DIA 71: Protagonista da minha Historia - Part 1

sexta-feira, julho 20, 2012 0 Comments A+ a-



Eu ando o processo por mim.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido esconder-me de mim ao projectar ideias e imagens nas outras pessoas, partindo do principio que sou inferior e que não sou capaz de ser eu a protagonista da minha Historia.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido esquecer-me do senso comum de cuidar de mim a cada momento, dar-me o melhor que existe e garantir que participo no mundo um e igual com os outros seres.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido esconder-me por trás de relações para parecer que está tudo bem comigo. Apercebo-me que ter um namorado ou partilhar a vida com outra pessoa não é sinal que está tudo bem - tem simplesmente a ver com aquilo que eu decido fazer com as relações que tenho/como eu participo nas relações à minha volta.

Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido ver que este processo é sobre recriar a relação que eu tenho comigo e com os outros, ou seja, com a Vida que existe aqui.

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido culpar as pessoas à minha volta pelas ideias que eu criei sobre as nossas relações (e.g. sentir-me presa, sentir-me feliz, sentir-me superior, sentir-me inferior) e através desta projecção eu ignorei ver quem eu me estava a criar em relação aos outros!

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido definir-me como passiva nas relações e permitir confiar mais nos outros do que em mim própria - eu apercebo-me que nesta permissão eu estou a aceitar consequências decididas pelos outros, em vez de tomar igual responsabilidade pelas decisões e garantir que eu não comprometo a minha Vida/expressividade/confiança própria/honestidade própria e criação própria. Cada um é responsável por si próprio e juntos, enquanto humanidade, temos a responsabilidade de nos auto-ajudar-mos acriar o melhor de nós próprios, sem comprometer a Vida que está e sempre esteve Aqui.
(A respiração é a solução prática para Estarmos Aqui e darmos direção ao nosso corpo físico. Este é o processo de pararmos de "existir"/morrer através da mente).

Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que uma relação tem "vida própria", em vez de realizar que são apenas os intervenientes da relação que criam a relação e que tomam, ou não, direção.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido definir-me como o elemento passivo da relação e permitir que o outro/os outros tomem direção por mim.

Eu comprometo-me a tomar responsabilidade por todas as relações nas quais eu participo, um e igual com as outras partes.

Eu comprometo-me a parar de esconder de mim própria e a dar atenção a cada padrão de pensamento que existe em mim. EU comprometo-me a conhecer-me completa-mente e só assim transcender cada ponto de desonestidade própria que até agora tenho aceite ser eu/definir-me como tal.  

EU comprometo-me a abrandar a mente ao escrever sobre os pontos que surgem (pensamentos, julgamentos, desejos) para assim ver-me ao espelho claramente e estabelecer soluções práticas para mim mesma. 
Quando e assim que eu me vejo a reagir em modo automático, eu páro e respiro. Nesse momento eu confiro por mim própria a origem da reação e, se for preciso, escrevo uma timeline sobre o evento que passou para me aperceber de cada pensamento, memória, personalidade com que eu participei e que culminaram com a reação.
EU comprometo-me a parar a resistência de dizer/escrever o perdão próprio. Eu apercebo-me que este é um mecanismo de defesa da mente/ego para me manter entretida com os meus problemas e pensar que não há nada a fazer - quando Eu estou aqui e POSSO mudar o meu destino ao tornar-me honesta comigo própria/com a Vida.

Eu comprometo-me a comunicar incondicionalmente com o João sobre mim e sobre o meu processo de recriação - eu apercebo-me que a nossa relação existe porque nós decidimos apoiarmo-nos mutuamente porque nos ajudamo-nos individualmente. Logo, quando e assim que eu me vejo a ser passiva na minha recriação, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que o facto de não tomar responsabilidade por mim irá também manifestar-se na relação que tenho com os outros.

Eu comprometo-me a estabelecer uma relação estável comigo própria.
Eu dou a mim própria a oportunidade de parar a mente a cada respiração - eu dedico-me ao meu processo prático, de soluções práticas desenvolvidas através do perdão-próprio.

Quando e assim que eu me vejo a sentir inferior porque uma determinada decisão não foi "minha", eu páro e respiro. Eu apercebo-me que ouvir o outro foi uma decisão minha e que, ao estar em acordo, a decisão passa a ser minha e eu abraço a decisão e vivo a decisão.


Eu apercebo-me que em matéria de relações eu abdiquei da minha direção e, portanto, eu dedico-me a tomar direção em honestidade própria a cada momento para ser aquilo que é o melhor para mim a cada momento.

Artwork by Andrew Gable http://www.andrewgable.com/