como uma expressão
minha. Finalmente, eu comprometo-me a viver as palavras de auto-confiança,
honestidade-própria, estabilidade, amor-próprio, autenticidade e auto-criação
em tudo aquilo que eu faço e naquilo que eu digo, e é esta a imagem que eu
projecto para o mundo como o meu exemplo para ajudar outros a fazerem o mesmo
por si.
Eu
comprometo-me a ser um e igual com o meu corpo, sem me julgar como superior
ou inferior consoante o que eu visto, ou como tenho o cabelo, com ou sem
maquilhagem, com ou sem óculos. Eu comprometo-me a ser um e igual com o meu
corpo e por isso usar a relação com o meu corpo como uma referência da relação
que tenho comigo própria. Ao estar ciente disto, eu comprometo-me então a parar
a mente de ideias pre-feitas e a recriar a minha relação comigo própria tendo
como ponto de partida o amor-próprio, o bem-estar físico e a minha
estabilidade-própria.