DIA 32 - A origem da Inveja em mim

segunda-feira, maio 21, 2012 0 Comments A+ a-


Eu vejo que invejo o estilo de vida do João, porque para mim ele está a dedicar-se mais ao processo do que eu. Ou seja, eu tenho medo de ficar para trás e portanto participo na pressa de querer ir mais rápido. Este padrão baseado na comparação e competição não considera que ambos sejamos capazes de andar lado a lado, no entanto sozinhos, cada um estável consigo próprio.
A sensação de inveja mostra-me aquilo que eu não estou a dar a mim própria e portanto espero ter dos outros...

Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver que a competição é uma ilusão e mentira da mente, baseado na  luta do ego projectada nos outros que são espelhos daquilo que eu vejo em mim.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que o desejo de competição é real.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido ter inveja de um estilo de vida diferente do meu, na ilusão de ser "mais" se tivesse esse estilo de vida.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido comparar o percurso dos outros com o meu e permitir-me distrair-me com as percepções e ideias associadas a determinados estilos de vida - eu realizo que a comparação é baseada na competição e na vontade de Ter mais, em vez de Ser uma melhor versão de mim própria.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido participar na energia da competição que é manifestada em imagens de sucesso e de reconhecimento - a imaginação é uma armadilha da mente e que cria separação física.

Quando e assim que eu me vejo a comparar o que os outros fazem com aquilo que eu faço, eu páro e respiro. Eu realizo que esta necessidade de comparar é baseada na vontade de querer ser superior (baseada na ideia de inferioridade que tenho de mim própria).

Quando e assim que eu me vejo a invejar o estilo de vida das pessoas, eu páro e respiro. Eu realizo que os outros são um espelho de mim própria e que tais características me mostram o que não estou a dar a mim própria.

Quando e assim que eu sinto a energia da competição em mim, eu páro e respiro. Esta energia da competição só existe porque eu tenho criado e alimentado esta personalidade. Eu comprometo-me a parar de participar na energia da mente que tem sido acumulada desde a escola primária (provavelmente antes!). Eu dedico-me a a fazer o que quer que seja incondicionalmente, sem necessidade de me provar a alguém ou de competir com alguém.

Quando e assim que eu me vejo a julgar-me como superior ou inferior, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que os julgamentos próprios são uma competição comigo mesma entre as diferentes personalidade e que estas ideias são depois projectadas nos outros com quem eu estabeleço também uma relação de comparação. Logo, Eu comprometo-me a parar as relações de competição e separação  da mente com os outros e dedico-me a criar-me como o meu próprio exemplo um e igual com os outros.

Ver também o Artigo "Os Segredos da Competição" http://joanaferreira-renascendo.blogspot.com/2012/05/dia-19-os-segredos-da-competicao.html