DIA 97: Da falta de confiança ao medo da morte

sábado, agosto 25, 2012 0 Comments A+ a-


Apercebi-me que um dos stresses de andar de avião tem a ver com a falta de confiança no piloto. Quando dou por mim, estou cheia de ideias e questões, - e se ele se distrai? Será que está ciente que as nossas vidas dependem dele? Como é que os pilotos são educados/treinados a lidar com o medo da morte? Será que conhecem a eficácia e ajuda do perdão próprio?
Apercebo-me que estas respostas são respondidas com uma simples solução: confiança própria. Neste caso, esta conversa da mente é uma projecção da desconfiança em mim própria e a consequência física é o stress - como se quisesse controlar tudo à minha volta, mesmo aquilo que não está dependente de mim - a única coisa que naquele momento eu posso garantir é a minha respiração, a minha existência, a minha confiança incondicional no piloto, um e igual a mim.
Eu apercebo-me que a minha desconfiança nos outros é como se eu passasse um testemunho e ainda quisesse continuar a correr, por não confiar que o outro seja capaz de correr como eu, em vez de garantir que me torno no exemplo para mim própria de estabilidade e igualdade com os outros.

Depois de falar com um amigo, vejo que tínhamos em comum este stress de andar de avião. Provavelmente todos temos mas por ego ou até mesmo medo, não falamos sobre o assunto. A melhor maneira de criar a estabilidade própria é a desvendar a origem do medo, perdoar o medo que se permite e mudar na ação.

O medo é uma venda nos olhos para não se permitir realmente VER o que está por trás do medo. Por isso, vou desvendar cada camada e descobrir o que se passa em mim...

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido alimentar a energia de medo que sinto quando penso em imagens ou associo imagens de acidentes e as projecto na minha realidade.
Eu perdoo-me por ter aceite e permitido participar na energia da mente que é um modo automático de medo em vez de recriar a minha realidade com base no que se passa aqui, sem projectar imagens nem ideias do passado/memória.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido existir em stress internamente e externamente sem me aperceber que não tem de ser assim: eu páro o stress em mim ao respirar e devolver-me a mim própria, ao parar de existir num futuro de imagens de acidentes que é da mente e da associação de palavras/imagens que eu estou a criar para mim própria. Eu apercebo-me que o medo não tem de existir se eu existir aqui. Ou é o medo ou sou Eu. Logo, eu decido existir como Vida, não como medo.
Eu realizo que as ideias de acidentes são uma forma de castigo da mente quando na realidade o propósito de aqui estar é criar vida e existir como Vida.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que mereço ser castigada e por isso justificar as imagens de acidentes.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido "viver" em constante luta de ser boa pessoa VS ser má pessoa quando na verdade estas são ideias ensinadas de acordo com o sistema de sobrevivência - eu dedico-me a usar o tempo que tenho para me recriar como Vida, a ser e a fazer auilo que é melhor para mim e para todos. Por experiência própria, os acidentes não são o melhor para mim nem para os outros.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido alimentar pensamentos auto-destrutivos. Eu foco-me em criar Vida em mim e à minha volta, em parar as relações de medo para criar relações de igualdade. Eu sou um e igual com o avião e com as pessoas à minha volta - eu foco-me na minha estabilidade que é a única coisa que eu posso garantir e dedico-me a estar estável na minha relação com os outros.

Eu comprometo-me a dar o melhor de mim e assim existir como um exemplo e realizar que é possível que cada um de nós exista como o melhor de si naquilo que se é e naquilo que se faz.
Quando e assim que eu me vejo a desconfiar da capacidade do piloto, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que este padrão de pensamento é uma projecção da minha falta de confiança naauilo que eu faço e que esta insegurança não é real. Eu sou a minha ação e eu sou responsável pela minha ação. Eu responsabilizo-me por mim e pela minha ação ao parar o stress e ao parar que o medo me possua. Em senso comum eu realizo que não me permitirei fazer nada que possa prejudicar a minha Vida e a Vida dos outros.
Quando e assim que eu me vejo a permitir sentir a minha vida em risco, eu páro, respiro e devolvo-me a Vida a cada respiração. Todos os medos são da mente e não são reais. Quando e assim que eu me vejo a acreditar na mente com as associações da mente que aparentemente fazem sentido, eu páro e respiro.
Eu apercebo-me que o medo não é um sentido: os sentidos humanos são físicos enquanto que o medo é um padrão da mente. Eu dedico-me a empoderar-me a recriar a minha realidade sem medo da morte, que é o limite da auto-destruição da mente.
Quando e assim que eu me vejo a castigar com imagens de acidente e com medo de acidentes, eu páro e respiro. Ao parar a sabotagem da mente eu estou a permitir mudar a minha participação em mim e finalmente a dar direção a mim com Vida, sem existir no conflito da mente e sem projectar o conflito da mente na minha relação com os outros/na minha realidade.
Eu apercebo-me que ao ajudar-me a mim a parar a mente, estou a ajudar os outros a parar a mente porque páro de participar em conflito.
A Vida na Terra em plenitude só é possível quando cada um se decidir a parar a mente e realmente Viver aqui e recriar-se com Vida, em unidade, igualdade e senso comum como tudo o que existe.