DIA 256: Como Parar de Estar Acelerada na Mente e no meu Dia-a-dia
Esta noite
sonhei que conduzia na estrada e, ao tentar virar uma curva, tinha saído do viaduto e
voado às cambalhotas pelo campo ao lado da estrada, até o jipe parar. Nesse
momento, com medo de ver as consequências dos ferimentos, desejei andar para
trás no tempo e conduzir mais devagar e não fazer a curva daquela maneira para
evitar o acidente.
Ao
investigar este sonho, perguntei-me o que é que eu via para além da imagem do
acidente. Vejo-me a mim, acelerada na minha mente, a querer fazer muitas coisas
ao mesmo tempo e a desprezar o tempo que as coisas realmente levam a fazer.
Vejo também como desejo lidar com o tempo de maneira diferente: desejo ter
tempo para não chegar atrasada e para dedicar mais tempo a outras coisas
durante o meu dia. Finalmente, vejo o arrependimento de andar acelerada quando
o meu corpo começa a dar sinais de stress e de cansaço por participar na
energia da mente, dos pensamentos e imaginação.
Esta minha
relação com o tempo é, portanto, uma relação de separação, como se o tempo
fosse algo separado de mim que eu uso e abuso, embora afinal de contas não seja
separado de mim porque o meu corpo está também dependente do tempo - ou seja, o
tempo passa e reflecte-se na fome que o meu estômago começa a sentir, na
necessidade de descansar, na ansiedade física quando corro para não chegar
atrasada e no stress muscular quando passo demasiado tempo focada na minha
mente de ideias, imagens e imaginação.
Estar
acelerada dentro de mim é um estado mental que requer a minha correção, porque
traz consequências para mim e para os outros. Ao andar acelerada na minha
mente, a minha noção de tempo é manipulada para corresponder à velocidade
quântica da mente, em que as imagens se ultrapassam umas às outras, sem
qualquer referência ao tempo real e físico. Por isso, neste processo de
correção, eu ajudo-me a alinhar-me ao tempo físico e real, de modo a estar
sempre ciente do meu corpo e a garantir que as minha acções são geridas de
acordo com o tempo real a cada respiração. Ajudo-me também a usar a mente como
um guia para conhecer os meus medos, a minha maneira de funcionar e os meus
padrões de pensamento e comportamento. Assim, ao ver o padrão de criar
acidentes na minha imaginação eu ajudo-me a parar e a perceber que se estou na
mente então não estou ciente do meu corpo/realidade física e por isso estou a
colocar-me numa situação propícia a um acidente proveniente de uma distração.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido acreditar que o tempo quântico da mente é real.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido usar o tempo quântico da mente como uma
referência para a realidade e por isso participar na frustração de que as
coisas na realidade demoram demasiado tempo a serem feitas.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido criar stress físico no meu corpo ao tentar fazer
as coisas de acordo com a imagem do tempo quântico da mente.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido subestimar o tempo real que as coisas levam e por
isso não considerar cada passo e prevenir as consequências de andar acelerada.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido culpar o meu corpo/a mim própria por ser lenta e
alimentar o julgamento próprio, quando na realidade eu estou entretida na minha
mente de ideias e no tempo quântico em vez de estar totalmente dedicada a viver
no tempo real e a fazer as coisas de acordo com a leis físicas, quer seja a
conduzir, a andar, a fazer, a crescer, a perceber, a aprender e a mudar.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido participar no arrependimento da mente e de
desejar voltar atrás no tempo - o que não é possível e não é real. Apercebo-me
que a única maneira de corrigir esta tendência é em mudar a minha relação com o
tempo e ajudar-me a estar ciente de cada momento para que cada ação minha seja
absoluta, em plena certeza e a ser/fazer o melhor que eu posso. Desta maneira,
ao estar ciente de mim e ao estar ciente do tempo real e das leis físicas eu
vou evitar criar consequências físicas e não irei participar no arrependimento
e no desejo inútil de mudar o passado.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido acreditar que as consequências físicas
(acidentes) são uma punição de Deus e assim evitar ver como eu crio as
consequências para mim própria.
Eu perdoo-me
por me ter aceite e permitido acreditar que o passar do tempo que vejo nos
filmes (e na minha mente) é real e que é possível ser transposto para esta
realidade física sem criar consequências. Eu apercebo-me que eu sou responsável
por viver em tempo real e em prevenir consequências de stress e acidentes na
minha realidade.
Por isso,
Quando e
assim que eu me vejo a imaginar eventos na minha mente, eu páro e respiro. Eu
ajudo-me a ver que o tempo quântico da mente não é real e que estou a criar uma
realidade paralela e fictícia que me disTRAI desta realidade física no mundo.
Por isso, eu comprometo-me a parar de criar e participar em realidades
paralelas na minha mente e assim ajudar-me a estar sempre ciente de mim e das
minhas ações nesta realidade física.
Quando e
assim que eu me vejo a criar uma imagem de mim a fazer qualquer coisa, eu páro
a imaginação e respiro. Eu comprometo-me a usar o tempo físico como referência
e a fazer as coisas do meu dia-a-dia de forma prática e eficaz de modo a fazer
o máximo que posso com o tempo que tenho. Apercebo-me também que ao estar
totalmente ciente de mim e das minhas ações, serei capaz de criar soluções para
mim própria e assim permito-me fazer mais e melhor do que quando me limito
com as ideias e padrões da mente.
Quando e
assim que eu me vejo a criar a ideia de acidentes na minha mente, eu páro e
respiro. Em vez de ficar "presa" emocionalmente a esta imagem, eu
ajudo-me a ver e a investigar o que eu estou a mostrar a mim própria e
dedico-me a criar a correção e a mudança na minha relação comigo e com o mundo.
Eu
apercebo-me que o constante estado de alerta e de stress é evitável se eu
estiver ciente de como a minha mente funciona, ciente do meu corpo e desta
realidade física. Por isso, quando e assim que eu me apercebo que estou num
estado de ansiedade, eu páro e respiro. Eu uso esta manifestação como um
indicador de que estou separada de mim/do meu corpo/da realidade física e
ajudo-me a parar de participar na mente e, com a ajuda da respiração, eu volto
para mim, para o meu corpo, para a Vida Aqui, ciente de cada respiração e da
minha ação.
Fotografia de João Maria Alves
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