DIA 80: Os ciúmes são um estado barbárico das relações humanas

domingo, agosto 05, 2012 0 Comments A+ a-


O perdão-próprio que se segue foi baseado num sonho. Ou seja, uma situação que não foi real mas que existe suprimida na mente e que é provavelmente comum a outras mulheres.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido participar na energia dos ciúmes.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido controlar a minha realidade baseada em medo de ser trocada por outra rapariga e desconsiderar a estabilidade que eu acordei criar em mim e na minha relação com o meu parceiro.
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver que estou a projectar o padrão de desconfiança própria na minha relação com os outros.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido comparar-me com raparigas mais novas e pensar que elas são potenciais candidatas ao meu lugar. Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido definir-me como a namorada de X, em vez de realizar que eu sou um indivíduo e o meu parceiro é outro indivíduo, 1+1 e que a ideia de pertença não é mais do que uma ideia.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido pensar que todas as raparigas estão interessadas no meu parceiro e portanto criar a ideia que as raparigas estão contra mim (competição do ego/mente).
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido ser influenciada pela situação de ver uma rapariga a falar com o meu parceiro, em vez de me manter estável incondicionalmente, sem ideias nem projecções. Eu dou estabilidade a mim própria e a minha estabilidade não está dependente de ninguém - Eu respiro por mim.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido participar no medo de perder X como meu parceiro. Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que sou mais/superior com X ao meu lado.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que preciso de convencer X para estar comigo, em vez de realizar que cada um de nós toma a decisão de estar um com o outro em mútuo apoio e que eu sou apenas responsável pela minha decisão.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que estou mais confiante se o meu parceiro me disser que não aconteceu nada ou que eu sou a "única". Eu apercebo-me que é irrelevante o que o outros/outros dizem porque em honestidade própria, eu sei que fui em quem permiti e aceitei  o pensamento/medos/ideias/desconfiança, por isso são estes os pontos que eu tenho de resolver em mim.

Eu comprometo-me a criar a minha estabilidade em mim, em confiança própria, ciente que o meu processo de vida apenas depende de mim.
Quando e assim que eu imagino uma rapariga a atirar-se ao meu parceiro, eu páro e respiro. Eu comprometo-me a parar as ideias/imagens de ser "trocada" por outra rapariga - estas imagens foram criadas por mim e não são reais (estão na mente). Em senso comum eu vejo que estas imagens representam os meus pensamentos e medos, sendo que os outros são um espelho do que vai dentro de mim. Logo, a única coisa que eu posso fazer para me ajudar é tornar-me ciente dos meus medos e trabalhar os pontos que eu tenho de resolver em mim. Eu apercebo-me que este padrão não tem nada a ver com os outros!
Eu comprometo-me a parar de sabotar a relação que tenho comigo própria e dedico-me a estar aqui, em auto-aperfeiçoamento. 
Eu apercebo-me que este medo de ser trocada é uma limitação à minha expressão incondicional aqui. Cada um de nós existe individualmente. A própria ideia de ser "trocada" é uma ilusão pois enquanto parceira de outra pessoa, cada um de nós continua a andar sozinho, apenas lado a lado. Idealmente, toda a humanidade deveria andar lado a lado. Logo, eu apercebo-me que eu estou a criar separação em relação a outras raparigas em vez de apoiarmo-nos mutuamente.
Quando e assim que eu me vejo a comparar-me com raparigas mais novas e pensar que elas são capazes de se atirarem ao meu parceiro, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que a ideia que "elas são capazes de se atirarem ao meu parceiro" é um espelho daquilo que eu seria capaz de fazer em relação a outra pessoa - logo, eu comprometo-me a parar a ideia que as pessoas são conquistáveis. Eu apercebo-me que no meio disto tudo é a mim que eu me estou a prejudicar com ideias, desejos e com a crença que a outra pessoa me completa.
Eu dedico-me a ser completa em mim e por mim, sem desejos de pertença nem conforto em relação ao meu parceiro nem a outras pessoas.
Quando e assim que eu me vejo a participar no pensamento que preciso do meu parceiro a meu lado para eu estar bem/ter um lugar na sociedade, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que esta dependência foi aceite por mim e que não é o melhor para mim, nem para os outros. Por isso eu mudo.
Eu comprometo-me a estar um e igual com o meu parceiro, como quem nós realmente somos. Eu não me permito comparar as nossas profissões nem sucessos - cada um vale por si e isso é o que é real. Eu apercebo-me que partilhar o processo de vida com outra pessoa é apenas uma plataforma de honestidade própria para eu me aperceber dos pontos que eu tenho de enfrentar em mim e resolver em mim. Eu dedico-me a ver estes padrões da mente (como o dos ciúmes) para me conhecer como aquilo que eu tenho permitido ser até agora e ver aquilo que há a mudar. Só assim sou capaz de perceber a origem das minhas acções, perdoar-me pelo abuso e desconsideração que tenho tido pela minha existência ao disTRAIR-ME na mente. Eu dedico-me a mudar a minha presença para uma melhor versão de mim própria e faço-o por mim e para mim, que consequentemente irá mudar a minha relação com os outros.