DIA 67: Dominar a vida ou ser dominada pela mente?

segunda-feira, julho 16, 2012 0 Comments A+ a-


A mente é tão rápida e automatizada , sem nos apercebermos, permitimos pensamentos cuja consequência é completamente contra nós próprios. Basta ver as contradições deste mundo para se questionar sobre o que é que se passa na mente dos seres humanos. Tomemos um exemplo aparentemente pequeno e sem relevância: estar no sofá a ver TV. A dado momento, a mente começa a falar - "tenho de ir estudar". A mesma mente responde: "só mais este episódio". "OK, eu mereço descansar", "eu vou estudar quando a série acabar, eu prometo"... "bem agora tenho fome", "amanhã vou acordar mais cedo e estudo". No espaço de 30 segundos, a mente tomou a direção - e o corpo é que paga. Consegues distinguir  as diferentes vozes da tua mente? Ou não serás sempre tu? Mas onde estás tu no meio desta conversa? Sentado no sofá, escravo da mente. O que acontece quando confiamos em nós próprios? Somos assertivos com a nossa própria decisão. E esta capacidade é treinada - parar a mente requer prática por que nos temos habituado a esta "conversa de fundo" que se tornou musica para os nossos ouvidos... Experimenta respirar. Surge um pensamento, e Páras, Respira. Quando o pensamento voltar outra vez, Pára e Respira. E assim estabelecemos a confiança em nós próprios, um e iguais com o nosso corpo físico - do mesmo modo, tomamos direção sem permitir que a mente intervenha e nos páre. Ou seja, ou nós paramos a mente, ou a mente nos pára a nós e tudo o que fica é um corpo desleixado em frente à TV à espera que a Vida aconteça. Bora mudar de canal neste processo que é a Vida?

Então:
Eu perdoo-me por não me ter aceite e permitido realizar que eu sou responsável pela conversa na minha mente que é baseada em memórias e hábitos que eu permiti e aceitei criar para mim própria.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido dar permissão à minha mente para decidir por mim, enquanto que o meu corpo sofre por desleixo e por comodismo que se instala de cada vez que a mente domina.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que tenho de seguir as conversas da mente.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido acreditar que as conversas da mente são um deus a falar comigo - eu apercebo-me que esta tem sido uma maneira de me manter entretida na minha própria bolha de pensamentos e ignorado a minha própria liberdade.
Eu perdoo-me por me ter aceite e permitido confiar na mente quando digo a mim própria "é só mais um bocadinho". Eu dedico-me a recriar a confiança em mim própria enquanto movimento físico e participação física - enquanto comunicação física através da escrita. Eu apercebo-me que ao escrever estou  a explorar os julgamentos da mente e a desconstruir as personalidades que só me separam de mim própria.

Quando e assim que eu me vejo a justificar a procrastinação, eu páro e respiro. Por experiencia própria eu sei que se nada fizer eu vou voltar ao mesmo ciclo da mente. Logo,  eu páro, respiro e dou direção a mim própria. Eu faço aquilo que tem de ser feito, por mim e para mim.

Quando e assim que eu me vejo a acreditar que as conversas da mente são divinas, eu páro e respiro. Em senso comum eu vejo que nada da mente é divino pois este mundo está mais perto de ser um inferno do que um lugar pacífico. Logo, eu tomo responsabilidade pelos pensamentos que permito em mim propria/no mundo e perdoo cada um dos pensamentos aceites em mim/no mundo até agora.

Quando e assim que eu me vejo a desejar que os outros se juntem à minha procrastinação e preguiça, eu páro e respiro. Eu apercebo-me que só a mim estou a enganar e a prolongar o meu processo de auto-realização; apercebo-me que este processo é sobre a honestidade própria e em tornar-me o meu próprio exemplo.

Quando e assim que eu me sinto frustrada por ter ficado no sofá sem ter feito as coisas que eu queria e pensar que o tempo está contra mim, eu páro e respiro. Neste momento, eu perdoo-me pelos julgamentos e comprometo-me a mudar - neste momento, eu decido em mim própria parar o ciclo de frustração e a confiar em mim a viver a decisão.

Eu dedico-me a a escrever o perdão-própria e estar ciente de cada palavra, sem julgamentos nem culpa. Ao escrever, eu abrando a mente e escrevo sobre os pontos que surgem. Ao ver quem eu me tornei e tenho aceite ser, eu tomo a decisão de mudar para uma melhor versão de mim própria e a honrar cada momento da minha vida aqui, a respirar.

Eu apercebo-me que ao parar o conflito em mim, páro o meu conflito no mundo.
Eu apercebo-me que ao parar a procrastinação em mim, páro de participar na apatia que existe no mundo.
Ao conhecer os padrões da minha mente e me dedicar à mudança, apercebo-me dos padrões deste mundo e que depende de mim/nós ser a mudança. O que decides ser?
Mas será que temos escolha?