DIA 19 - Os segredos da competição

segunda-feira, maio 07, 2012 0 Comments A+ a-


Alguns destes pontos surgiram durante um jogo de ténis. Agora apercebo-me que começaram na escola...

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que "tenho de ganhar" o jogo e ser motivada pela imagem externa de ser vista como uma vencedora (vencer a dor?).
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido criar esta ideia de mim própria e projectá-la nos outros, para me dis-trair de mim própria e não me aperceber que é comigo que eu estou a competir. Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido competir com a ideia que criei de mim própria e por isso alimentar esta competição interna entre a imagem que tenho de mim própria e a luta para corresponder a essa imagem - enquanto abdico da minha direcção e expressão próprias para seguir os desejos de ganhar da mente e do ego.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido esquecer-me de me divertir durante o jogo, de me expressar fisicamente e de partilhar o momento em unidade e igualdade com a outra jogadora.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido distrair-me com as ideias pre-definidas que eu criei sobre o jogo, em vez de criar o jogo em tempo real, sem julgamentos nem limitações.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido imaginar -me a contar aos meus colegas que ganhei o jogo de ténis, em vez de viver o momento para mim e por mim - sem querer provar ser mais do que quem eu sou nem querer provar aos outros que sou mais do que eles.
Eu perdoo-me por não m ter aceite e permitir ganhar jogos em modéstia.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido perder sabendo que dei o melhor de mim e que o perder ou ganhar é irrelevante, uma vez que puxei por mim e esforcei-me o melhor que podia.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido tornar-me dependente da aprovação das pessoas à minha volta - este padrão era também manifestado na escola e na competição à volta dos testes e fazer as pessoas acreditar em mim e pensar que eu valho a pena/sou inteligente/tenho futuro.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido ter medo de falhar nos testes por ter medo de ser vista como "inferior" por ter medo que as pessoas deixassem de acreditar que eu era capaz/valia a pena.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido julgar as pessoas que não ganham (dinheiro) como não valendo a pena nem sendo merecedoras de prémios.
EU perdoo-me por me ter aceite e permitido habituar-me ao sistema de recompensa que não olha a valores mas simplesmente no ego e energia da mente.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido considerar fazer batota somente baseada no medo de não ser boa jogadora o suficiente.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido julgar-me boa ou má jogadora baseada na comparação com a outra jogadora, em vez de verificar por mim a minha evolução enquanto força e expressão física - apercebo-me que a batota vem da mente e o saber jogar vem do corpo.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido colocar-me nos pés das pessoas da minha classe que não conseguiam ter boas notas e perceber de onde o padrão, a falta de confiança e o medo vêm - apercebo-me que com a minha atitude competitiva eu estava de facto a participar na polaridade positiva e a alimentar a polaridade negativa.

Quando e assim que eu me vejo a navegar nas ideias e imagens da mente de mim a ganhar o jogo de tenis, eu páro e respiro. Eu não sou as imagens - Eu sou o corpo físico a jogar aqui e agora e tenho a oportunidade de me criar a cada momento.

Quando e assim que eu me vejo a pensar "que tenho de marcar este ponto", eu páro e respiro. Apercebo-me que tal pensamento é uma distração do ego, com que uma aposta comigo própria em que o ponto de partida é pensar que não "consigo". Apercebo-me que esta é uma forma de auto-sabotagem uma vez que ao estar na mente estou-me a separar do corpo que é real.

Quando e assim que eu me vejo projectar a minha competição nos outros, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que que esta competição interna é uma distração de mim própria e que eu sou responsável por parar a luta interna e cooperar comigo/com o meu corpo.

Quando e assim que eu me vejo criar apostas na mente de que não consigo fazer determinadas coisas, eu páro e respiro. Eu estou ciente do meu processo de auto-criação e dedico-me a transcender as minhas limitações/pre-definições/pre-programmas da mente.

Quando e assim que eu me vejo a criar pensamentos e imagens sobre mim a contar o jogo, eu páro e respiro. Ao respirar, eu estou aqui, a participar em tempo real, sem manipular os outros nem a ser uma escrava da mente.

Eu comprometo-me a transformar a competição da mente em dedicação do corpo e em puxar por mim para dar o melhor que posso num dado momento/actividade.

Eu comprometo-me a não permitir que a competição/vontade de melhor crie separação com os outros - antes pelo contrário, ao tornar-me um exemplo para mim própria poderei ajudar as outras pessoas a puxarem por si próprias e a desenvolverem dedicação e confiança própria, um e igual comigo - todos no Processo de Renascer como Vida que já somos.

Eu comprometo-me a parar os impulsos competitivos/motivações/energia que surgem com planos e projecções do futuro - apercebo-me que estas ideias são uma forma de manipulação própria e em garantir que me mantenho num padrão limitador para não atingir o meu potencial.

Eu comprometo-me a dedicar a minha atenção ao meu respirar e assim me permitir estar ciente de cada momento/movimento do mEu corpo, a divertir-me e a desenvolver a minha habilidade em direção à autoperfeição.

Apercebo-me que este é um processo individual, partilhado com os outros (como um espelho) Logo, a competição contro o outro é uma ilusão, uma vez que a primeira luta é comigo/com expectativas e ideias que eu aceitei. Cada um de nós está no seu processo de parar a voz da mente e se expressar/dar como Vida, para o melhor de mim/todos.