DIA 36 - Vida dupla?

sexta-feira, maio 25, 2012 0 Comments A+ a-


Porque é que tenho esta ideia de vida dupla quando sou eu que participo em todas as minhas acções?
O que é uma vida em unidade? Será que a ideia daquilo que é "a vida que quero para mim"  não é um julgamento que limita e invalida qualquer caminho que eu tome fora da tal ideia?

Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver que eu sou responsável por todas as minhas acções e logo não é possível haver uma vida dupla, uma vez que sou sempre eu a participar na ação.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido ter medo que as pessoas saibam de coisas que eu considero segredos na minha vida - eu realizo  que são somente acções que eu não considerei serem parte da "vida ideal" e portanto julgo ter falhado - realizo que a ideia não é real e que não tenho escolha senão abraçar tudo o que fiz no passado e garantir que tomo total responsabilidade a partir de agora, sem me limitar a ideias que criei de mim própria e que a sociedade à minha volta aprova ou desaprova.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido  estar limitada às ideias e julgamentos de um dado momento da sociedade onde eu existo. Eu apercebo-me que a sociedade é baseada naquilo que eu permito e aceito em mim mesmo - logo, a sociedade existe em julgamento próprio e dos outros porque EU me permito existir em julgamento próprio e dos outros.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido participar na vida dupla da mente, ou seja, nos julgamentos que eu acredito que os outros têm de mim (que eu tenho de mim própria) e portanto "viver" condicionada pelo medo da rejeição e esforçar-me por pintar uma ideia de mim própria de perfeição que é baseada naquilo que eu penso ser aceitável aos outros/à sociedade. Eu realizo que os julgamentos iniciais e aos quais eu me habituei a existir como tal não são reais - são julgamentos sem qualquer senso comum nem respeito pela minha vida. Realizo também que os julgamentos criam separação nesta realidade física e que têm condicionado a minha expansão em mim própria e a minha expansão em relações com os outros.

Eu realizo que tenho criado a minha própria prisão na minha mente baseada em julgamentos que condicionam a minha presença (na mente em vez de existir na totalidade neste mundo). Agora, ao ver-me em honestidade própria, eu comprometo-me a parar os julgamentos ao parar e ao respirar sempre que um julgamento palpita na minha mente.
Eu comprometo-me a tomar decisões em senso comum em vez de me condicionar por memórias e experiências do passado (baseadas sempre na ideia de mim própria e nos julgamentos que eu aceitei e permiti definir-me como).