DIA 27 - Medo das consequências das minhas palavras

quarta-feira, maio 16, 2012 0 Comments A+ a-


Hoje numa conversa tive medo de ser directa e ser franca - um medo baseado no medo que haja alguma reação e desespero na outra pessoa e que a sua acção seja a consequência da nossa conversa. Curiosa-mente só penso nas consequências destrutivas das minhas palavras, sem nunca considerar que as minhas palavras e partilha possam ajudar a outra pessoa.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido querer escolher as palavras que eu digo e a dar tempo à minha mente para avaliar se as minhas palavras podem criar reação no outro. Eu apercebo-me que esta escolha de palavras é baseada na ideia que eu tenho da outra pessoa e da ideia que eu tenho das próprias palavras. Nenhuma destas ideias é reais e as palavras valem por si em senso comum e honestidade própria. Eu apercebo-me que este é o processo de tomar responsabilidade pela consequência das minhas permissões e aceitações e assim garantir que sou responsável pela Vida.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido ter medo de ser directa por ter medo que a outra pessoa não goste do que ouve. Eu apercebo-me que o gostar/não gostar é baseado na mente e que qualquer resistência a ouvir algo é baseado no ego ou no medo de se enfrentar. Eu apercebo-me que se não houver estabilidade então há um ponto que tem de ser enfrentado e resolvido.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido querer controlar as atitudes dos outros de modo a garantir que eu não seja afectada por qualquer descontrolo de emoções na outra pessoa. Por isso, eu perdoo-me por me ter aceite e permitido definir-me como pacífica e que tenho de estabelecer a paz nas relações, quando na verdade ser-se directa ou falar em senso comum não é sinónimo de guerra ou conflito entre as pessoas!

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido pensar que não sei quando eu/e os outros somos honestos connosco próprios. A honestidade própria é uma constante, logo, eu só tenho de estar ciente de mim própria para parar qualquer participação na deshonestidade própria, ganância, reação e medo para ver os pontos que eu tenho de parar e resolver em mim.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido desejar ouvir pessoas a falar sobre o process e sobre o Desteni, quando é também da minha responsabilidade partilhar sobre isso.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acumular o medo de ser acusada de falar de modo directo com uma pessoa e essa pessoa morrer como consequência das minhas palavras. Eu apercebo-me que cada um de nós é responsável por tudo o que se passa dentro e fora de si mesmo, logo qualquer reação que possa suscitar no outro, tem somente a ver consigo.

Eu realizo que este medo de haver um acidente e eu ser culpada por isso é baseado no medo de ser punida ou castigada por isso. Apercebo-me que este medo não é real e que é somente baseado na energia/medo/prazer associado com o conflito.

Quando e assim que eu me vejo ter medo de falar directamente, eu páro e respiro. Este medo é baseado no hábito de ser desonesta comigo/os outros, e em querer falar para agradar o outro e "evitar"entrar em  conflito, quando o que acontece é que eu estou a alimentar a desonestidade em mim e no outro, em vez de ajudar-me a mim e aos outros a sermos honestos com nós mesmos.

Quando e assim que eu me vejo participar na manipulação das conversas e escolha das palavras para "evitar" reações do outro, ou seja, para dizer aquilo que eu assumo ser aceite pelo outro, eu páro e eu respiro. Eu apercebo-me que os problemas humanos estão baseados exactamente naquilo que temos aceite e permitido existir/fazer em completo desprezo por quem somos enquanto Vida. Eu realizo que a comunicação em senso comum é a chave para que nos vejamos ao espelho e finalmente tomemos a decisão de mudar a maneira como temos existido e pararmos a desonestidade própria para vivermos em honestidade própria. Eu realizo que qualquer reaçao do outro tem a ver c o seu próprio processo e que eu não posso controlar o que a outra pessoa faz.

Quando e assim que eu me vejo pensar que ex-namorados ja pensaram em suicidar-se porque eu não lhes dava atenção, eu páro e respiro. Eu realizo que este pensamento é baseado no ego e na necessidade de atenção. Em honestidade própria apercebo-me que este ponto tem a ver com a rapidez da mente e o desprezo pela vida.

Eu comprometo-me a ser directa e honesta comigo própria quando falo com a outra pessoa - ao ser honesta comigo própria, as minha acções serão tb projectadas. Ao falar em honestidade própria estou a tomar responsabilidade pela partilha da honestidade própria.

Eu comprometo-me a parar as ideias e imagens que eu associo a uma outra pessoa e a dedico-me a partilhar-me incondicionalmente, sabendo que se eu me ajudo a mim própria então tb sou capaz de ensinar os outros, sempre a respirar.

Eu comprometo-me a falar com os outros em honestidade própria, sem medo do futuro, sem o padrão da sobrevivência e em clara transparência para garantir que não haja desonestidade com a vida que eu/cada um de nós é.