DIA 15 - Como parar as imagens e conversas da mente?

quinta-feira, maio 03, 2012 0 Comments A+ a-


A conversa invisível da mente; aquelas imagens que surgem sem a minha autorização: os acidentes que acontecem na mente, os julgamentos contra os outros, as assumpções de uma verdade nunca realmente questionada. Mas será que eu não autorizei isto tudo em mim?
Eu apercebo-me que acreditei estar obrigada a seguir a mente porque era a única coisa que eu conhecia até agora. Por isso agora aplico-me a perdoar quem eu me tenho permitido ser para me dedicar-me a recriar-me como Vida, um e igual com tudo e com todos.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido alimentar as conversas da minha mente sem nunca realmente ter tomado a decisão de me dar direcção em honestidade própria e realizar que tais pensamentos não trazem nada a este mundo a não ser separação - de mim própria e dos outros.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que as conversas da mente são Eu, em vez de realizar que sou Eu que as está a fomentar e a acreditar serem reais.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido prender-me às conversas internas da mente. Eu apercebo-me que não são o melhor para mim.
Quando e assim que eu me vejo começar e participar nas conversas de fundo da mente, eu páro e respiro. Eu sou a decisão de parar tudo aquilo que me suprime e me distrai de estar aqui presente, um e igual com o meu corpo.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido tornar-me curiosa sobre os pensamentos e imagens da mente como se se tratasse de um filme. Apercebo-me que os padrões são sempre os mesmos e que portanto a curiosidade é auto-sabotagem. Realizo que estas conversas internas e as imagens (filmes da mente) se tornaram um vício e que irá demorar tempo a recriar-me - desta vez em honestidade própria, como e com a Vida.


Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido tornar-me vítima daquilo que eu própria aceitei passar-se na minha mente. Eu apercebo-me que sou responsável pelas  conversas de fundo que me distraem de estar presente, pelas imagens que eu crio baseadas em medo daquilo que os meus olhos vêem, pelos medos que eu me permito definir como, pela influencia que a mente/hábitos/ideias eu permito existir.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido sentir confortável na mente, como se isso fosse eu na minha plenitude - quando na verdade me tornei escrava dos meus próprios pensamentos porque me permiti limitar dentro de mim própria.

Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido parar todos os pensamentos de acidentes que eu tenho tido até hoje durante a minha existência, e que através disso, se acumularam numa personalidade, e se manifestam na maneira como eu vejo o mundo.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido ter medo de olhar para a pessoa com a cara desfigurada por ter medo de me "contaminar" com o mesmo problema - eu apercebo-me que este medo me mostra aquilo que eu permiti e aceitei definir como vida, baseada em medo do futuro, em medo de me magoar, em medo de ser gozada e julgada pelos outros. Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido projectar os meus medos nas imagens de acidentes e pensar que são os acidentes que me trazem estes "pensamentos negativos". Apercebo-me que os meus pensamentos já existiam antes de eu ver as imagens.

Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido parar de projectar nos outros o meu medo de ser excluida pela sociedade. Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acumular merda de pensamentos e medos dentro de mim e não me permitir ver o que se passa mesmo nos seres humanos, nos nossos relacionamentos, naquilo que permitimos fazer, na destruição que aceitamos e na auto-destruição que permitimos acontecer.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido ter medo de não olhar para os problemas baseada no medo de me tornar nos problemas que eu vejo à minha volta.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar estar agarrada aos pensamentos, crenças, medos e imagens da minha mente. Eu perdoo-me por me permitir e aceitar permitir agarrar aos pensamentos sem nunca me ter permitido SER sem a "conversa de fundo" da mente.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido estar contra mim própria em pensamentos que depois se manifestam em acções contra mim própria. Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido competir comigo própria na corrida de pensamentos, em vez de simples-mente estar aqui, um e igual com/como o meu corpo e me permitir estar estável com o mundo à minha volta.

Quem sou eu sem estes padrões que limitam as minhas acções e direcção?

Eu realizo que me tenho suprimido e que não sei o que é Viver quem eu sou, porque quem eu me tornei é auto-destrutivo. Logo, quando e assim que eu me vejo participar e criar em pensamentos auto-destrutivos, especialmente em relação à destruição do meu corpo, eu páro e respiro. Eu dedico-me a estar aqui como/com o meu corpo, em expressão própria no físico, neste mundo e na minha interação à minha volta.

Quando e assim que eu me vejo petrificar de medo quando vejo ou imagino uma cara desfigurada, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que o medo de não ser aceite pela sociedade e o medo de ser olhada na rua são projecções da inferioridade que me permiti aceitar ser. Realizo que estas imagens são um reflexo do julgamento que as mulheres são vítimas de violência - por isso, eu páro e respiro ao realizar que estas ideias não são reais nem têm de existir. Eu sou responsável por parar a perseguição da mente. 

Eu dedico-me a parar as conversas da mente e a estar aqui nesta realidade física, com o que é real aqui e agora, e a descobrir-me quem sou sem as imagens, medos e conversas da mente.
Eu dedico-me a participar nesta realidade física como vida e portanto a descobrir a Vida que eu sou e a redefinir quem eu Sou como Vida, que até agora me tenho suprimido distraida com a mente num ciclo de auto-limitação e sabotagem.

Quando e assim que eu me vejo projectar nos outros e na sociedade os meus medos, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que os medos são aquilo que eu permito e aceito existir em mim e que eu sou responsável por parar a minha participação/existência aqui.

Quando e assim que eu me vejo imaginar acidentes comigo ou com as pessoas à minha volta, eu páro e respiro. Eui apercebo-me que este padrão é uma padrão de auto-destruição que não respeita a Vida, como que eu e os outros somos.

Eu comprometo-me a parra de existir como os problemas do mundo e a tornar-me a solução para mim própria ao resolver os padrões que me defini/limitei ser.

Eu comprometo-me a criar-me como vida e expressão de vida, e não como medo.
Eu comprometo-me a criar-me como VIDA e não a destruir-me/destruir a Vida.
Eu comprometo-me a para os medos e a não permitir ser controlada pela mente baseada no passado, em memórias,  ideias e pensamentos que eu deixei acumular em mim. Eu apercebo-me que a minha mente funciona como uma esponja nesta sociedade de imagem, de terror, medo e violência. É da minha responsabilidade inverter a maneira como eu, enquanto ser humano, me tenho permitido existir e viver a decisão de me recriar como Vida e para a Vida.