DIA 98: Do "devia fazer isto" a realmente fazê-lo

domingo, agosto 26, 2012 0 Comments A+ a-


Eu devia fazer isto... Ou devia dizer isto... Mas que voz da consciência é esta? O que é que me impede de realmente fazer algo a não ser eu própria a auto-limitar-me? E porque é que se devia fazer algo quando partimos do princípio que é algo que não vamos fazer? Vejo agora que se trata de um jogo da nossa própria mente em que nos desafiamos a coisas, tal como uma aposta sobre aquilo que vamos fazer. Este é o Deus da mente que afinal somos sempre nós a brincar às personagens com a nossa própria Vida.

Às vezes oiço pessoas a dizer "não devia comer isto" ou "não devia fazer isto" e no entanto acabam por viver essas palavras. O que aconteceria se, em vez de participarmos nestas conversas da mente, fossemos honestos connosco próprios e tomássemos direção por nós próprios, sem estarmos na esperança que alguém nos dê motivação para realmente pormos em prática aquilo que é o melhor para nós. Em senso comum, é óbvio que se há uma resistência para se fazer algo, ou se há uma sensação de obrigação ou se há uma ideia de punição associada a uma ação, é importante investigar esse ponto.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido pensar que devia transcrever o blog de ontem, em vez de realmente FAZÊ-LO.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido dizer que devia escrever/fazer algo na esperança de ouvir um incentivo de alguém para eu fazer isso, em vez de dar direção em honestidade própria e fazer o que tem de ser feito e que eu sei que é o melhor para mim.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido desejar falar o que me vai na mente como se fosse um pedido de ajuda a alguém que me oiça e me ajude a encarar este ponto, quando eu sou responsável e capaz de realizar a minha honestidade e assim parar a mente no momento em que começo a falar em "modo automático". Deste modo, eu apercebo-me que o "devia fazer" implica a possibilidade de não fazer algo e que estou à partida a limitar a minha ação à situação oposta àquilo que eu havia decidido em mim (escrever TODOS OS DIAS).

Eu perdoo-me por me não ter aceite e permitido realizar que para eu viver as palavras em honestidade própria tenho primeiro de me tornar a honestidade própria e que . Eu apercebo-me que a resistência a viver as palavras que eu escrevo não é real mas passasse tudo nas conversas da mente.

Quando e assim que eu me vejo a pensar/dizer que "devia fazer algo", eu páro, respiro e nesse momento permito-me realizar a minha auto-sabotagem. Apercebo-me que o "devia fazer isto" implica sempre um "MAS" e por isso eu comprometo-me a parar o jogo da mente de justificação das reasistências.

Quando e assim que eu me vejo a pensar "eu deviar escrever o blog", eu páro, respiro e dou-me direção para transcender a limitação imposta pela mente. Quando e assim que eu me vejo a desejar ter uma motivação fora de mim mesma, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que a minha aplicação em honeestidade própria está dependente de mim própria e que é por mim que eu escrevo, um e igual a quem o lê.

Quando e assim que eu me vejo a abrir a hipótese de não escrever o blog do dia, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que esta "porta" da mente é uma auto-sabotagem que só eu posso fechar porque fui eu que a abri - eu apercebo-me também que a imagem de não fazer algo que me tinha comprometido fazer é de facto uma forma de desistência que foi aceite por não confiar em mim na minha decisão de viver/tornar-me assertiva. Nesse momento, eu dou direção física para eu começar a escrever e devolver-me a minha estabilidade, ou seja, a estabilidade de confiar em mim e em viver a decisão  de escrever todos os dias.

Apercebo-me que os planos da mente são aceites automaticamente a não ser que páre de aceitar de ser um robôt e mude a minha direção!