DIA 38 - Vida dupla - Carreira

domingo, maio 27, 2012 0 Comments A+ a-


Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido pensar na carreira separada de mim própria.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido imaginar-me enquanto profissional, como se me visse a partir de fora e me observasse a andar de fato executivo. Eu apercebo-me que a imagem que eu criei de mim própria é uma imagem e nada mais do que isso - uma imagem baseada nas experiências à minha volta e nas imagens que vi no cinema. Assim, eu permito-me perguntar: - quem sou eu se eu não sou a imagem que eu tenho de mim própria?

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido pensar numa profissão como uma vida dupla. Eu realizo que quem eu sou se manifesta em tudo o que eu faço e portanto a ideia de vida dupla é uma limitação da mente e uma auto-sabotagem. Apercebo-me que aquilo que eu faço depende da minha decisão sobre quem eu Sou.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido pensar que algo sobrenatural como um Deus decidiria por mim aquilo que é o melhor para mim, em vez de eu tomar a decisão e a responsabilidade de viver a decisão. Apercebo-me que a carreira é o caminho que eu decido para mim e que eu caminho por mim. Eu realizo que a minha decisão só é válida se a minha acção seja o melhor para todos.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido ter medo de tomar a decisão sobre quem eu serei/sou/me crio por ter medo de tomar a decisão errada. aquilo que eu decido fazer durante a minha vida. Eu realizo que o medo tem sido até agora a consequência de eu não tomar a decisão de quem eu sou neste mundo.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido limitar-me com conhecimento e informação sobre o que já existe neste mundo em termos de profissões, sem considerar o que é realmente melhor para todos e primeiro garantir a mim própria que o que quer que eu faça irei considerar sempre o que é o melhor para todos, logo, eu dedico-me a que durante a minha participação neste mundo eu me torne o exemplo para mim própria enquanto ser íntegro e auto-responsável.

Eu dedico-me a parar as ideias que criei sobre a "carreira perfeita" que é baseada em interesse próprio e ego, para de facto me dedicar a existir aqui em honestidade própria. Eu realizo que a necessidade de uma profissão neste sistema económico é baseada em sobrevivência e não em talento ou dedicação incondicional.

Eu dedico-me a desmistificar este sistema económico e a parar com a ideia de superioridade associada às carreiras profissionais - apercebo-me que são tudo etiquetas do sistema para diferenciar as pessoas com base no conhecimento/rendimento acumulado ao longo do tempo e cujo sistema nem sequer é justo porque nem todos começam na minha linha de partida.

Quando e assim que eu me vejo a imaginar-me de fato como sendo uma mulher de negócios ou diplomata de sucesso, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que esta imagem de mim própria não é real e que é uma distração do ego fomentada pelas ideias e pela educação baseada no mérito que eu tive. Eu apercebo-me que esta imagem esconde de facto o medo de não conseguir vincar no sistema nem ser reconhecida. Logo, eu páro ambas as polaridades para me dedicar à acção real que tem de ser tomada aqui, baseada nas situações reais deste mundo.

Quando e assim que eu me vejo a comparar os seres humanos consoante os níveis académicos, ou maneira de falar, ou salário, ou percurso profissional. Eu apercebo-me que a carreira torna-se num vício que é guiado pelo ego e pela vontade de ver um CV ou um Linkedin cheio de informação, sem que isso signifique que haja qualquer respeito por si próprio (auto-estima e intimidade própria) nem respeito pelos outros (pela Vida de todos em igualdade).

Eu apercebo-me que a percepção de vida dupla tornou-se um escape para não se ver o que nós, seres humanos, temos feito a nós próprios neste mundo, ao permitirmos existir em constante polaridade de diversão VS escravatura, durante semanas, anos, séculos. Eu dedico-me a parar a separação entre sistema/vida pessoal, sendo que este sistema é o espelho da mente dos seres humanos. Ao realizar isto, eu apercebo-me que ao me mudar, estou a mudar a minha acção e a direção que eu tomo será um e igual com a minha mudança em honestidade própria.

Quando e assim que eu me vejo a criar imagens de grandeur sobre a minha carreira profissional e familiar com crianças e marido, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que esta tem sido a ideia alimentada por mim própria e com a qual defini sucesso - no entanto, eu apercebo-me que tal ideia é separada do mundo à minha volta e que só considera a minha felicidade e a felicidade dos poucos que estão à minha volta. Eu realizo que unidade e igualdade são os princípios da existência de toda a matéria/vida, logo, considerar apenas aquilo que o meu conhecimento e informação me mostra (através das imagens da mente) é uma limitação à criação e manifestação de unidade e igualdade na realidade entre todos os seres.