DIA 14 - Como parar de se "ficar a arder"

terça-feira, maio 01, 2012 0 Comments A+ a-


Esta noite um pensamento invadiu-me de tal maneira que foi impossível nao ve-lo. Aliás, de não me ver, porque eu tornei-me neste pensamento: esta ideia que fico sempre a perder,  A expressão popular é "ficar a arder". Apercebi-me que este padrão é bastante frequente e eu sou a responsável por acumula-lo e vive-lo. Neste perdão-próprio procuro chegar ao ponto crucial deste comportamente e perceber como sou capaz de para-lo na prática ao aplicar o principio da Igualdade. Vejamos:

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido julgar-me como aquela-que-faz-sacrificos, ou a que não-precisa, ou a que-nao-se-importa, a-que-fica para último quando na verdade eu estou a abdicar da minha direcção própria e a não ser responsável pela direcção em que quero ir e em garantir que, baseada em senso comum, é o melhor para mim.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido julgar-me inferior áquelas pessoas que, a meu ver, conseguem sempre aquilo que procuram ter. Apercebo-me que neste ponto de partida de "ser menos" e me comparar com o outro começo logo por me limitar à ideia que "sou menos", "mereço menos" portanto irei agir de acordo com esta ideia de inferioridade..Ao mesmo tempo, ao nao ser honesta comigo propria, continuo a aceitar que este padrao de manifeste em mim.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido ser condescendente na minha relação com os outros, na qual me permito inferiorizar para que os outros se sintam bem comigo - apercebo-me que esta é uma forma de manipular os outros a gostarem de estar comigo em vez de realizar que tal manipulação é desonesta e desnecessária.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido definir-me como alguem que fica sempre a perder, e portanto, aceitar este "papel" como sendo eu, em vez de me dedicar a autocorrigir e a garantir que me respeito e me dignifico enquanto vida que sou.

EU perdoo-me por me ter aceite e permitido definir-me como uma vitima da circunstancia, em vez de tomar responsabilidade pela minha experiencia/decisão e garantir que eu tome direcção própria, comunique de forma que que aquilo que acontecer/se decidir é o melhor para mim.

Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido dedicar-me a estudar todas as opções na minha decisão para que não hajam dúvidas nem possibilidade de arrependimento.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido tomar decisões por alto e esperar que até lá as coisas se resolvam - eu decido tomar decisões com a certeza matemática que é o melhor para mim e de acordo com a situação em que eu me encontro.

Eu perdoo por não me ter aceite e permitido tratar de mim tal como gosto de tratar dos outros.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido adiar o momento em que me vou dedicar a 100% a mim como Vida - aquilo que ainda  estou a vir a Ser/Manifestar em mim.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido procurar sempre a melhor solução, em vez de me contentar com o mínimo possível.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido sentir-me revoltada comigo propria por não ser reconhecida pelas minhas "boas acções" quando na verdade isso é irrelevante e as boas acções não têm qualquer impacto real, pois eu estou a acreditar estar separada dessas acções e não estou a dedicar a minha acção de igual modo à Vida que sou eu.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido julgar que não mereço dar-me o melhor de mim.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido participar em inveja contra os outros por perceber que as outras pessoas dedicam-se mais a elas próprias. Apercebo-me que é da minha responsabilidade fazer com que o meu processo avance e que para isso tenho de me dedicar a resolver os pontos que têm sido suprimidos.

Quando e assim que eu me defino como vítima, eu páro e respiro. Eu sou igualmente responsável pela vida que sou e todos somos. Logo, eu restabeleço em mim própria o respeito e a direcção que tem sido suprimida.

Quando e assim que eu me vejo comprometer o meu processo ao apressar-me quando se trata de decisões para mim, em páro e respiro. 
Eu dou-me tempo/dedico-me a estudar todas as opções sobre o assunto que tenho de resolver e a tomar decisões que sejam soluções para mim. Eu também me comprometo a comunicar com os outros quando necessário para que nao haja assumpções na minha mente.

Eu comprometo-me a parar o backchat/conversas da mente, para que eu seja capaz de me ouvir a mim própria, através da respiração e da acção em senso comum.

Eu comprometo-me a dedicar-me a mim enquanto Vida a cada momento da minha respiração.

Quando e assim que eu me vejo participar em pensamentos de arrependimento sobre uma decisão, Eu páro e respiro. A sensação de arrependimento e a ideia de voltar a trás no tempo é uma distracção da mente para nos manter ocupados no ciclo do costume. Eu apercebo-me que a decisão sou eu e que eu me tenho de manter estável como vida e mudar de decisão de necessário, sempr de um ponto de auto-correcção, e não de julgamento nem castigo.